A Fanfic foi mudada

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Desculpem, mas nao vou postar mais neste blog, apenas vou postar no meu blog pessoal!

14º Capítulo

14º Capítulo

Estava sentada no sofá da sala com o telemóvel nas mãos e decidi reviver toda a tarde aqui em casa com a Mary, assim seria mais fácil de explicar ao meu pai o que tinha sucedido e ele até me poderia ajudar a contar.
Eu queria telefonar ao Jake, eu precisava de lhe telefonar, mas não tinha força para o fazer.
- Filha, o que aconteceu?
“Pai conta-lhes tudo, eu preciso de falar com o Jacob.”- pensei directamente para o meu pai, e ele começou a contar tudo, desde a conversa que tive com a Mary aqui em casa até aos acontecimentos á porta da casa do Daniel.
- Mas filha, como conseguiste fazer uma ligação tão rápida aos acontecimentos? – perguntou-me a minha mãe.
- Mãe, quando a Mary falou em ser a “Sra. Black” percebi logo algo de estranho, pois quantas famílias têm o apelido de Black? E depois de ela contar a história toda, ela encaixou-se perfeitamente, desde o nome do pai dele, até á forma de como ele reagiu á visita dela no dia anterior. E eu só conseguia pensar em como ele podia estar a sofrer, o Jake contou-me como era essa mudança e disse que era um pouco dolorosa, mas que depois passa, e só de pensar no Daniel dentro de casa, ali com a mãe dele e os vizinhos, só pensei que tinha que agir e rápido, não pensei muito mãe, apenas agi.
- Oh filha – ela veio me abraçar – fizeste muito bem.
- Obrigada, mas agora tenho que falar com o Jake, tenho que lhe telefonar para ele vir cá a casa. – e ao levantar-me do sofá em direcção ao quarto, onde pretendia fazer o telefonema, ouvi o som da mota dele na entrada da casa.
- Boa sorte querida, se precisares de ajuda é só dizeres. Nós vamos subir para vos deixar mais á vontade. – disse o meu pai.
No momento em que a minha família sobe para o andar de cima, o Jake entrou em casa.
- Olá princesa. – ele deu-me aquele sorriso de cair para o lado e veio em minha direcção.
- Oi amor. – cumprimentei-lhe indo directamente aos seus lábios. – Ainda bem que vieste, ia mesmo agora te telefonar. Preciso de falar contigo. – e abracei-o com força.
- Falar comigo? Mas estás bem? Aconteceu alguma coisa? – ele estava com uma cara assustada.
- Não Jake, não é nada comigo. É outra coisa, mas não sei como começar. – e fui sentar-me no sofá e o Jake sentou-se ao meu lado.
- Conta-me desde o início. Nessie é grave? Tu estás com um ar aflito. – eu olhei para ele e não conseguia dizer nada, simplesmente as palavras não saiam, como se diz uma coisa como estas: “olha amor, o teu pai traiu a tua mãe á 18 anos atrás e tens um irmão que por acaso estás a transformar-se em lobo neste preciso momento”.
Simplesmente não lhe conseguia dizer isto.
- Nessie, estás a assustar-me. Vou chamar o teu pai. – ele estava mesmo assustado, até ao ponto de ir pedir explicações ao meu pai.
- Não Jake, eu conto-te, mas é complicado. Principalmente porque o assunto não tem a haver directamente comigo, ou seja, não é um assunto meu, mas infelizmente sou eu que te tenho que informar.
- Nessie, por favor começa. – ele já estava impaciente.
- Jake, tenho que te pedir que tenhas calma e não te enerves. Quero que me prometas que vais me ouvir até ao fim e vais tentar compreender. – ele acenou afirmativamente. – Então é o seguinte: lembras-te da Mary, a minha colega da escola que falo muito dela? – ele voltou a acenar afirmativamente. – Bem, como sabes ela veio hoje com o Alex fazerem um trabalho de grupo aqui em minha casa. – e ai ele levantou-se e gritou.
- O que é que ele te fez?
- Ah? Jake já te disse que não tem nada a ver comigo. Ele não fez nada, depois de almoçar ele foi-se embora, mas não é isso que importa. – ele acalmou-se e voltou a sentar-se. – Como te estava a dizer, eles vieram fazer um trabalho de grupo aqui em minha casa e depois de almoço a minha tia disse para aproveitar a tarde para ir comprar o vestido para o baile da escola, então eu, a Mary e a Emma fomos no meu carro, quando voltámos fui deixar a Emma a casa mas a Mary tinha o carro dela aqui, então aproveitei para falar com ela sobre um assunto que a Betty, aquela loira que estava a fazer-se a ti ontem … - ele interrompeu-me .
- Ela não se estava a fazer a mim …
- Isso agora não interessa, o que importa é que ela numa aula mandou uma boca á Mary e queria falar com ela sobre isso e no meio da conversa ela falou-me como conheceu o Daniel e como gostava dele e como desejava casar com ele, mas ela não disse que queria casar com ele, ela disse que queria ter o sobrenome dele e é aí que começa. – parei, eu não estava a aguentar, virei a cabeça para baixo, já não estava a conseguir olhar nos seus olhos.
- Sim Nessie, e que mais? Mas o que é que isso tem?
- Jacob, depois de ela dizer o apelido dele obriguei-a a contar-me a história dele e aí descobri uma coisa terrível, após descobrir o nome completo do pai dele. – levei as mãos á cara e tapei-a.
- Nessie, afinal qual é o nome dele? E que coisa terrível descobriste? – ele perguntou-me obrigando-me a tirar as mãos da minha cara e a olhar para ele. – Nessie conta-me.
- Jake por favor, não te enerves, a mãe do Daniel já viveu aqui em Forks á 18 anos atrás, mas ela engravidou de um homem muito mais velho que ela e ela era muito nova, então os pais dela mandaram-na para Inglaterra, pois o tal homem disse que não podia aceitar o filho dela. E mãe do Daniel encontrou um homem em Inglaterra que a amou ao ponto de aceitar um filho que não era dele, pois ele não podia ter filhos, então ele criou o Daniel como seu filho. Mas á dois anos ele ficou doente e o Daniel descobriu que esse homem não era o seu pai biológico e a mãe contou-lhe toda a verdade e após o marido da mãe morrer ele veio á procura do pai aqui em Forks.
- Coitado Nessie, ele deve ter sofrido muito. – disse-me o Jake mas com a cara que ainda não tinha percebido o que eu queria dizer.
- Jake … o pai biológico do Daniel, vive em La Push, e na altura era casado e com filhos.
- Chiii Nessie, granda filme, mas se ele mora em La Push devo conhece-lo, queres que eu ajude a encontrá-lo? – ele estava cada vez mais longe de descobrir a verdade.
- Não Jake. Tu já o conheces, por acaso conheces muito bem… - ele voltou a interromper-me.
- Mas diz lá qual é mesmo o nome do pai dele?
- Black, Billy Black. – ele enrijeceu-se no sofá, começou a tremer compulsivamente.
- Jake vai lá para fora, não quero que a minha filha se aleije.
- PAI!!! Por favor, o Jake acabou de descobrir uma coisa destas e é assim que o tratas? – repreendi o meu pai, voltando-me para o Jake rapidamente. – Jake, amor, acalma-te, respira fundo. – disse-lhe tocando-lhe no rosto.
- Não Nessie, o teu pai tem razão. Eu tenho que ir, eu … eu tenho que falar com o meu pai …
- Jake, não, não vais falar assim com o teu pai. – eu disse indo atrás dele, pois ele já saia de minha casa. – JAAAKE …. – ele olhou para mim. – Fica comigo, pelo menos até te acalmares. – e foi aí que percebi que ele estava a guardar toda a raiva para não dizer tudo há minha frente, mas não aguentou, e o tom de voz dele até me assustou.
- ME ACALMAR NESSIE? COMO QUERES QUE EU ME ACALME DEPOIS DE DESCOBRIR QUE O MEU PAI TRAIU A MINHA MÃE, COMO QUERES QUE EU ME ACALME, DEPOIS DE SABER QUE A PESSOA QUE EU TINHA COMO EXEMPLO AFINAL É UM CANALHA DA PIOR ESPÉCIE.
- Jake não fales assim do teu pai. – tentei pôr-lhe algum juízo na cabeça, mas sem efeito.
- NÃO FALAR ASSIM DO MEU PAI? ELE TRAIU A PESSOA QUE DIZIA AMAR, NESSIE COMO TE SENTIRIAS SE EU TE TRAISSE? – ao pensar assim, deu-me um nó no estômago que me fez encolher. – POIS, EXACTAMENTE, MAS PELO MENOS TU AINDA ESTAVAS AQUI PARA DIZER E FAZER TUDO O QUE ESSA PESSOA MERECIA OUVIR E MERECIA SOFRER, MAS A MINHA MÃE NÃO ESTÁ AQUI, COMO QUERES QUE O MEU PAI SAIBA O SOFRIMENTO DA MINHA MÃE, COMO É QUE QUERES QUE ELE FIQUE PIOR DO QUE ESSA PESSOA FICOU AO SABER DA TRAIÇÃO, SIM PORQUE ELE MERECE FICAR PIOR. NESSIE COMO QUERES QUE EU ME ACALME. – ele gritava.
- Quero que te acalmes, pois o Daniel está a transformar-se em lobo e precisa da tua ajuda. Ele não conhece este mundo sobrenatural e precisa de alguém que lhe dê apoio.
- O quê? O Daniel é um lobo? Como descobriste? – neste assunto ele acalmou-se e não foi preciso ter o poder do meu pai para saber que ele lembrou-se de como foi doloroso para ele e sabia que ele não gostava nada que outros adolescentes passassem pelo mesmo.
- Nessie? – uma voz suou da janela do meu quarto, e lembrei-me que tinha a Mary a dormir em minha casa.
- Oi Mary, adormeceste no carro, olha podes dormir na minha cama, amanhã falamos.
- Mas Nessie …
- Espera vou aí a cima. – ela acenou afirmativamente e depois fechou a janela. – Jake, por favor espera por mim, precisamos de continuar a falar.
- Mas eu preciso de ir falar com o meu pai. – eu fui em direcção a ele abracei-o e beijei-lhe o pescoço.
- Por favor, espera um pouco, depois podes ir. – ele suspirou e acenou que sim.
Eu subi rapidamente ao meu quarto e encontrei a Mary sentada na minha cama.
- Nessie … eu tenho que me ir embora, os meus pais devem estar preocupados. – e ouvi a baterem á porta.
- Poço? – perguntou a minha tia Alice.
- Claro tia. Mary é a minha tia Alice, Alice é a Mary.
- Muito prazer Mary. Olha já liguei á tua mãe e disse-lhe que ias ficar cá a dormir, por isso não tens que te preocupar. Boa noite meninas.
- Boa noite tia, e obrigada.
- Obrigada senhora Alice. – e nesse instante a minha tia voltou para trás.
- Só Alice. – e a Mary acenou afirmativamente.
Fui ao meu closeth e tirei de lá um pijama novo, que era uns shorts e um top e entreguei á Mary.
- Nessie eu não quero atrapalhar.
- Claro que não. Olha o quarto de hospedes é o da frente, não tens que te preocupar com nada.
- Nessie e o Daniel? – ela perguntou-me, eu já sabia que ela ia querer saber.
- Amanhã falamos melhor ok? Agora descansa e não te preocupes com nada.
- Mas…? - ela não queria ficar assim sem saber nada sobre ele.
- Mary, dorme amanhã falamos, ele está bem, confia em mim. – ela olhou para mim e sorriu.
- Eu confio em ti. – ela disse abraçando-me.
- Obrigada. Até amanhã amiga. Podes ir dormir. – ela acenou afirmativamente e levei-a ao quarto de hospedes.
- Até amanhã Nessie.
Após a deixar no quarto desci ao encontro do Jake.
Ao descer as escadas reparei na minha mãe e no meu pai juntos á janela.
- Ele está a sofrer muito querida. Ele neste momento não está a raciocinar muito bem. – comunicou-me o meu pai.
- Obrigada pai. Vou falar com ele e tentar que ele se acalme.
- Faz isso querida, mas tem cuidado. – avisou-me o meu pai.
- Ele era incapaz de me magoar. – disse-lhe ao mesmo tempo que saia de casa.
Encontrei-o sentado a uma árvore com a cabeça entre as pernas e aproximei-me dele tocando-lhe no ombro.
- Jake… - ele olhou para mim e notei que ele esteve a chorar.
- Nessie … - eu abaixei-me e abracei-o, mas rapidamente levantei-me e puxei-o.
- Vem … - ele olhou-me com confusão. – Precisas de descansar. – ele levantou-se e abraçou-me.
- Desculpa Nessie, não te devia estar a aborrecer com estes problemas. – e voltou a chorar.
- Shiuu…Jake, eu estou aqui para os bons e para os maus momentos. – ele olhou para mim e voltou a abraçar-me e eu puxei-o em direcção á minha casa que ficava no outro lado do rio.
Saltamos o pequeno rio e em breves minutos estávamos á porta de casa, entramos e sentámo-nos no sofá.
O Jake encostou-se a mim, mas algo o fez levantar e encarar-me.
- Nessie, eu preciso de ir falar com o meu pai, e ver como está o Daniel. – levantei-me e agarrei-o.
- O Daniel está com o Sam, ele sabe o que fazer, não te preocupes e o teu pai, com ele falas amanhã, já é muito tarde e precisas de descansar. Não vais falar com ele assim, não hoje. – ele pareceu relaxar e suspirou.
- Obrigada Nessie. Mas agora é melhor ir embora, os teus pais devem estar a chegar.
- Não, Jake fica, tu precisas de descansar e se saíres só vais piorar as coisas. – eu disse-lhe abraçando-o com mais força.
- Nessie…
- Shiiuu… - beijei-o com um beijo apaixonado e puxei-o em direcção ao meu quarto. – Precisas de dormir.
- Nessie o teu pai…
- Jake quero lá saber do meu pai, tu precisas de dormir, e não vais para casa enfrentar o teu pai, e não vais ficar na rua. – abracei-o novamente. – E como eu te disse, precisas de DORMIR, logo não vai haver razões para tal. – ele suspirou e eu fui em direcção ao meu roupeiro buscar o meu pijama para me ir vestir á casa de banho.
Quando entrei no quarto reparei que o Jake estava sem camisola e estava encostado á janela, a olhar o céu.
Abri a cama e deitei-me.
- Jake, tens que dormir, amanhã vai ser um dia longo. – ele olhou para mim e digo que ia tendo um ataque, ele estava vindo em minha direcção apenas de bermuda.
“Ai Nessie acorda, não é hora de pensares assim, ele precisa de DESCANSAR!” - pensei para mim mesma.
Ele deitou ao meu lado logo senti a temperatura aumentar devido ao seu calor.
Ele puxou-me para perto dele e ficou agarradinho a mim, não me importei, até estava a sentir-me muito bem.
- Obrigado. Amo-te. – ele sussurrou ao meu ouvido.
- Não me precisas de agradecer. Também te amo muito Jake. – disse-lhe e ele beijou-me os cabelos.
- Dorme bem minha princesa.
- Dorme bem meu amor.
E adormeci agarradinha a ele, e só pensava no dia seguinte, a conversa com o pai do Jake, o Daniel, a Mary, tanta coisa …

Na manhã seguinte acordei com um peso em cima de mim, e um cheiro que tanto amo.
Ao virar-me deparo-me com o Jake dormindo profundamente ao meu lado, pelo menos o meu pai não o acordou.
Esse era outro problema, não sabia como é que ele reagiu quando viu o Jake aqui, mas pelo menos teve a decência de não o acordar e o deixar descansar.
Lentamente lá consegui sair de baixo do braço do Jake e fui em direcção á casa de banho e senti a casa vazia.
Tomei um banho rápido voltei para o quarto onde o meu amor ainda continuava a dormir.
Fui em direcção ao meu roupeiro e tirei de lá umas calças de ganga, a primeira t-shirt que me apareceu nas mãos e voltei á casa de banho para me vestir e ao sair deparo-me com os meus pais encostados á parede.
Eles olhavam-me com uma cara de que não estavam nada contentes.
- Pai?
- Nessie, explicas-me o que se passou aqui? – o meu pai perguntou-me calmo, suspirei, pelo menos isso.
- Pai, eu não podia deixar o Jake ir para casa, ele não estava a ser muito racional, e…
- E não podia ter dormido no sofá? E quantos quartos temos na outra casa? – boa, agora já gritava.
- Pai, achas que eu o ia deixar sozinho?
- E dormir na cama da minha filha era a solução? – pegou-me no braço e gritou-me.
- Edward, para, sabes bem o que aconteceu ontem, não precisas de estar assim. – tentou acalmá-lo a minha mãe.
- Pai, como é que podes estar assim, o Jake está a sofrer muito, eu apenas queria estar ao lado nele…
- Na mesma cama que ele …
- PAI…não fizemos nada, por favor…
- Eu sei que não, achas que se suspeitasse de alguma coisa ele já não tinha ido recambiado ontem á noite?
- Sim Edward, mas eles estavam mais preocupados com outras coisas e tu sabes. – defendeu-me a minha mãe.
Trimmm Trimmm – e salva pelo telemóvel.
- Sim?
- Nessie, é o Sam.
- Oi Sam, como está o Daniel?
- Está a adaptar-se. E o Jacob?
- O Jacob? Ele ainda está a tentar perceber tudo. Olha achas que podíamos ir ai ver o Daniel? A Mary precisa de falar com ele, nem que seja apenas ver que ele está melhor.
- Sim acho que sim, ele também já quis ir falar com ela, mas não deixa-mos, acho melhor era vir cá.
- Está bem Sam e onde ele está?
- Ele está em casa da Emily.
- Obrigada, até logo.
Quando desliguei os meus pais já não estavam em casa então fui preparar o pequeno-almoço.
Fiz tudo o que o Jake gostava, torradas, leite, café, ovos, bacon…
- Nessie, Nessie. – disse a minha tia Alice a entrar dentro da minha casa.
- Bom dia tia.
- Bom dia querida, a Esme fez um bolo de chocolate, o preferido do Jake.
- Obrigada.
- Adeus Nessie.
Após ter tudo pronto fui acordá-lo.
- Jake, Jake. Acorda dorminhoco. – disse-lhe dando-lhe beijinhos no pescoço.
- Uhhh…acho que vou querer acordar assim todos os dias. – disse-me puxando-me para de baixo dele.
- Jake…vamos comer. – ele beijou-me e levantou-se rapidamente, pelo meu desgosto.
Vestiu a camisola e foi em direcção á cozinha.
- Bolo? – ele perguntou-me.
- É…a minha avó fez.
Ele comeu mais de metade do bolo e ainda torradas, leite, os ovos e o bacon, eu apenas comi uma fatia do bolo, nem sei onde ele metia tanta comida naquele corpinho perfeito.
Após comermos fui para a casa grande para ir ter com a Mary e no caminho comecei a falar com o Jake.
- Achas boa ideia a Mary falar já com o Daniel? – perguntei-lhe temendo a sua resposta.
- Acho que não vai fazer mal, mas temos que estar perto. – assenti e continuamos a caminhar.
Ao entrarmos em casa a Mary veio a correr em minha direcção.
- Nessie, onde te meteste? A tua família só dizia que não ias demorar e já estava farta de esperar, eu quero ir ver o Daniel.
- Bom dia Mary, sim vamos ver agora o Daniel. – e vi o meu pai a lançar-me um ar interrogativo.
“Já falei com o Jake, não há problema nenhum, ela só precisa de saber que ele está bem e depois arranjo uma desculpa para ela ir embora, não vai acontecer nada.”
- Óptimo. Então vamos? Tu saíste muito cedo de casa, não foi? – ela perguntou-me com aquela cara manhosa.
- Sim, eu precisava de falar com o Jake. Olha podes vir no teu carro atrás da mota do Jake? – ela olhou-me surpresa.
- Mas ele vai connosco?
- É uma longa história, depois irás a ficar a saber. – disse-lhe sentando-me na mota.
- Ok, ok, eu agora só quero saber do Daniel. – ela disse ao entrar dentro do carro.
Em menos de 10 minutos já estávamos em La Push e indiquei ao Jake para irmos para casa da Emily.
Assim que chega-mos, toquei com a minha mão na sua mão e disse para ele se acalmar, ao que ele assentiu.
- Então onde está o Daniel? – perguntou a Mary indo em minha direcção, e nesse momento sai o Sam de dentro de casa com a Emily atrás.
- Ei Sam, ei Emily. – eles comprimentaram-nos. – Esta é a Mary.
- Então tu és a famosa Mary, o Daniel está farto de chamar por ti. – disse a Emily na brincadeira.
- Onde é que ele está?
- Tem calma, já o vais ver. – o Sam disse-lhe, e depois dirigiu-se ao Jake. – Jacob, ele já sabe de tudo, só falta a parte de vocês, isso achei melhor seres tu a contar, e ele ficou mais nervoso quando soube que ela vinha. – e olhou para a Mary.
Nesse instante ouvimos uns gritos de dentro de casa.
- ESTOU FARTO DE ESTAR AQUI, EU QUERO IR VÊ-LA, EU TENHO QUE SABER SE ELA ESTÁ BEM. – gritou o Daniel de lá de dentro.
E assim vimos o Daniel a abrir a porta e o Seth a tentar segura-lo.
- Acalma-te Daniel, tens que estar calmo ao pé dela. – disse-lhe o Seth.
- EU NUNCA A IRIA Alei… - e ele parou de falar no momento que olhou nos olhos da Mary e ficou estático como uma pedra e não conseguia se mexer um centímetro.
Olhava para ela com sorrisos e admiração, e ela retribuía, mas nenhum era capaz de se mexer.
- Jake o que está a acontecer?
- Impressão. – disse-me a sorrir.
Espera um pouco, ele disse: Impressão?
Quer dizer que ele vai-lhe contar tudo?
Tudo sobre lobisomens, vampiros e isso tudo? – perguntei ao Jake tocando-lhe no braço dele.
Ele olhou para mim e acenou positivamente e eu quase dei um pulo de tanta alegria, já não terei que esconder tudo da Mary, poderei contar-lhe tudo.
Mas no momento de alegria pensei que ela poderia não me aceitar o que sou, tipo vampiros?
Era muita coisa para uma humana.
E voltei a tomar atenção naquele momento deles os dois, todos estavam calados até ao a Mary correu para os braços do Daniel e todos os lobos meterem-se ao lado do Daniel, mas não aconteceu nada, ele estava muito calmo e sereno.
Entretanto o Sam teve que interromper o momento deles.
- Daniel vamos lá para dentro, temos que te contar mais uma lenda, pois não sabíamos que ia acontecer logo hoje.
- Que lenda? – e nesse momento ele olhou para mim e rosnou, e percebi que era o meu cheiro.
- Daniel não… - o Jake meteu-se á minha frente.
- Daniel o que se passa? É a Nessie… - disse a Mary agarrando-lhe pelo braço.
- Ela…Ela é … - disse ele olhando para mim com desprezo.
- Não Daniel, lembraste que te conta-mos que alguns eram nossos aliados? – disse-lhe o Sam.
- O QUE? – gritou o Jake. – Vocês não lhe contaram dos Cullen?
- Jake desculpa, mas não deu para contar sobre tudo. – defendeu-se o Sam.
- Ok, então vamos lá para dentro e falamos sobre tudo.
Ao entrarmos sentei-me ao lado da Mary no sofá e ela estava assustada e sem perceber nada.
- O que se está a passar Nessie? – ela perguntou-me, enquanto via os lobos irem todos para um quarto.
- Espera um pouco. Já vais perceber. – ela encostou a sua cabeça ao meu ombro e eu pude ouvir a conversa de dentro do quarto, isto é o que dá ter audição de vampiro.
Eles estavam a contar ao Daniel a história da impressão e a dizer-lhe que tinha tido a dele e ele percebeu o porque de ter reagido assim ao ver a Mary e o Sam disse-lhe que neste momento podia-lhe contar tudo, pois era parte dele e ela deveria saber e ele no inicio não queria contar, mas lá aceitou, pois não conseguia viver longe dela e não queria continuar com ela omitindo-lhe informações.
Eles vieram para a sala e começaram a falar com a Mary.
- Mary gostas de histórias de terror? – perguntou o Daniel.
Ela olhou-o com um ar assustado mas o Jake continuou.
Falou sobre as lendas, sobre os frios e de as pessoas da sua tribo se transformarem em lobos para protegerem os humanos dos frios.
- Não me vão dizer que se transformam em lobos pois não? – perguntou a Mary a rir-se, mas ninguém riu com ela e ela meteu uma cara assustada.
O Jake continuou e contou-lhe tudo e ela pareceu fascinada com todas as histórias mas continuou assustada.
No fim ela só disse que precisava de ver com os seus próprios olhos e foram lá para fora todos se transformar e no momento que eles vieram, não sei como, mas a Mary distinguiu de todos o Daniel, que era cor castanho claro.
Eu também iria conseguir distinguir o Jake em qualquer ponto, mas eu pensava que era devido ao seu cheiro maravilhoso e de estar com ele desde bebé, mas a Mary correu para o lobo castanho claro e tocou-lhe no focinho em medo nenhum e foi um momento muito especial, muito bonito e sem palavras para descrever.
Eles voltaram novamente á forma humana e fomos falar sobre a minha família.
- Mary á mais uma coisa que precisas de saber. – eu comecei, e todos os lobos perceberam que era a minha vez de contar.
- O quê Nessie? – ela perguntou-me.
- Bem lembraste da história sobre os frios que o Jacob te contou? – ela acenou afirmativamente.
- Existe uma família de vampiros aqui perto. – ela assustou-se. – Mas são diferentes, apenas caçam sangue de animal, nada de humanos.
- Exacto. E é por isso que não os mata-mos, temos umas tréguas com eles e outras coisas. – disse o Sam a olhar para mim e para o Jake.
- Mary posso-te contar uma história? – ela acenou afirmativamente. E comecei a contar-lhe a história da minha mãe e do meu pai, que uma humana se apaixonou por um vampiro e vice-versa, esse vampiro e a sua família consideravam-se vegetarianos, pois alimentavam-se de sangue animal, e entretanto eles casaram-se e na lua-de-mel a humana ficou grávida, uma coisa que se imaginava impossível. A humana teve um amigo que era lobisomem e gostava dela (nesta parte o Jake bufou e eu sorri para ele) e quando ele soube ficou muito mal e no dia do nascimento da bebé, o lobisomem e a bebé que era meio humana, meia vampira, eles tiverem impressão e a humana teve que passar a ser vampira, pois o parto foi muito doloroso e após algumas lutas e desentendidos (não valia a pena falar sobre os Volturi para não a assustar mais) eles estão juntos e lobos e vampiros vivem harmoniosamente.
Ela ficou a olhar para mim durante alguns minutos e depois falou.
- Ok, tenho algumas perguntas, primeiro: o que é impressão? – ela perguntou e o Daniel respondeu.
- Impressão é tipo amor á primeira vista, mas mais forte. O lobo sabe que a sua impressão é o amor da sua vida. E Mary, eu tive isso por ti á bocado lá fora, por isso estamos a contar-te todas estas histórias. – ela ficou a olhar para ele e depois começou a chorar e abraçou-o.
- Quer dizer que sou o amor da tua vida?
- Sim… mas isso já sabias não? Mesmo sem esta loucura toda. – eles olharam-se por um momento e beijaram-se apaixonadamente.
Mas o Paul tinha que estragar o momento deles e começou a tossir.
- Desculpem … bem tenho mais perguntas. – e olhou para mim. - E para que é que me contaste essa história? Ela é bem bonita. – e era agora que vinha a bomba, se ela não me aceitasse ia perder uma amiga.
- Essa bebé que nasceu de uma humana e um vampiro chama-se… - respirei fundo. – Chama-se Renesmee Cullen. – eu olhei para ela e ela olhou-me assustada, muito assustada e agarrou-se ao Daniel. – Mary, eu não te faço mal, dormiste na minha casa e viste como é a minha família, nós não matamos humanos, Mary por favor não fiques assim assustada. – ela olhou para mim e não sei o que ela pensou, mas ela correu para mim e abraçou-me e começou a chorar.
- Desculpa Nessie, assustei-me só, desculpa, eu considero-te mais que uma amiga e não podia ter reagido assim, desculpa…
- Não faz mal, já passou, e é bom saber que continuas a ser minha amiga. – ela riu-se para mim.
- Mas espera lá, tu na escola comes… - ela olhou para mim e todos riram-se.
- Mary, ouviste a história que te contei? Eu sou meia humana e meia vampira, eu como comida humana, mas é horrível, mas os meus pais e aqui o Jake. – dei-lhe uma cotovelada ao Jake. – eles obrigam-me a comer comida humana, pois dizem que faz bem, por causa da minha parte humana.
- Ok, mas tenho mais uma pergunta, então porque é que o Daniel entrou nisto tudo? – ela fez a pergunta que todos não queriam perguntar.
- O Daniel é meu irmão. – disse o Jake e o Daniel ficou admirado.
- Como tens a certeza?
- Como é que é o nome do teu pai? O que viste para Forks á procura? – perguntou-lhe o Jake.
- Billy Black. – e todos ficaram admirados.
- Pois é o meu pai. – e ele começou a contar-lhe a história toda, desde que a Mary me contou até ao momento que eu soube que eles eram irmãos e estava a transformar-se em lobo e precisava de ajuda, e chamei o Sam e contou-lhe que o pai era vivo, mas que pelo visto traiu a mãe á 18 anos atrás e ela estava morta e concluiu que o pai ainda não sabia que ele estava aqui e tinham que falar com ele.
- Jacob, não sei se é boa ideia ir lá falar com ele. – disse-lhe o Daniel.
- Mas temos e quanto mais rápido, melhor. – e virou-se para mim. – Nessie vai para casa descansar, agora já estou bem.
- Nem pensar, não vou sair do teu lado, principalmente quando fores falar com o Billy, vá vamos os quatro, eu não quero que nenhum de vocês façam algum disparate.
Ele não reclamou e pequei na mão da Mary e fomos em direcção á casa do pai do Jake.

13º Capítulo

Ola!

Antes de mais vejam o trailer daesta fic AQUI, espero que gostem.

Agora fiquem com mais um capítulo desta fanfic.

13º Capítulo

Versão da Nessie

Era sexta-feira e era um dos meus dias favoritos, não tenho aulas á tarde, por isso podia passar a tarde inteira com o meu amor.
Estava a dirigir-me para o parque de estacionamento quando dei de caras com o Mary encostada a uma parede e com um ar perdido.
- Mary, tudo bem? – perguntei-lhe aproximando-me dela.
- Oi Nessie, sim comigo está, mas estou preocupada com o Daniel, desde quarta-feira que não o vejo e não me atende o telemóvel e ontem fui a casa dele e ninguém atendeu. Nessie, estou mesmo preocupada, ele nunca fez isso. – respondeu-me ela quase a chorar.
- Mary, acalma-te, não deve ter acontecido nada de mal, vais ver que mais cedo ou mais tarde vais conseguir falar com ele. Olha vai de novo a casa dele e não desistas.
- Obrigada Nessie, não te chateio mais, o Jacob deve estar á tua espera, amanha em tua casa certo?
- Sim, eu mando-te logo a morada. – respondi-lhe despedindo-me dela.
- Ok querida. Até amanhã.
Fui a correr para o parque de estacionamento e quem é que dou de caras a atirar-se ao meu Jake?
A vaca da Betty.
Ela estava encostada á mota dele e a rir-se feita totó e o meu Jake, ria-se com ela.
Mas o que se está ali a passar?
O Jacob a dar bola aquela vaca?
Cheguei ao pé deles arranhei a garganta e comecei.
- Desculpem interrompo alguma coisa? – perguntei-lhes.
- Oi mor, claro que não. – e ele vem em minha direcção para me abraçar, mas eu afastei-me dele e pequei no capacete que me pertencia quando ele me vinha buscar de mota.
- Ok, então vamos embora. – ele assentiu.
- Adeus Jake, depois acabamos a nossa conversa. – respondeu-lhe a Betty com um ar completamente normal.
O que é que aquela cabra tinha-lhe chamado?
Jake? Ela conhece-o á apenas alguns minutos e já lhe chama de Jake?
E que conversa é que eles tinham que acabar?
O Jake apenas acenou-lhe com a cabeça e arrancou com a mota.
Eu tenho que ter uma conversa com ele.
Isto não pode continuar.

Ao chegar a casa dele, estavam lá a Rachel, o Paul e o Billy, portanto ai não daria para conversar, tinha que ser mais tarde.
Passei o almoço todo calada e a Rachel achou estranho o meu afastamento do Jacob e até perguntou se eu estava bem, ao que lhe respondi que sim, mas tive a certeza que ela não acreditou.
Após ajudar a arrumar a cozinha com a Rachel decidi que estava na hora de ter a tal conversa.
- Jake, podemos ir dar uma volta?
- Claro que sim amor. Pai vamos dar uma volta, até já. – despediu-se do seu pai.
- Está bem, portem-se bem. – comunicou-nos o pai dele.
Seguimos em frente para a floresta, que é o sítio que mais adorava para passear, mas neste momento tinha era que ser forte e firme.
Encostei-me a uma árvore.
- Jacob Black, porque é que te encontrei no parque de estacionamento da minha escola a rir com a vaca da Betty?
- Ah? O que Nessie? - ele estava admirado.
- Não te faças de parvo, eu vi-te muito bem entretido com ela.
- Ah isso … mas ela estava apenas a perguntar-me sobre a mota. Nada de mais e estava a dizer-me que estava a pensar comprar uma e que precisava de ajuda. – precisava de ajuda? Ela queria comprar uma mota?
Isso é mesmo para rir.
- Jake? Achas mesmo que ela estava interessada na mota? Acorda para a vida. Ela estava a tirar-se a ti. – ele deu-me o seu melhor sorriso.
- Há estava? Nem reparei. – ele começou a ir na minha direcção e temeu cada uma das suas mãos encostadas á arvore, prendendo-me no meio. – Renesmee Cullen, eu só tenho olhos para uma pessoa, e essa pessoa está neste momento aqui há minha frente. Nessie, por favor, eu estava a responder-lhe a questões sobre motas, agora o que ela pretendia a mais dessa conversa isso agora já não é da minha conta. Nessie, estás com ciúmes?
- Ciúmes? Eu ciúmes daquela cabra? Claro que não, eu só não gostei que estivesses a falar com ela. – ele começou a rir-se e aproximou as nossa caras.
- Nessie, eu amo-te, nunca duvides disso, é por ti que eu acordo todas as manhãs, és a origem da minha existência. Nessie … - aproximou os nossos lábios e quando eles se tocaram senti a corrente eléctrica que me fazia sentir que era naqueles braços que eu devo estar, era aquela boca que eu iria estar sempre, era ele que me fazia sentir viva e feliz, e eu estava a ser uma parva em pensar que ele alguma vez daria bola para outras.
Entreguei-me ao beijo, passando os meus braços pelo seu pescoço e puxando o seu cabelo, de forma a aproximar e a aprofundar cada vez mais o nosso beijo.
Ele passava as suas mãos pelas minhas costas fazendo que eu me arqueasse e os nossos corpos se aproximassem cada vez mais.
As nossas línguas mexiam-se de forma autónomas, entrelaçando-se como um todo, sim fomos feitos um para o outro.
Um completava o outro!
O Jake afastou os nossos lábios e eu reclamei, mas ele começou a beijar a minha bochecha e descendo pelo meu pescoço.
Continuou pelo meu braço direito e depois sorriu e voltou para os meus lábios.
- Sabes… - tentei falar entre os seus beijos – eu estava a gostar. – finalmente consegui lhe dizer.
Ele apenas se riu e voltou a beijar o meu pescoço e ombros.
- Jake … - tentava falar com as ondas de prazer a percorrerem-me o corpo - por mais que eu goste dos teus beijos, estamos no meio da floresta. – ele voltou a rir-se, aquele riso que mata qualquer um, que me fazia derreter e esquecer o meu nome.
- Tens razão. Vou-te levar a casa. O Edward já deve estar a fumar pelas orelhas. – tudo o que eu menos queria era sair de junto dele, e em minha casa não teria privacidade nem para pensar.
- Casa? Não quero ir para casa, quero ficar contigo. – resmunguei fazendo biquinho.
- Mas querida, eu vou estar lá ao pé de ti até que vás te deitar.
- Sim, mas não é a mesma coisa, nem pensar poço. – olhou para mim espantado.
- E pensas em quê? – ups ele apanhou-me.
- Em ti. – admiti ficando corada.
- Uhh e em que aspecto? – perguntou-me com um sorriso malandro no rosto.
- Ai Jake, sei lá, em ti no geral. Nos nossos beijos, dos teus olhos, dos teus músculos, bem em ti. – aproximei-me dele e abracei-o. – eu estou sempre a pensar em ti e o meu pai enerva-se com as suas bocas.
- Oh linda, eu compreendo, eu paço exactamente pelo mesmo. Mas agora tens que ir para casa, se não o teu pai mata-me. – lá ele convenceu-me a ir para casa, mas não ia ficar assim.
Foi nesse momento que tive uma ideia.
- Jake, podemos primeiro ir á minha casa e depois ir para a casa grande? É que quero tomar banho primeiro.
- Claro Nessie.
Ele foi atrás de uma árvore para se transformar e voltou como lobo.
O lobo que eu amava, o lobo mais lindo que existia.
Pulei para cima dele e agarrei-me ao pelo dele, mesmo a tempo de ele dar o primeiro salto e partir-mos numa velocidade fenomenal.
Chegámos á minha humilde casinha em apenas 4 minutos, um recorde para o próximo Jake.
Entramos dentro de casa e acendi a televisão.
- Jake senta-te, eu sou rápida. – ele assentiu e eu corri para o banheiro.
Tomei um banho rápido, lavei bem o meu cabelo e o corpo.
Quando sai sequei o cabelo, para ficar com os meus belos caracóis e meti creme no corpo todo.
Embrulhei-me na toalha e fui para o meu quarto escolher a roupa.
Bem, eu queria uma coisa que ele ficasse de boca aberta, mas também não queria chatices com o meu pai, portanto decidi por um vestido curto, justo e com um decote em “V”, mas o vestido era todo em malha preta, logo era daqueles vestidos práticos, ninguém ia notar que vesti-me assim de propósito.
Calcei umas sabrinas pretas e estava pronta.
- Vamos? – perguntei ao meu amor após sair do quarto.
- Sim va… - ele parou de falar quando olhou para mim.
Boa!
Vitória!!!!
Era mesmo esta expressão que eu queria!
- Vá bora lá Jake! – ele olhou para mim e tentou falar, mas eu não lhe dei tempo, pois colei os nossos lábios e rapidamente os voltei a separar e puxei-o.
A viagem foi curta e rapidamente estávamos em frente á casa grande.
O resto da noite passou rápida.
Eu e o Jake jantámos e depois acompanhou-me de volta á minha casa.
Antes de ser ir embora, juntou os seus lábios ao meu ouvido direito e murmurou.
- Amanhã estarei cá bem cedo. – sorri para ele e desapareceu no meio da floresta.
Entrei dento de casa e os meus pais já estavam a namorar encostados a parede em frente á porta principal.
- Boa noite! – desejei-lhes.
- Nessie, espera. Amanhã saímos para irmos caçar bem cedo, por isso é provável que já cá não estejamos quando acordares, mas depois vai logo para a casa grande que está lá a Esme. – disse-me a minha mãe.
- Está bem mãe. Boa noite.
- Boa noite filha. – desejaram-me os dois.
Entrei no quarto e após vestir o pijama e mandar a mensagem á Mary e ao Alex com a morada da minha casa, deitei-me e adormeci rapidamente a sonhar com o meu amor.

Só podia estar a sonhar, tenho certeza disso.
Sentia um aroma que me era familiar e que eu tanto amava, o cheiro do meu amado.
Sentia um corrente percorrer todo o meus corpo com as suas carícias ao longo do meu pescoço e braços e uma voz que eu tanto precisava.
- Nessie…Nessie…acorda amor. – a voz me chamou.
Mas eu não queria abrir os olhos, o sonho estava a ser muito bom, eu não queria que ele parasse, queria continuar assim…
- Nessie vá lá acorda.
Abri os olhos bem devagar e o cheiro maravilhosos continuou lá.
- Bom dia amor. – pulei da cama com um salto.
- Jake? – afinal não era um sonho – O que estás a fazer aqui?
- Eu prometi-te que estaria aqui bem cedo, não foi? Então aproveitei e vi-te acordar.
- Mas..o meus pai … - ele tapou a minha boca.
- Eles já saíram á muito tempo. – é verdade, eles tinham ido caçar.
- Então gostas-te da surpresa?
- Oh Jake, amei. Quem me dera acordar sempre assim. – levantei os meus braços e puxei-o para mim, ao que ele teve que se sentar em cima da cama e fui directamente para os seus lábios.
Ele acompanhou-me e as nossas línguas começaram o ritmo que sempre era mágico e único.
Coloquei uma perna em cada lado da sua cintura e puxei-o mais para mim.
Ele reagiu á minha acção e percorreu com as suas mão desde a minha perna até á minha coxa, fazendo com que uma corrente eléctrica vinda do seu toque me percorresse o local.
Ele continuou a subir até ás minhas costas e as suas mãos tocaram na minha pele que estava agora á vista.
Empurrei-o e ele caiu de costas na cama fui em direcção ao seu pescoço, percorrendo cada traço e respirando o seu maravilhoso aroma.
Enquanto traçava linhas de beijos pelo seu pescoço levei as minhas mão ao seu abdómen, e ai percebi que ele estava sem camisola, para variar, claro, analizando cada traço dos seus maravilhosos músculos.
- Nessie … Nessie … Nessie tens que ir fazer o tal trabalho … - ohhh é verdade o trabalho, coloquei a minha cabeça em cima do peito dele e ele começou a fazer-me festinhas no meu cabelo.
- Amo-te. – murmorou.
- Eu também te amo, e muito. – disse-lhe e subi até á sua boca e beijei-lhe. – Vou tomar banho, já venho!
Corri para o banheiro e tomei um duche rápido, eu queria estar o mais tempo possível junto ao amor da minha vida.
Tomei um duche rápido e após sair da casa de banho fui em direcção ao meu quarto vestir umas calças, uma camisola, as botas pretas de salto, penteie o cabelo, meti perfume, o meu colar com o brasão da minha família e a pulseira que o Jake me ofereceu.
Sai do quarto e lá estava ele sentado no sofá, e visualizei a sua forma: musculado, cabelo curto despenteado, vestia una calções e uma t-shirt, espera lá, t-shirt?
Mas ele á bocado não tinha t-shirt.
Ok, ele queria mesmo me matar logo ao acordar, só podia ser essa a explicação.
Suspirei e ele olhou para mim.
- Já estás pronta? – perguntou-me dando-me aquele sorriso de me fazer suspirar.
- Sim, vamos. – respondi-lhe agarrando na mão dele e puxando-o para mim.
O caminho até á casa grande foi curto, muito curto e já estava-mos sentados na mesa da cozinha a tomar o pequeno almoço.
Eu não sou muito fã de comida humana, mas os meus pais obrigam-me a comer, então decido por aquilo que não sabe tão mal, como um copo de sumo de laranja e uma torrada, já o Jake comia e comia, há tantos anos que convivo com ele e ainda não consigo perceber como ele consegue comer tanto e manter-se com aquele corpinho de deus grego que faz suspirar qualquer uma.
- Nessie, vou ter que ir fazer a ronda, mas a tarde venho cá. – comunicou-me o meu namorado enquanto se levantava da mesa.
- Vou ter saudades. – levantei-me e abracei-o. – Amo-te.
- És a minha vida. – ele beijou-me e este beijo foi diferente dos outros, não era urgente, era apaixonado e simples, tal como o nosso amor.
E saiu pelas traseiras no momento em que tocaram á campainha.
Ia começar a meter as loiças do pequeno-almoço no lava-loiça, quando entra a minha avó.
- Querida, deixa isso, vai lá fazer o trabalho, não deixes os teus colegas á espera.
- Obrigada avó. – beijei-lhe o rosto e fui em direcção á porta.
- Bom dia! – cumprimentei-os ao abrir a porta. – Entrem.
- Uau Nessie, que casarão…não foi fácil encontrar isto. – respondeu-me a Mary.
- Pois, a casa esta um pouco escondida. Temos que trabalhar. – então a Mary e o Alex entraram e sentaram-se na mesa da sala.
Passámos a manhã toda a pesquisar e a tratar informações sobre o tema, e mal reparámos que era hora de almoço, se não fosse a minha avó a trazer-nos o almoço.
- Olá queridos! Espero que gostem de massa.
- Obrigada senhora Cullen. – responderam os meus amigos.
A seguir de almoçar-mos recebi uma mensagem da minha tia Alice:

Querida, vai comprar o teu vestido para o baile.
Diz á tua amiga Mary para comprar o preto e dourado e a tua amiga Emma o Amarelo, no teu caso, apenas confio no teu bom gosto.
Bjs,
Tia
Ah o baile, é verdade, nunca mais me lembrei.
- Alex. – tinha que começar por algum lado e só esperava que ele já tivesse companhia.
- Sim?
- Então vais ao baile de inverno? – perguntei-lhe, mas estava a rezar que ele dissesse que sim e que ia com alguma rapariga lá da escola.
- Acho que não. – ok, não era propriamente a resposta que eu queria.
- Então porquê?
- Não tenho par, e também não estou com muita disposição para dançar, eu convidei-te mas tu não aceitas-te … - interrompi-o, se eu queria acabar com esta conversa tinha que ser agora e o maia rápido possível.
- E se eu te dissesse que agora já quero ir?
- O quê Nessie? Queres ir ao Baile? Eu adoraria ser teu par.
- Obrigada Alex. – pronto pelo menos isto estava resolvido.
Já era cerca de 3 da tarde quando o Alex decidiu ir embora com a desculpa de que tinha que ir fazer não sei o quê.
Eu já estava farta de fazer aquele trabalho, portanto decidi fazer o que a minha tia Alice propôs.
- Mary, não queres ir comprar o vestido para o Baile? Podemos ir até Seattle.
- Óptima ideia Nessie, já estou farta de fazer este trabalho sobre clonagem, olha podemos ligar á Emma. – propôs a Mary.
- Claro, liga-lhe enquanto arrumo as coisas.

A Mary ligou á Emma e ela aceitou, enquanto isso mandei uma mensagem ao Jake a dizer onde ia e para ele não vir para a minha casa agora.
Fomos no meu carro buscar a Emma e depois seguimos em direcção a Seattle.
Percorremos montes de lojas e em nenhuma encontra o que pretendíamos, mas quando estávamos a sair da cidade vimos uma nova loja que dizia: “Promoção de abertura”, ou seja era mesmo novinha aqui na zona e tinha um nome bem chamativo: “Star Night”, ou seja, parei logo o carro e entramos na loja, mas sem muitas esperanças.
A loja era toda em tons de pastel e lilás e tinha uma enorme variedade de vestidos, ao que ficámos contentes por termos muito por onde escolhermos.
A Mary foi a primeira a pegar em dois vestidos, um rosa bebé comprido e outro preto e dourado um pouco a cima do joelho e lembrei-me logo da mensagem da minha tia.
- Mary, o preto e dourado é muito mais giro. Vai experimentá-lo.
A Emma pegou em três vestidos e estava muito indecisa.
Um era todo preto e curto, outro era azul escuro com missangas prateadas e o terceiro era amarelo de alças grossas com um cinto na cintura, e mais uma vez lembrei-me da opinião da minha tia.
- Emma leva o amarelo, ele é lindo e fica bem com a tua pele.
Eu é que ainda não tinha visto nenhum que me agradasse, até que a senhora da loja traz um saco vermelho que me chamou á atenção.
Ela estava a abri-lo e tirou de lá de dentro um vestido vermelho, que pelo cheiro era cetim, com renda preta por baixo e era cai-cai, mas muito simples e bonito.
- Poço experimentar esse? – perguntei á senhora.
- Claro, mas este não está na promoção. – por favor, dinheiro era o que não me faltava.
- Não há problema.
Peguei no vestido e fui em direcção ao provador e quando sai para me ver ao espelho a Mary e a Emma também se estavam a ver ao espelho.
Os vestidos ficavam-lhes mesmo bem, mas elas pararam quando me viram
- Uau Nessie, esse vestido fica-te a matar. Estás linda. – elogiou-me a Mary.
- Concordo, tens que levar esse Nessie, ficas mesmo bem. – disse-me a Emma.
- Ok, ok, eu vou levar este, e vocês também estão linda.
- Agora só falta os sapatos. – disse a Emma.
Fomos em direcção á zona de sapatos da loja e rapidamente encontrámos o que desejámos.
A Mary comprou um de salto fechados á frente em preto, a Emma comprou umas sandálias de salto abertas, com uns efeitos muito giros e eu comprei uns sapatos de salto também de salto, pretos, mas abertos á frente.
Estávamos prontas!
Saímos da loja e fomos para Forks e fui levar a Emma a casa.
Quando eu e a Mary chegámos á minha casa, pois o carro dela estava lá, ela queria ir logo embora mas eu não deixei.
- Preciso de falar contigo. – e puxei-a para dentro de casa em direcção ao meu quarto que tenho ali na casa dos meus avós, que era o antigo quarto do meu pai.
Sentei-me na cama e comecei a falar.
- Mary, já conseguiste falar com o Daniel? – tinha que chegar logo ao ponto que eu queria.
- Mais ou menos, eu ontem fiz o que me pedis-te e fui novamente a casa dele, mas ele estava estranho, ele nem abriu-me a porta, disse para eu ir embora que estava doente. - e nesse momento começou a chorar. – Nessie eu não quero sofrer mais, eu amo-o muito e não consigo sofrer mais. – após as suas palavras lembrei-me de uma coisa que a Betty disse.
- Mary, o que aconteceu? A Betty mandou-te uma boca o outro dia a dizer que tu sabias bem o que os rapazes queriam, Mary o que se passou? – ela continuou a chorar, e a chorar cada vez mais. – Querida, se não quiseres contar não contes, mas fiquei preocupada.
- Não há problema, eu conto-te, afinal quase a turma toda sabe, portanto tu também saberes não há problema. Aconteceu á dois anos, e o Erik era o rapaz mais cobiçado da escola, mesmo sendo novo, as raparigas mais velhas queriam estar com ele. Mas um dia ele começou a falar comigo, sentava-se comigo nas aulas, ficava comigo nos trabalhos, pronto, chegou um dia que ele disse que gostava de mim, e eu também gostava, eu gostava do rapaz carinhoso e amigo que estava sempre comigo e não daquele que passava os intervalos agarrado a raparigas e eu pensava que podia mudá-lo, a sério que pensei, mas fui estúpida, muito estúpida, numa noite que estávamos em minha casa a fazer um trabalho, estávamos completamente sozinhos e entreguei-me a ele, nem sei como fui capaz, mas eu amava-o e pensava que ele também gostava de mim, como sempre me dizia, mas iludi-me. No dia seguinte, ele não se sentou ao meu lado na aula e sim ao lado da Betty, eu não liguei muito, mas no intervalo encontrei-o no balneário os dois juntos, demasiado íntimos e apenas o que ele me disse foi: “Sai daqui estás a acomodar”, nunca mais acreditei no amor, pensei que isso só acontecesse nos contos de fada, mas o ano passado entrou para a escola o Daniel, ele era mais velho um ano, mas como era da turma da Emma e do Ryan, ele juntou-se a nós e começamos a nos aproximar, mas nunca deixava ir nada além de um abraço, eu não conseguia nem beijá-lo, aos poucos ele mostrou-me que me amava, mas demorou seis meses a acreditar que ele gostava mesmo de mim, ele fez-me muitas surpresas, e apoio-me sempre, e no final do ano aceitei-o e este verão foi o melhor da minha vida, já não tive medos e acordar ao lado do rapaz que amamos é o melhor que se pode ter. Por isso eu não quero sofrer mais. – eu estava completamente perplexa, nunca pensei que lhe tivesse acontecido tal coisa. – E Nessie eu penso todos os dias, quando me irei tornar a Senhora Black. – o quê?
- Espera lá, senhora quê?
- Black, o nome dele. – respondeu-me ela com uma cara normal.
- Mas como é que ele se pode chamar Daniel Black? Quem é o pai dele? – perguntei-lhe já aflita.
- Ele não sabe quem é o pai. – ok, isto foi a gota de água.
- Mary, podes achar isto muito estranho, mas conta-me tudo o que souberes sobre ele. – ela assustou-se.
- Mas porquê?
- Confia em mim. Conta-me tudo. É importante. – ela olhou-me desconfiada, provavelmente a tentar perceber se devia ou não contar.
- Ok, eu conto, mas ainda não percebi porque queres tanto saber. Então a mãe do Daniel viveu aqui em Forks á exactamente 18 anos atrás e engravidou de um homem que se chamava Billy Black. – neste momento a minha cara caiu. – Mas ela era muito nova, então os pais mandaram-na para Inglaterra pois ele era muito mais velho que ela e não queria assumir a criança. A mãe do Daniel conheceu outro homem em Londres e ele assumiu a criança como sendo seu filho, pois o homem não podia ter filhos e viveram felizes, mas á dois anos o homem ficou doente e precisou de uma transfusão de sangue e ele como pensava que ela filho dele pensou que podia ser compatível, e foi nesse momento que lhe contaram tudo e uns meses depois o homem morreu, pois não conseguiu resistir á doença, então o Daniel acolheu o nome do pai e decidiu vir para Forks para tentar encontrar o seu pai biológico, mas até ao momento não conseguiu nada.
Ok, eu estava super confusa, mas há 18 anos o Jake já era nascido, e as irmãs também, então o pai do Jacob traiu a mãe deles?
E um pensamento me invadiu a cabeça.
Ele era irmão do Jacob, que é lobo, logo ele tem sangue lobo.
OMG.
- Mary conta-me como é que o Daniel reagiu á tua visita ontem. – eu tinha que ter a certeza.
- Ele estava fora de si, dizia que estava doente e para eu ir embora, mas gritava comigo, nem me deixou entrar, e quando eu não quis ir embora e saiu e empurrou-me e ele estava muito quente, e acho que mais alto, mas isso acho que já era alucinação e os nervos. – estava explicado, sai do meu quarto a correr, mas numa velocidade humana e a Mary a correr atrás de mim.
- Nessie…Nessie…onde vais?
- Tenho que ir a casa do Daniel já. – disse-lhe marcando o numero do Sam no telemóvel, não ia ligar para o Jake já, ele tinha que interiorizar muita coisa depois.
- Mas porquê? – ela perguntou-me no momento em que já estava a entrar no carro.
- Entra e diz-me a morada. – após ela me dizer a morada o Sam atendeu. – Até que enfim Sam, temos um problema. – e disse-lhe para ir ter á morada que a Mary me deu. – Mas não digas ao Jake.
- Mas o que se passa Nessie? – perguntou-me ele aflito.
- Não te poço dizer, mas já vais ver pelos teus próprios olhos. – e assim desliguei o telemóvel e arranquei pela estrada fora em direcção á casa do Daniel.
Durante a pequena viagem relembrei a conversa que tinha tido com a Mary, e perguntei-me a mim própria se era possível o Jake ter um irmão.
De acordo com a história da Mary era.
E a voz da Mary interrompeu os meus pensamentos.
- Nessie, o que se passa? Porque estás tão nervosa e com quem falaste ao telemóvel para ir ter a casa do Daniel?
- Mary, não te preocupes, o Daniel vai ficar bem, é só isso que precisas de saber.
- Mas … - eu a interrompi saindo do carro, já que estávamos em frente á casa dele.
Toquei á campainha uma, duas, três vezes e nada.
O Sam e o Jared chegaram.
- Nessie o que se passa?
- Sam, até que enfim, olha pelo que percebi o Daniel é irmão do Jake, e então …
- O quê? Mas como? – perguntou-me o Sam.
- Depois conto-te, agora precisamos de ajudar o Daniel, pois ele está muito quente, mais alto, e isso. – dei algumas indicações para o Sam perceber o que se estava a passar com o Daniel sem ser preciso dizer exactamente que ele se estava a transformar em lobo, por causa da Mary que estava ali especada a assistir de boca a aberta á minha conversa com aqueles dois rapazes que eram completamente desconhecidos para ela, o que se calhar lhe dava um pouco de medo, mas neste momento não podia pensar no estado dela, eu só pensava que a qualquer momento o Daniel podia se transformar ali dentro de casa e destruir tudo e ser visto por montes de pessoas.
Voltei a tentar a campainha, mas nada, portanto decidi dar uso ás minhas palavras.
- Daniel, Daniel, abre a porta, é a Nessie, estão aqui pessoas que te vão ajudar. Eles sabem o que te esta a acontecer.
- Naaaooo … - uma voz roca ouviu-se de lá de dentro. – Eu não consigo. Dói-me tuuudo… - ele falava com uma voz que transmitia dor e sofrimento.
- Daniel, é o teu nome certo? Olha eu sei que dói muito, mas não podes ficar ai dentro, é pior, e eu poço te ajudar.
- Nessie, do que é que eles estão a falar? – perguntou-me a Mary.
- Depois explico-te. – depois tinha era que arranjar uma grande desculpa.
- Daniel, acalma-te. – não se ouviu nenhum sou. – Olha pensa numa pessoa que gostes muito, ou algo que gostes e concentra-te nisso.
- Maaaaryy. – ela saltou literalmente e voou para a porta.
- Eu estou aqui meu amor, acalma-te.
- Mary? Sai daqui, já te disse … - ele não estava mais calmo, pelo contrário, estava mais nervoso.
- Nessie, leva a tua amiga contigo, eu depois falo contigo e aproveita e fala tu com o Jake, acho que é melhor ele receber essa noticia por ti, já que eu nem percebi muito bem a história, agora nós tratamos disto por aqui.
- Está bem Sam, obrigada por tudo. Vamos Mary. – chamei-a.
- Não, Não, eu não quero ir. – ela gritava.
- Ele vai ficar bem, não te preocupes, nós tratamos dele. – disse o Sam a ela de uma forma segura e firme, que de alguma maneira fez com que ela acreditasse nele e seguisse para o meu carro.
Quando chegámos a minha casa ela já estava a dormir, não sei como é que ela conseguiu, mas de uma maneira ou de outra estava.
O meu pai chegou ao meu carro e levou a Mary para o meu quarto e estava na hora de explicar a minha família toda a situação e principalmente ao Jake.

12º Capítulo

12º Capítulo

1ª Parte - Versão da Nessie

Já estávamos a meio de Novembro e notava que estava a gostar da escola, no início pensei que fosse uma tortura e não servisse para nada, mas enganei-me.
Já tinha montes de amigos e era bom conviver com eles, mesmo tendo de lhes mentir a toda a hora.
A melhor parte do meu dia, era quando o Jacob me vinha buscar para almoçar, a Mary estava sempre a reclamar, mas ela compreendia, ela e o Daniel nunca se largam, e á hora de almoço é o único tempo que tenho que posso pensar livremente sem o meu pai me estar a chatear.
Naquela hora podia pensar livremente nos belos olhos que ele tinha, nos seus lábios grossos e saborosos que tanto desejava, podia percorrer o seu corpo com o meu olhar analisando cada traço dos seus belos músculos, que tanto me faziam suspirar.
Mas no último mês estava a acontecer alguma coisa em mim que eu não sabia explicar, parecia que os meus e as carícias não chegavam, eu queria chegar ao fundo do poço mas não conseguia, e estava a torturar-me não saber o porquê.
Eu já não ficava satisfeita apenas com os seus belos lábios, eu…eu…eu não sabia o que estava a acontecer.
Mas tentava não pensar muito nisso, eu era feliz com ele, quer dizer muito feliz, eu amava-o com todas as minhas forças, por isso só o ter era suficiente, ou não era?
Mas outra coisa estranha estava a acontecer, esta era na escola.
Tudo começou com um pequeno papel vermelho com o meu nome em cima da secretária e uma vez por semana, aparecia outra coisa: uma rosa, uma pulseira com o meu nome, um peluche, entre outras coisas que não ligava.
A Mary dizia que eu tinha um admirador secreta, mas eu simplesmente a ignorava, eu amava muito o meu Jake, e não o ia trocar por outro qualquer.
Até ao momento não sei quem é o autor dos presentes, mas também não estou muito interessada.
Os dias corriam normalmente, quase sempre o mesmo, aulas, tpc, caçar, ou seja o habitual.
Mas a normalidade estava prestes a acabar.

Cheguei á escola e estacionei no mesmo lugar de sempre e ao abrir a porta vejo a Mary a correr para mim.
- Nessie, Nessie, até que enfim que chegas-te.
- Acalma-te miúda, o que é que se passa? – perguntei-lhe vendo o aspecto de stress que ela se encontrava.
- Nessie, vem. – Ela puxou-me o braço em direcção ao pavilhão mais próximo.
- Espera Mary, o que se passa?
- Olha… - ela apontou para um enorme placar que estava no meio da porta do pavilhão. – É o Baile de Inverno. É daqui a duas semanas.
O cartaz era de cor vermelha e dizia em letras grandes: “Baile de Inverno”, por baixo estavam as indicações.
- Então? Vais ao Baile? – perguntei-lhe.
- Obvio, o Daniel já me convidou…Ai…vai ser uma noite espectacular. Tu também vens, certo?
- Não sei, mas gostava. – ela ficou toda empolgante e voltei a minha atenção novamente para o cartaz.
Lá estavam todas as indicações da festa, o local (Escola), também dizia que tinha-mos que vir vestidos a rigor e acompanhados, entre outras informações, mas foi numa com letras pequeninas que paralisei: “A Festa é exclusivamente para alunos INTERNOS.”.
- Mary, Mary. – gritei-lhe enquanto ela falava com umas raparigas. – Mary olha. – apontei-lhe para a frase.
- Ah sim, e então? – respondeu-me ela com a maior das calmas.
- E então? O Jake não anda cá na escola, logo não pode vir, achas que venho a uma festa com um qualquer sem ser ele?
- Nessie, pois é desculpa!
- Não faz mal, anda que já tocou.
Na primeira aula, a de Biologia, o professor comunicou que tínhamos que fazer um trabalho de grupo.
O grupo tinha que ser constituído por três elementos e o tema era sobre clonagem.
- Poço ficar com fosses? – perguntou o Alex e mim e á Mary logo a seguir ao professor pedir para formarmos grupos e claro que aceitámos.
O resto da aula foi a combinar alguns pormenores e soube que a Mary estava sem Internet durante este mês devido a uma avaria nas ligações e o Alex não tinha sequer computador, por isso combinados sábado de manha, em minha casa.
O resto do dia foi secante.
Todos falavam do baile, com quem iam, o que iam vestir, etc, e no segundo intervalo o Alex veio falar comigo.
- Nessie, poço te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Já tens par para o baile? – isto é que não estava nada á espera, o Alex a pedir-me para ir ao Baile?
- Alex, eu não vou ao Baile.
- Porquê? – ele ficou surpreendido pela resposta.
- O Baile é só exclusivamente para os alunos da escola, e o meu par não é de cá da escola.
- Ah….ok, mas….não queres vir ao Baile comigo? – abaixei a cabeça e concentrei-me na pequena folha que se encontra á minha frente, o que é que ia dizer?
Que não queria ir com ele?
Ele é meu amigo, ele merece uma resposta mais construtiva do que um simples “Não”, mas felizmente tocou e disse a primeira coisa que veio á minha mente.
- Alex depois fala-mos, temos que ir para a aula. – e sai dali a correr em direcção ao pavilhão.
Desta já me safei, mas tenho a certeza que ele não ia deixar passar.
Quando fui almoçar com o Jake, estávamos apenas nós os dois, a Rachel tinha preparado uma deliciosa massa, pois pela experiencia que eu tenho do Jake na cozinha, nunca deu certo.
Pelo o que ele me disse é que o Bill foi pescar com o meu avô e o mais certo era ter ficado a almoçar com ele e a Rachel estava com o Paul.
Após o ajudar a arrumar a cozinha, sentei-me no sofá e comecei a fazer zaping com o comando.
- Não esta a dar nada de jeito. – disse para ele.
- Bora. – ele agarrou-me no braço e levantou-me.
- Para onde? – perguntei-lhe já a sair de casa.
- Vamos passear. – ele sorriu-me e dirigiu-se para a floresta, para se transformar.
- Não Jake, prefiro andar ao teu lado. Não te transformes. – ele olhou-me com um ar surpreendido, mas dirigiu-se a mim e abraçou-me.
- Como queiras amor.
Passeámos pela fantástica praia de La Push e sentamo-nos na areia.
Estava tão distraída com o som das ondas do mar, que assustei-me quando o Jake falou.
- Nessie….
- Sim. – e virei-me para ele.
- Eu amo-te. – ele sorriu.
- Também te amo. – levantei os braços aos seus cabelos e as suas mãos foram para a minha cintura para me puxar para mais perto de si, os nossos lábios tocaram-se e moveram-se uniformemente, pareciam que tinham sido feitos para estarem juntos, ao tocarem-se faziam um todo.
E aquele sensação de querer mais voltou, e voltou cada vez com mais força.
Eu queria mais, eu precisava dele.
Virei o meu corpo para cima do dele e a minha camisola subiu levemente e o toque da mão dele nas minhas costa, fez com que desse um salto e percebe-se o que realmente faltava.
Como é que sou tão burra?
Sentei-me ao seu lado e pousei a minha cabeça no seu braço e agarrou-me a mão.
A corrente eléctrica quente ainda se fazia sentir em cada toque dele.
Estava tão concentrada nos meus pensamentos que nem dei pelas horas passar, foi quando ele me puxou para irmos embora.
Ele levou-me á escola e a aula foi um desgrace.
A cabra da Betty tinha que se vir meter comigo.
- Que tristeza. – ela mandou para o ar a olhar para mim, mas eu não ia deixar passar.
- Tens algum problema querida? – perguntei-lhe com o meu ar mais sínico.
- Por acaso que falas nisso, tenho pena do rapaz que te vem buscar á hora de almoço. Não achas que ele deve ter uma coisinha melhor? – Acalma-te Renesmee, acalma-te Renesmee, repetia-a para mim milhares de vezes seguidas. – Coitado do rapaz, ter que aturar uma rapariga como tu… - foi a gota de água.
- Como assim, como eu? Ele está comigo porque me ama, sabes o que é isso? Sabes? Pois bem parecia que não sabias, por isso mete-te na tua insignificante vidinha e para de te meteres na vida dos outros. – de repente ela começou a rir feita parva.
- Por favor, achas que ele te ama? Os rapazes só querem uma coisa, e quando eles conseguem, partem para outra. – e olhou para a Mary. – A tua amiguinha é que já tem experiência nisso. – depois falo com a Mary, agora tenho este problema para resolver.
- Tu não sabes nada sobre o Jacob, e se soubesses não ias gostar, por isso, volto a repetir, mete-te na tua vida. – e ai entra a professora. – E ficamos por aqui.
Quando cheguei a casa fui directamente para a minha casa e após tomar um banho e vestir uns calções, uma t-shirt azul e uns chinelos, podemos estar em pleno Inverno, mas eu nunca tinha frio, fui para a casa dos meus avôs.
Quando cheguei já lá estava o Jake e fui-me sentar ao lado dele no sofá, mas ouvi um gritinho da minha tia Alice e ela veio na minha direcção.
- Nessie, que festa? – que sangue é que a minha tia anda a beber?
- Que festa tia?
- Isso pergunto-te eu. Acabo de ver uma rapariga a ler um cartaz a anunciar uma festa e depois grita o teu nome e acaba a visão. – boa, a minha tia viu a Mary a ler o cartaz da festa.
- Ah, viste a Mary a ler o cartaz. É o Baile de Inverno que vai haver na escola.
- Óptimo. – a minha tia começou a pular de alegria.
- Nessie que festa? – perguntou-me o Jake.
- Acalmem-se. Eu não vou ao Baile. – então a minha tia parou de saltar e fez uma cara de choque.
- Porquê?
- Simples, o Baile é só para alunos da escola e eu não vou com nenhum rapaz ao baile da minha escola.
- Mas Ness, vai…. – disse o meu namorado.
- Jake, estas a dizer para eu ir sair com outro rapaz? Não, não vou. Se pessoas de fora da escola pudessem ir, eu perguntava-te se querias ir, mas assim não.
- Nessie, é um baile, tu tens que ir. – refilou a minha tia Alice.
- Tia acabou a conversa, não vou e pronto.
Durante uns minutos ninguém nada disse e quando menos espero o Jake vira-se para mim.
- Nessie, escuta. Tu mereces te divertir. Por isso, imploro-te que faz a essa festa. Arranjar par tu consegues de certeza… - isso é verdade – e precisas de sair da rotina, sair, seres uma adolescente normal.
- Mas Jake….
- Shiu....Faz a tua tia feliz, e eu fico zangado contigo se não fores á festa.
- Jake….
- Acabou, vais á festa e pronto, ok? – baixei o olhar – olha para mim, tu vais te divertir.
- Pronto ok, mas só vou porque estas a dizer Jake. – ele sorriu e a minha tia saltou de alegria.
O resto da noite foi bem passada, conversámos sobre a minha escola, como estava a reagir e outros assuntos.
E foi quando me lembrei de um pequeno assunto.
- Mãe, pai, avôs, eu tenho um trabalho de grupo de Biologia que é para entregar para a semana, e os meus colegas de grupo não têm internet em casa, eles podem cá vir sábado de manhã? – e o primeiro a responder foi o meu avô.
- Se apenas a Esme estiver cá em casa, então pode ser, os outros têm que sair, é melhor, para não arranjarmos nenhuma confusão. – todos concordaram com o meu avô e disseram que iam aproveitar para irem caçar.
O Jake levou-me até minha casa com os meus pais atrás, ele nem entrou com o meu pai a refilar que já tivemos muito tempo juntos e que eu tinha que ir dormir e bla, bla, bla…

2ª Parte - Versão do Jacob

O que eu podia pedir mais?
Era feliz com o meu anjo, o meu amor.
Eu estava completamente apaixonado por ela, e ela, eu amo-a tanto, mas tanto, que faço sacrifícios só para estar com ela nem que seja alguns minutos.
Novamente, hoje ia buscar para almoçar em minha casa, o meu pai tinha ido pescar com o Charlie, por isso tinha a certeza que não vinha cá almoçar, só espero que o parvo do Paul não venha para cá fazer sala, ele enerva-me profundamente quando pensa que está na casa dele, não é por a minha irmã estar grávida de três meses e irem casar daqui a um mês, que ele pode estar a vontade, e então lembrei-me do dia em que anunciaram o noivado á 3 semanas.

Estavam todos os lobos e as namoradas dos lobos e os mais velhos num jantar na fogueira, quando o Paul pede a atenção de todos e eu e a Nessie começamo-nos a rir da cara dele, estava um pouco assustado e já começava a transpirar e começou com um discurso.
- Meus irmãos, a Rachel está grávida de dois meses e pouco e desejamos que o nosso filho… - a minha irmã deu-lhe um murro no braço – ou filha, seja muito feliz e que tenha uma vida saudável. Nada melhor do que isso se os seus pais estejam unidos pelo amor que sentem um pelo outro e que isso seja visto por todos. Com isto, quero dizer que pedi a Rachel em casamento, e com o consentimento do Bill, ela aceitou. – nesse momento todos começaram a felicita-lhos e a dar-lhes os parabéns e desde esse dia a minha irmã não para em casa com os preparativos do casamento.

- Jake já estás acordado? – perguntou a minha irmã do lado de fora do meu quarto.
- Sim, entra.
- Olha vou a casa do Paul para ver se é hoje que acabamos os convites, já fiz uma massa que tu gostas para ti e para a Nessie.
- Obrigada mana. Boa sorte para os convites.
- Obrigada, bem preciso.
Após a minha irmã sair, fui tomar um banho e depois fui buscar o meu amor.

Para variar, lá estava aquele rapaz sempre a olhar para ela, ele tinha sempre aquele olhar de quem a queria, o que me dava uns nervos só de saber que a minha princesa passava as manhãs todos naquela escola com montes de rapazes a olhar para ela.
Ela é linda, isso ninguém pode duvidar, e por essa razão sentia que ela naquela escola não estava protegida, sentia que algo poderia acontecer de mal.
Eu tinha esta sensação sempre que a ia buscar, mas rapidamente passava após um dos seus beijos maravilhosos que me faziam esquecer tudo e todos.
Após almoçarmos ela estava farta de estar em casa e aproveitei que estava sol, uma coisa rara em Forks, para irmos dar um passeio.
Pequei na mão dela e disse-lhe para irmos embora e ela começou logo resmungar.
- Para onde? – perguntou a minha princesa.
- Vamos passear. – respondi-lhe indo em direcção á floresta para me transformar, mas ela surpreendeu-me.
- Não Jake, prefiro andar ao teu lado. Não te transformes. – ela pediu-me e eu aceitei, tinha que concordar que andar ao lado dela abraçadinho, é muito melhor.
- Como queiras amor. – respondi-lhe abraçando-a.
Fomos em direcção á praia e sentamo-nos na areia a olhar para o mar.
O dia estava lindo, as ondas faziam um marulho único que davam um toque especial aquela praia.
A minha menina estava tão concentrada nos seus pensamentos que só desejava naquele momento ter o poder da sanguessuga do pai dela para saber no que é que ela está a pensar.
- Nessie….
- Sim. – ela respondeu virando-se para mim.
- Eu amo-te. – disse-lhe sorrindo e aproximando as nossas caras.
- Também te amo. – ela levantou os braços em direcção aos meus cabelos e eu puxei-a para mais perto de mim, e quando os nossos lábios tocaram-se senti que tínhamos sido feitos um para o outro.
Era tão fácil amar aquela rapariga, era tão simples.
Não havia segredos nem assuntos pendentes, o objectivo era amá-la e simplesmente amá-la pela sua eternidade.
Quando dei conta ela estava em cima de mim, a beijar-me com a maior paixão e desejo que teve, era estes os momentos que eu mais desejei que tivéssemos ao longo dos últimos sete anos, eu pensei sempre que ela não viesse a amar-me, e se fosse assim, eu simplesmente seria o seu melhor amigo, mas seria muito difícil, pois eu amo esta rapariga e neste momento nada, nem ninguém, nos vai conseguir separar.
Após aquele momento de paixão, lembrei-me de que ela tinha aulas e parece que foi o mesmo que ela pensou, pois ela afastou-se e encostou a sua cabeça no meu ombro.
Ficámos ali mais uns minutos e depois levantei-me e puxei-a para irmos embora.
Quando cheguei a casa após a ter levado á escola, não parava de pensar naquela sensação esquisita que sempre tinha quando a ia buscar e a ia levar.
Se lhe acontecesse alguma coisa, eu não sei o que fazia.
Eu não podia pensar que ia-lhe acontecer alguma coisa ruim, eu apenas sou parvo e tenho que parar de ser pessimista.
Eu ainda não acredito que namoro com a rapariga que amo, e isto faz com que acredite em tudo o que se passe á minha volta, até em pressentimentos estúpidos.
Já tinha passado uma hora desde que a tinha levado a Nessie á escola, por isso decidi ir já para casa dos Cullen, para já lá estar assim que ela chegue.
Transformei-me e rapidamente cheguei á enorme casa em vidro e quem me veio abrir a porta foi a minha querida amiga, e sogra, Bella.
- Olá Jake, entra.
- Ei Bells, tudo bem?
- Claro que sim. – e foi ter com o Edward que estava no piano e acenei-lhe e cumprimentei-lhe em pensamento, “Olá, podes tocar algo que não adormeçamos?”, e a única coisa coisa que recebi foi um aceno de cabeça.
- Ei cachorro, esta a começar um jogo, vem ver. – o Emmett nunca mudava.
- Olá vamp. – e sentei-me no sofá mais longo.
- Emm, vem cá a cima! – falou a loira, ao que ele levantou-se e subiu as escadas num segundo, ficando sozinho em frente á Televisão.
Passado mais de meia hora a minha princesa entra pela porta principal com uns mini calções, um top e uns chinelos e veio se sentar ao meu lado, ela era linda.
A Alice veio a correr em direcção á Nessie a perguntar-lhe que festa, ao que a Nessie explicou que ia haver uma festa na escola dela, chamada: “Baile de Inverno”, mas que ela não ia, porque a festa era só para estudantes da escola e ela não queria ir com outro rapaz, e como não podia ir comigo, não queria ir.
Mas a tia Alice tentava que ela mudasse de ideias, e no início eu também não estava a gostar daquela história do Baile, e principalmente se ela fosse com outro rapaz.
Mas eu não podia ser egoísta, eu tinha que pensar nela e pensar no que a faz feliz.
A Nessie tem que ter experiencias humanas e viver como uma adolescente normal, por tanto eu não a posso deixar que ela não vá ao baile e que se não se divirta, só porque não quero que ela vá com outro rapaz.
Eu confio nela, então ela tem que ir ao baile, ela tem que se divertir.
Não foi fácil, mas lá consegui convence-la e ela aceitou ir ao baile, o que me fez ficar feliz, pois se ela tiver feliz eu estou e ela merece.
Levei-a a casa, com a Bella e o Edward atrás de nós, mas estávamos sempre abraçados a aproveitar os últimos minutos juntos naquele dia.
Ao chegar á porta, nem consegui entrar, o Edward começou a dizer que já tivemos muito tempo juntos e que a Nessie tinha que ir dormir, então despedi-me muito rápido da minha princesa e fui para a minha casa, sonhar com o meu anjo.

11º Capítulo

11º Capítulo

Versão da Nessie

Eu não aguentava mais aqueles olhos pregados em mim, aqueles grandes olhos escuros que me faziam esquecer tudo.
Não aguentava mais olhar para ele, as lembranças do dia anterior vinham-me mais fortes e como agulhas a espetar-se no meu coração.
Ergui-me e corri para dentro do meu quarto, empurrando a porta para se fechar, mas ele conseguiu segurar a porta e entrou atrás de mim.
- Nessie, temos que falar. – disse-me quando eu já estava encostada á parede, com a cabeça no meio das minhas pernas.
- Deixa-me, quero ficar sozinha. – disse em voz baixa e serena.
- Não Nessie, ontem deixei-te pensar, hoje vais ouvir tudo o que eu tenho para te dizer. – ele estava completamente decidido e tinha a certeza que não ia descansar até conseguir o que tinha vindo ali fazer.
Continuei com a cara entre as pernas, não conseguia olhar para ele, e não podia deixar que alguma palavra dele me deixa-se enfraquecer e voltar a acreditar nele, nele e na minha mãe.
- Fala.
- Obrigada. Primeiro quero te contar tudo desde o inicio, quero te contar a minha história toda. – ele andava de um lado para o outro no quarto, e podia ouvir os passos impacientes. – Eu desde pequeno que era muito ligado á mecânica, e logo muito cedo comecei a montar coisas, e desde muito novo comecei a juntar as peças para o meu carro, o Rabbit, isso já sabias que tinha sido eu a construi-lo. Bem, por isso eu era fanático pela mecânica, passava todo o tempo livre na garagem e por vezes saia com o Quil ou Embry mas nada de especial. E quando a tua mãe apareceu a pedir ajuda para arranjar umas motas, pois foi na época em que o teu pai a deixou, e eu comecei a olhar para ela de uma outra forma, não sei mas nós estávamos todos os dias juntos e pensava que a amava. – eu não podia continuar a ouvir aquilo, tapei os ouvidos com as mãos, mas tendo audição de vampiro não ajuda quando não queremos ouvir algumas coisas. – Mas depois transformei-me em lobo o Sam não me deixava contar-lhe mas ela descobriu tudo sozinha, bem concluindo, depois o teu pai voltou para a tua mãe e voltou tudo ao mesmo, mas eu e o Edward éramos inimigos mortais, eu existia para os matar. E quando descobri que eles iam casar, passei-me completamente, eu não queria que a Bella se tornasse num deles, não queria a pessoa que eu pensava que gostava ficasse fria e com um cheiro que me iria afastar. – isto foi a gota de água.
Levantei-me, agarrei nos braços dele e gritei.
- CHEGA, EU NÃO TENHO QUE OUVIR ISSO. SAI, SAI…
- Não Nessie, acalma-te. O que eu sentia pela Bella era uma parte dela que seria tua, uma parte de ti já estava nela, era isso que eu sentia. – eu ainda estava agarrada aos braços dele e levantou-me o queixo para olhar para ele. – O que eu sinto por ti não se compara a nada do que eu sentia pela Bella, a tua mãe é apenas a minha melhor amiga, mas eu amo-te Nessie.
- Mas…mas querias me matar… - disse soluçando.
- Nessie…eu pensava que o que eu sentia pela Bella era amor, mas estava enganado. Eu quando vi a Bella naquele estado só pensava vingar a pessoa que a tinha posto naquele estado, mas eu não podia fazer isso, pois o que eu sentia pela Bella era uma pequena parte do que eu sinto por ti. – eu sabia que ele me ia fazer isto, eu sabia se o ouvisse ia o perdoar, mas ainda havia uma coisa.
- Jacob, então se não tivesses a impressão natural comigo, neste momento podia estar morta? – perguntei-lhe de forma calma e serena.
- Nessie, mas tu não ouviste nada do que eu te disse? O que eu sentia pela Bella era como se uma parte de ti já estivesse nela, então se eu não iria ter a impressão por ti eu nunca iria gostar da Bella como pensaria que gostava, e iria aceitar logo o que ela queria, que era ficar internamente com o Edward, então eu nunca iria querer matar-te pois não sentiria vontade nenhuma de vingança, porque a Bella estaria feliz como vampira para sempre. Nessie, o que tu tens que entender é que eu pensava que amava a Bella e então não suportava de a ver como minha inimiga, mas eu estava era a espera era de ti, tu és a luz da minha vida, é por ti que me levanto todos os dias e sou feliz. Tu fazes-me feliz. – será que aquelas palavras eram as verdadeiras?
Se não fossem o meu pai já o tinha matado certo?
O meu pai só me quer ver feliz e ele sabe que o Jake me ama, certo?
O Jacob abraçou-me e eu correspondi abraçando a sua cintura, que só agora tinha reparado que estava sem camisa e fez-me arrepiar com aquele calor.
- Nessie, há mais uma coisa. – ele afastou-se e levantou-me o queixo para eu olhar para ele. – Ainda preciso de esclarecer a última coisa que a Leah te contou. – eu sabia ao que ele se referia.
- Jake, eu percebo, tu és homem e…. – ele colocou o dedo em frente aos meus lábios.
- É mentira Nessie. Como é que achas que eu conseguiria estar com outra pessoa, sendo tu quem eu amava desde bebé, sendo tu a existência de eu ainda estar vivo? Nessie eu nunca te enganaria dessa forma.
- Mas era normal, tu és homem, e … - ele interrompeu-me novamente.
- Mas será que te tenho que voltar a explicar em que consiste a impressão natural? Já não te lembras? Eu preciso daquilo que tu precisas, e mais nada. Eu basicamente até sei o que sentes, consigo sentir as tuas emoções e é isso que importa, se queres que te diga, desde o dia em que o lobo tem a impressão, o que ele quer já não importa, o que importa é o que a impressão quer. Entendes-te? – eu ainda o olhava espantada, então ele nunca esteve com aquela cadela?
Ele apenas quer o que eu quero?
Afinal sempre tinha o meu príncipe encantado, sempre tinha o homem da minha vida, que pelo que percebi daria a sua vida pela minha.
Abracei-o fortemente e ele retribuiu, beijando-me os cabelos e alisando as minhas costas.
- Jake eu preciso de pensar. Desculpa, mas eu preciso de estar sozinha e agora também preciso de falar com outra pessoa. – eu precisava mesmo de falar com a minha mãe, eu tinha que pedir desculpas, mesmo não lhe ter dito nada, eu sinto-me mal por ter pensado mal da minha mãe.
Eu preciso de falar com ela e explicar-lhe que percebo tudo e já não estou chateada com ela, ela precisa de saber que não há problema nenhum, ela tem que saber que estou bem.
- Claro, eu compreendo, precisas de falar com ela. – abracei-o novamente, mas ainda não estava em condições para mais, eu ainda estava ressentida com a situação, magoada já não, mas ainda sentia a dor que tive no dia anterior e era isso que iria superar nesta noite. – Mas amanha não te livras de mim. – olhei para ele e ri-mos em simultâneo.
- Boa noite Jake. – levei-o até a porta e ele despediu-se de mim, e vi-o a entrar na floresta, certamente para se transformar.
Entrei em casa e os meus pais estavam abraçados, a minha mãe estava com a cara no braço do meu pai, com os olhos fechados e sem olhar para nada.
O meu pai fazia um leve sorriso e acenou-me positivamente.
Era agora que tinha que conversar com a minha mãe.
Eu conseguia perceber, pela sua expressão, que era de agonia e sofrimento, que ela não estava bem, por isso eu precisava mesmo de falar com ela.
- Mãe! – chamei-a cautelosamente, ela sobressaltou-se e olhou para mim. – Podemos falar no meu quarto?
- Claro, filha, claro. – ela disse mas estava receosa, parecia até com um pouco de medo, penso que ela não sabia o que eu queria, a minha mãe não devia saber eu não estava chateada.
Entramos no meu quarto e sentei-me na cama e a ela dirigiu-se á janela e olhou para o céu estrelado e notei que ela não iria começar.
- Mãe, não precisas de ficar assim, eu não estou zangada ou triste. – a minha mãe olhou para mim, sorriu e começou a andar na minha direcção, deixando o parapeito da janela para se sentar ao meu lado na minha cama.
- Renesmee, eu quando te vi naquele estado fiquei aterrorizada, principalmente sabendo que estavas assim por minha causa. Quando o teu pai ontem disse o que tu sabias eu senti-me destroçada por dentro, eu não podia acreditar que estavas assim por minha causa e …
- Mãe, esquece, eu já sei de tudo e compreendo e principalmente eu ainda não era nascida. Eu quando soube da história eu senti-me traída, apenas porque queria que fosses tu ou o Jake a contarem-me tudo, eu acho que tinha o direito de saber o passado da pessoa que eu quero passar o resto da minha vida, e tu mãe…tu que me apoiaste sempre, eu pensei que me contavas tudo, por isso fiquei zangada.
- Desculpa filha. – pediu-me abaixando a cabeça.
- Não há nada a desculpar, já passou, eu já sei a história toda e não quero falar mais nesse assunto. – abracei a minha mãe e ela retribuiu. – Mãe eu adoro-vos e não suportaria ficar zangada com nenhum de vocês. – ficamos assim durante algum tempo e depois fomos para a casa dos meus avós, onde passei o resto do dia.
Após jantar, organizei a mala para o próximo dia e meti os trabalhos de casa em ordem, pois ontem não consegui fazer nada.
Eram cerca de 23:20h, quando terminei tudo e deitei-me.
Hoje iria dormir bem, finalmente estava tudo resolvido, e afinal não era mais nada do que mais umas infantilidades da cadela da Leah.
Ela teria que ter uma boa vingança, ainda não sabia o que ia fazer, mas ela não poderia ficar impune ao que me fez.
Ao pensar novamente nas suas palavras, foquei bem o último parte, a parte em que ela me tinha dito que tinha dormido com o meu Jake.
Ontem eu não pensava muito nisso, pois a verdade é que o Jacob é Homem, e pronto, sabem como é que os homens são, certo?
Mas um pensamento veio-me á cabeça, um pensamento do Jacob agarrado á Leah.
URHH, que horror, eu nem poderia pensar naquela cadela a tocar no Jake, nunca, ela nunca iria tocar nele, até eu for viva, nunca mais deixarei que nada se meta entre nós, a partir de agora vai ser só Jake e Ness …… Ness e Jake.
Adormeci com os pensamentos de o Jacob a beijar-me, hoje de manha, não sei porquê, mas ainda não conseguia, não sei porquê ao certo, que estúpida que sou, naquele momento só desejava aqueles lábios quentes e carnudos nos meus, aqueles braços fortes ao meu redor…

Trimm Trimm
Fodas-se, mas a merda do despertador não desliga?
Tapei os ouvidos com a almofada, mas era escusado, então mandei o despertador para o chão e ao cair desligou-se e voltei a adormecer com os sonhos do meu amor.
- Renesmee….Renesmee Cullen…acorda Renesmee…precisas de ir para a aula….vais chegar atrasada querida. – alguém me gritava aos ouvidos, virei-me para a pessoa e assustei-me, ela estava com dois vestidos brilhantes á minha frente.
- Tia, o que é isso?
- Qual é que queres para vestir hoje? – olhei para ela incrédula, como é que a minha tia Alice pensava que eu levar para a escola algum daqueles vestidos?
Um era rosa choque e o outro vermelho vivo, a minha tia tinha-se passado de vez.
Levantei-me da cama e fui tomar banho rápido.
Quando cheguei ao quarto lá estavam os dois vestidos em cima da minha cama, hoje, certamente, nenhum seria usado.
Dirigi-me ao meu roupeiro e tirei de lá umas calças brancas, uma camisola roxa, um casaco preto e as minhas queridas botas pretas.
Após estar vestida a minha querida tia entra-me pelo quarto dentro.
- Nessie? Porque é que estás assim vestida?
- Tia, eu não ia vestir nenhum vestido daqueles, eu não vou a nenhuma festa, eu estou bem assim. – respondi-lhe com um ar confiante.
- Nessie, e é com essas botas velhas e desgastadas que vais andar sempre?
- Ai tia, não comeces, podes me acabar de arranjar? – eu sabia que era o ponto fraco de Alice, mesmo sendo só cara e maquilhagem, ela ia adorar e calava-se com o resto.
Certinho e direitinho, ela correu na minha direcção penteando-me o cabelo, deixando-o solto e bem ondulado.
Na maquilhagem utilizou um pouco de bluss rosa clarinho, uma sombra também rosa clarinho e um gloss brilhante.
Eu estava perfeita.
- Obrigada tia, és a maior. – elogiei-a sabendo que ela iria delirar.
- Eu sei, tenho pena é da roupa, mas … - sai porta fora a dizer adeus á minha querida tia e aos meus pais.
Eu não tinha tempo para comer, mas também para comer aquela comida de humanos, eu dispensava.
Dirigi-me ao meu carro e assim que entrei preguei fundo para a escola, eu já estava mesmo em cima da hora, mas para mim a velocidade não é importante, logo cheguei á escola em menos de 5 minutos, num caminho que se deve fazer em 12 minutos.
Reparei que o parque já estava completamente vazio, presumi que já devia ter tocado.
Comecei a correr em direcção á minha aula de biologia, e bati á porta.
- Peço desculpa pelo atraso, poso entrar professor?
- Menina Renesmee Cullen, não sabe chegar a horas? Vá lá entre e vá se sentar rapidamente. – assenti e fui para o meu lugar ao lado da Mary.
- Bom dia, tudo bem? – perguntei-lhe indiscretamente.
- Bom dia Nessie, sim esta tudo bem, o resto do fim-de-semana como correu? - o que eu lhe ia dizer?
Se dissesse que não, ela iria me perguntar o porquê e o que eu iria responder?
Decidi pela opção mais fácil.
- Sim correu. – respondi rapidamente, percebi que ela me iria perguntar mais alguma coisa, mas alguém tinha acabado de bater na porta da sala e ela não continuou.
- Posso professor? Sou o novo aluno, Alex Morder. – comunicou um rapaz loiro, meio despenteado, ele era alto e com um ar simpático.
- Ah claro. Sim, tinham-me avisado. Entre. – o professor olhou para a sala e reparou que o único lugar vago era a mesa em frente a minha, onde estava sentado um miúdo que nunca falava com ninguém e estava sempre dentro dos livros. – Ali. – o professor apontou para o lugar vago. – Vá-se sentar e tente apanhar a matéria. Se tiver alguma dúvida é só perguntar. – o rapaz dirigiu-se para a mesa em frente á minha.
- Ele é bem giro. – comentou a Mary.
- Mary? Tu tens namorado.
- Sim, e depois? Eu não sou cega. – só ela para dizer uma coisa destas.
- Oi, chamo-me Alex. – disse-nos ao sentar-se na mesa em frente e olhando para trás.
- Olá, chamo-me Mary e esta é a Nessie. – respondeu a Mary.
- Muito prazer. – ele disse sorrindo.
- Ei, tomem atenção á aula, não quero conversa. – gritou o professor.
- Lá fora falamos, eu preciso de ajuda, a escola é gigante. – respondeu piscando-me o olho.
Passado uns minutos a Mary passou-me um bilhete:
“Ele parece interessado. Precisa de saber que tens namorado.”
Olhei para ela e revirei os olhos, e neste instante o meu telemóvel vibrou.
Era uma mensagem do Jake.
“Vou-te buscar para almoçar-mos juntos?”
- Quem é? – a Mary pregou-me um susto que até saltei da cadeira.
- Fogo Mary…
- Vá conta. – que cusca.
- É do Jacob, ele quer ir almoçar comigo. – ela rapidamente respondeu.
- Não, não, não, a semana passada só almoçaste uma vez connosco, por favor Nessie, hoje almoça connosco. Vá lá… - ela fez aquela carinha de carneirinho mal morto.
- Está bem, está bem, agora cala-te antes que o professor nos mande para fora da sala. – disse-lhe e ela acenou afirmativamente.
Respondi á mensagem:
“Desculpa hoje vou almoçar na escola. Vai ter a minha casa quando eu sair da escola. Bjs, amo-te.”
A aula estava a ser uma seca, e quando terminou foi um grande alívio.
Quando estava a sair da sala, alguém me puxa o braço.
- Espera. Nessie, não é? – eu acenei afirmativamente. - Eu preciso de ajuda, a escola é gigante.
- Ah, Alex não é? – ele acenou também afirmativamente. – Eu também entrei este ano, só estou aqui á uma semana, é melhor pedires a outra pessoa. – era verdade, eu ainda nem sabia onde ficava a casa de banho.
- Não acredito que mais alguém queira me ajudar. – fogo, mas porquê é que tinha logo que calhar eu?
- Ok, bem qual vai ser a tua próxima aula? – perguntei-lhe, assim indicava-lhe o caminho e pronto.
- Inglês e a seguir calculo. E as tuas? – óptimo, as mesmas que as minhas, suspirei.
- Também.
- Óptimo. – começamos a andar em direcção á sala, ainda olhei para trás para ver da Mary, mas ela deve ter ido ter com o Daniel, para variar.
- A nossa sala agora é aqui, a sala de calculo é ali. – apontei para a sala em frente. – Não há nada que enganar. – comuniquei-lhe sorrindo.
- Muito obrigada Nessie, se não fosses tu, eu ia andar meio perdido.
- Oh que nada, eu apenas indiquei-te as salas, não fiz nada de especial. – disse afastando-me.
- Nessie espera. – ele agarrou-me a mão e eu virei-me. – Queres almoçar comigo? Sou novo e não conheço ninguém.
- Eu vou almoçar com uns amigos. – respondi-lhe e vi a cara dele a entristecer.
- E és muito bem vindo. – gritou a Mary detrás de nós e ele sorriu.
- A sério? Não há problema? Perguntou ele.
- Claro que não, és bem vindo. – após estas palavras da Mary, fomos para as nossas mesas e mais uma vez ele ficou na mesa em frente a nós.
A aula passou rápido, começamos a ler uns textos do manual e a fizemos sua análise.
A aula seguinte, também passou rápido, cálculo era bem fácil de perceber, decorava-se as fórmulas e aplicávamo-las.
A hora de almoço, como sempre nestas alturas era terrível, a comida humana não me agradava, muito menos comida da cantina da escola, aquilo tinha um aspecto horrível.
Educação física, foi a mesma coisa, exercícios e mais exercícios.
A Betty tentou fazer umas gracinhas contra mim, mas eu não liguei, apenas queria sair dali e ir direito a casa, tomar um bom banho e estar com o Jake.
Ao sair do pavilhão com a Mary fui interrompida pela voz do Alex.
- Nessie, espera. – eu e a Mary paramos e virámos para ele.
- Ei Alex, precisas de mais alguma coisa? – perguntei-lhe.
- Apenas queria agradecer-te mais uma vez. – disse-me.
- Bem, a minha mãe esta ali, vou andando, até amanha. – disse-nos a Mary.
- Até amanha. – disse-mos os dois ao mesmo tempo.
- Alex não me precisas de agradecer, eu sei como é ser o novo na escola, e eu tive a ajuda da Mary que conheci no primeiro dia de aulas, então, eu achei que também precisavas que alguém te orienta-se.
- Mas mesmo assim, obrigada Nessie, tu e os teus amigos foram impecáveis. Olha preciso de te compensar. Sei lá, queres ir lanchar? – ele estava a convidar-me para sair?
- Desculpa Alex, hoje não dá, mas esquece isso, não foi nada de mais. Agora tenho que ir embora. Até amanha.
- Até amanhã Nessie, e mais uma vez, obrigada.
Dirigi-me ao meu carro e fui em direcção a minha casa.
A estrada estava vazia, não se via nem um carro, então cheguei rápido e ao estacionar o carro na garagem, senti um aroma maravilhoso, o aroma mais doce de todos.
Corri para dentro de casa e lá estava ele sentado no sofá da sala agarrado á TV a ver um jogo qualquer.
Ele virou-se na minha direcção e sorriu, corri na sua direcção e atirei-me para cima dele e beijei-o.
As minhas mãos estavam na sua nuca, a puxar os cabelos curtos e grossos, as suas mãos estavam na minha cintura e os nossos lábios mexiam-se numa sincronia fabulosa, entre eles as nossas línguas percorriam a boca de cada um como se fosse a última vez, estava-mos ofegantes quando ele se afastou.
- Estava cheio de saudades tuas Nessie. – ele disse-me acariciando-me a face.
- Eu também Jake, nem sabes o quanto. Eu amo-te e não suportaria ficar longe de ti, estes dias foram um inferno. – abaixei a cabeça e encostei-me ao seu tronco, e ele começou a mexer no meu cabelo.
- Também te amo Nessie, e muito, tu sabes isso, e estes também foram um inferno para mim, só de pensar que estavas a sofrer por minha causa, eu…eu… - meti-lhe o dedo á frente da boca.
- Shiu…já passou, não quero mais me lembrar disso, agora o que importa somos nós e nada nem ninguém nos vais separar. – ficamos ali abraçados por um tempo indeterminado, até que reparei que faltava ali pessoas naquele quadro.
- Jake, onde estão os meus pais? Os meus avós e tios?
- Eles foram caçar, eles disseram que não demoravam. – sentei ao lado dele e encostei-me ao seu obro, e o braço dele rodou pela minha cintura, mudámos para um filme e quase estava a adormecer se não fosse a minha querida família a entrarem nesse preciso momento.
A minha avó fez o jantar para mim e para o Jake e jantámos, depois disso ele teve que ir embora, pela minha infelicidade, mas antes disse-me.
- Amanhã vou-te buscar para almoçar-mos. E não quero ouvir resmunguices. – sorri e acenei afirmativamente, e ele lá se foi.
Eu e os meus pais fomos para a nossa casinha e estava tão cansada que adormeci rapidamente a sonhar com o meu lobinho, o meu amor.

Anexos:

Roupa que a Nessie usou no dia de aulas neste capítulo:

10º Capítulo

Olá!

10º Capítulo

1ª Parte – Versão da Nessie

- Mas que verdade Leah? Do que é que estás para aí a falar? – perguntei-lhe.
- Sempre não sabes, claro que ele não te ia contar, é demasiado medroso para isso, ele deve pensar que não valia a pena saberes, que é passado e …
- Chega, fala de uma vez Leah. – pedi-lhe.
- Ok, ok, eu vou te contar a história toda. Há uns anos, quando a Bella e o Edward começaram a namorar, o teu pai deixou-lhe e foi-se embora, a tua mãe ficou muito triste e entrou depressão, mas depois o Jacob apareceu na vida dela e eles ficaram muito próximos, mas já desde miúdos que o Jake gostava da tua mãe e ficaram mais próximos. – o quê? O Jacob foi apaixonado pela minha mãe? Não isto só pode ser uma brincadeira. – Mas entretanto o teu pai voltou e depois casaram-se e o Jacob ficou muito revoltado e quando os teus pais chegaram da lua-de-mel e o Jacob soube que a Bella estava grávida e viu que tu a estavas a matar ficou cheio de raiva de ti e até queria te matar. – ahh? O Jake quis-me me matar?
Eu podia não estar viva neste momento?
- Mas tu nasceste e ele teve a impressão por ti e não te matou, nem sei o que teria acontecido se ele não tivesse tido a impressão. – eu ia cai no chão, apoiando-me pelas mãos.
- Por…porque… - eu mal conseguia falar e apenas gaguejava. – Porque me estás a dizer isto? – perguntei-lhe.
- Porque acho que mereces saber tudo.
- Mas…o Jake..ele….
- Sim, é verdade, mas digo-te mais és uma rapariga de sorte. Ele é mesmo quente. – ela estava encostada a uma árvore e olhava para o céu e suspirava. – As noites que passámos juntos foram maravilhosas. – naquele momento os meus braços fraquejaram e fui com a cabeça ao chão, parecia que me tinham acertado com um punhal no coração, eu estava completamente destroçada, só de pensar o Jacob com aquela cadela, eu estava em estado de choque, olhei para ela e estava a rir-se, como é que conseguia achar graça ao sofrimento dos outros?
- Mas querida, tu eras pequena, o que querias que ele fizesse? Tu aceitas não é? Afinal tu eras uma pequena criança, e ele…bem…já era um Homem. – não lhe consegui responder, só queria sair dali.
Entrei no carro e fui em direcção á casa da Emily, quando cheguei não me apeteceu entrar e falar com ninguém, simplesmente sentei-me nos degraus da porta, rezando para que ela não saísse de casa.
Como é que o Jake me pode esconder uma coisa destas?
Como é que o Jake me pode fazer uma coisa destas?
E a minha mãe?
Como é que ela me pode fazer uma coisa destas?
Eu estava completamente zangada com os dois, mas por incrível que pareça não senti vontade de chorar, nem de gritar, nem nada, apenas que tudo não passasse de um pesadelo e tivesse adormecido na praia e quando acordasse visse os grandes olhos escuros do Jake a acordar-me e os seus lábios a prenunciarem que tinha sido apenas um pesadelo.
Mas não era, era tudo verdade.
Foquei-me numa parte da conversa, na parte em que a Leah me disse que dormia com ele quando era mais nova e nesta parte eu não podia ficar chateada com ele, ele é homem, eu era apenas uma pequena criança, o que é que eu queria que ele fizesse?
Que esperasse anos e anos por mim?
Claro que não.
Nesse aspecto não podia dizer nada, ele apenas estava a fazer o certo para ele, mas claro que magoava saber que ele pertenceu a outra, mas não podia pensar nisso, pois naquela altura ele era adulto e eu uma simples criancinha.
Mas a parte que ele tinha sido apaixonado pela minha mãe, acho que deveria ter sabido.
Afinal era a minha mãe, a minha própria mãe.
E saber que neste momento podia estar morte….nem queria pensar nisso, era demasiado horrível para pensar nisso.
Tinha a cabeça no meio das pernas que nem dei pelo tempo passar, podia ter passado segundos, minutos ou horas que não dei conta.
Quando ouvi uma voz que bem conhecia, e se fosse á um tempo atrás, eu adoraria e ficava felicíssima, mas naquele momento só me apetecia estrangula-lo, mas não!
Acalma-te Renesmee.
- Olá amor, desculpa, mas o rapaz não conseguia transformar-se. – ele estava a vir em minha direcção, mas não conseguia suportar aquelas mãos em cima de mim, por isso segui para o carro, entrei no banco ao lado do condutor e ele estranhou mas também entrou dentro do carro, quando me ia ia-me beijar e eu simplesmente encolhi-me no banco e pedi-lhe para me levar a casa.
- O que se passa Nessie? – ele ainda tinha a coragem de me perguntar o que se passava?
- Nada, simplesmente quero ir para casa. – respondi-lhe.
Ele ficou com uma cara chocada e estupefacta, mas não disse nada e começou a conduzir o carro em direcção á minha casa.
- Nessie, fala comigo, o que é que se passa? – simplesmente não lhe respondi.
Quando chegámos sai do carro a correr e fui a correr em direcção á minha casa, só queria entrar no meu quarto e ficar sozinha.
Durante o pequeno percurso ouvi o Jake atrás de mim e a chamar-me, mas não liguei.
Entrei em casa a correr e os meus pais nem tiveram tempo de falarem comigo.
- Olá Ness….
“Pai manda o Jacob embora e diz-lhe que não o quero ver mais na minha vida e não quero ser incomodada.” – pedi ao meu pai em pensamento.
Entrei no quarto e deitei-me na minha cama exactamente no momento em que começaram a escorrer lágrimas pela minha face e lembrei-me de toda a conversa que tinha tido com a Leah.
Mas os berros na sala não me faziam conseguir concentrar na tristeza e só conseguia ouvir a voz do Jake e do meu pai a gritar com ele.
- O que é que tu fizeste com a minha filha cachorro?
- Eu? Edward não sei do que é que estas a falar. Ela já estava assim quando a fui buscar á casa da Emily. Edward pára eu não fiz nada. Mas eu gostava de saber o que é que a Nessie tem.
Ouve-se um silêncio na sala e passado um tempo o meu pai voltou a falar.
- A Renesmee sabe da tua paixoneta pela Bella.
- O QUÊ? - o Jacob gritou. – Quem lhe contou?
- A Leah. – respondeu o meu pai.
- EU VOU MATAR AQUELA CADELA, ELA NÃO TINHA NADA QUE ABRIR A BOCA.
- Jacob não é só isso que ela sabe.
- O que é que aquela cadela lhe disse mais?
- A Leah disse-lhe que antes de teres a impressão por ela a querias matar, ela pensa que podia não estar viva neste momento se não fosse a impressão. – o meu pai estava a contar tudo o que eu sabia, que raiva….
- EU VOU MATAR AQUELA CADELA, ELA NÃO SABE FICAR DE BOCA CALADA?
- Jacob, ainda não acabou. – ouve-se um silêncio na sala. – A Leah disse-lhe que dormias com ela quando a Nessie era pequena e agora ela não acredita que a amas de verdade.
- O QUÊ? Ai que eu vou matar aquela mentirosa. Eu nunca dormi com ela. – gritava o Jacob. - Há uns anos atrás ela só chorava e chorava por causa do Sam e ia para minha casa e adormecia lá, mas apenas a ajudava e falava com ela, tu sabes Edward, por favor fala com a Nessie.
- Jacob, mas a Nessie não esta chateada contigo por achar que dormias com a Leah, ela acha que era normal, afinal eras Homem, e ela uma criança…
- Mas não é verdade…..nunca na minha vida dormi com a Leah.
- Pronto, mas tens que te preocupar é que ela não perdoa que lhe tenham contado sobre os teus sentimentos passados pela Bella.
“Pai cala-te por favor! Não quero saber de nada, sai da minha cabeça.”
Como é que o meu pai podia estar a fazer uma coisa destas, hoje só queria dormir.
Mas os barulhos na sala eram impossíveis de não se ouvir, então o Jacob que gritava com um maluco.
- Mas isso foi no passado Edward e o que eu sentia pela Bella nem era metade pelo que sinto por pela Nessie, a Bella era como se tivesse uma parte da Nessie nela, afinal a Nessie é filha dela, e eu apaixonei-me por essa parte, mas quando a vi pela primeira vez isso tudo mudou eu finalmente percebi o significado da vida e … Edward preciso de falar com a Nessie.
- Hoje não, amanhã se ela estiver em condições vocês falam. Vai te embora Jacob, deixa a minha filha pensar e reflectir. Amanhã falam.
Não sei se é verdade ou não mas eu estava demasiado cansada e magoada para aceitar seja lá o que for hoje, agora só queria dormir e esquecer tudo, ou pelo menos tentar.
- NÃO! NÃO! NÃO VOU SAIR DAQUI SEM FALAR COM A RENESMEE. – tapei os ouvidos com a almofada, mas isto de ter ouvidos super dotados de vampiro, ás vezes tem os seus inconvenientes, pois quando não queres ouvir alguma coisa, simplesmente não consegues tapar os ouvidos.
Não sei o que se tinha passado na sala, mas de um momento para o outro um silêncio pairou sobre a sala e não ouvia nada.
Passei a noite toda pensar no dia de hoje.
Hoje tinha sido um dos meus melhores e piores dias da minha vida.
Este tipo de dias estavam a ser uma constante esta semana.
Primeiro o dia em que começo a namorar com o Jacob, aquele pensamento fez com que mais lágrimas escorressem pela minha face, zanguei-me com o meu pai, e durante quase uma semana não falei com ele.
Hoje, pode-se dizer que tinha sido o primeiro encontro oficial desde que namorávamos e que tinha sido maravilhoso, mas a tarde mostrou-se simplesmente aterradora.
Não sabia o que fazer, não sabia se devia falar, se devia perdoar, se devia tentar confirmar, não sabia se devia esquecer, e agora…esquecer a conversa ou o Jacob Black?
Adormeci entre as lágrimas e os pensamentos de nunca mais querer ver o Jacob, um Jacob que pensei um dia vir a viver, um Jacob que pensei um dia a passar a minha eternidade, um Jacob que pensei um dia que me amava tal e qual como eu o amava, um Jacob que eu via todos os dias e pensava que o conhecia.
Mas nunca conhecemos as pessoas verdadeiramente, elas num momento podem parecer uma coisa e noutro momento mostrar-nos o seu verdadeiro lado que pode não ser o melhor e a partir daí conhecemo-la verdadeiramente.
E eu ainda só tinha conhecido um lado do Jacob, aquele lado que eu queria ver, aquele lado que pensei que fosse o todo e não apenas metade dele, o lado que ele me mostrava para me agradar, o lado bom dele.


2ª Parte – Versão do Jacob

- Jake! – ouvi uns gritos ao longe, mas quem é que estava a estragar aquele momento?
Aquele momento maravilhoso que eu ainda nem acreditava ser possível.
O momento em que apenas existia eu e ela, ela a minha menina, a minha Nessie, a minha vida, a minha impressão.
Percebi pela voz que só podia ser o Sam, então afastei-me dela e ele já lá estava junto a nós.
- Jake, desculpem, mas precisamos de ti. – levantámo-nos. – Olá Nessie. – cumprimentou-lhe.
Já há muito tempo que o Sam lidava bem com a Nessie, também, quem é que não se dava bem com aquela criatura maravilhosa?
- Olá Sam, mas o que se passa? – perguntou-lhe a Nessie, o que me fez voltar á realidade.
- Nada de grave, apenas mais um miúdo se transformou e este tem apenas 12 anos e ainda nem tem um corpo como os outros lobos tinham, ou seja, já adulto, ele é apenas uma criança, Jake por isso precisamos de ti, como Alfa és o único que o pode acalmar, o puto esta super assustado, coitado. – espera, rebobinem…um rapaz de 12 anos apanhou o gene de lobo e já se transformou? Eu estava completamente em choque, mas consegui falar.
- Mas Sam, estou com a Nessie.
- Jake ela pode ir para casa da Emily um pouco, também penso que seja rápido, basta tentares que ele volte á forma humana que depois nós tratamos do resto. – respondeu-me, sim rápido, basta que volte á forma humana, como se isso fosse assim tão fácil.
- Vá Jake vai lá, eu vou até a casa da Emily, não te preocupes, eu sei o caminho, vai. – disse-me a minha Nessie dando-me um empurrão que me vez acordar do transe que ainda estava pela noticia.
- Ok, mas eu não demoro, desculpa. – respondi-lhe e mandei-lhe as chaves do meu carro, ela tinha que ir para a casa da Emily de alguma forma.
Despedi-me dela e comecei a correr em direcção á floresta com o Sam ao meu lado.
Após nos transformarmo-nos ouvi uns gritos de alguém, que supus ser do tal rapaz.
“Qual o nome dela Sam?” – perguntei-lhe em pensamento.
“Brad”
“Ok. Brad, acalma-te.”
“O QUE É QUE SE PASSA? O QUE ME ACONTECEU. AJUDEM-ME” – pensou o miúdo completamente aflito.
“Acalma-te miúdo. Chamo-me Jacob e este é o Sam.”
“Jacob? Jacob Black?”
“Sim. Olha o que é que sabes sobre as nossas lendas?”
“O normal, que protegemos a população e tal….mas o que isso importa? Eu quero voltar ao normal. Onde é que vocês estão?”
Eu consegui sentir onde ele estava, estava na grande clareira onde tinha sido a guerra com os Volturi, mas neste momento não podia pensar nisso.
“Espera estamos a chegar Brad.”
Passado nem um minuto, já estávamos em frente dele.
Ele olhava para mim e para o Sam com um ar assustado.
“O que vocês são?”
“Neste momento o mesmo que tu, somos lobos Brad. Mas agora acalma-te.” Aquele sinal fez com que ele baixasse o focinho e curvasse perante mim, ai como eu detestava aquilo.
“Para Brad, mete-te direito.”
“Desculpa, não sei o que me deu.”
“Ele é o Alva miúdo, por tanto todas as ordens tens que obedecer” – disse o Sam.
“Vá, vamos lá ao que interessa, tenta acalmar-te, que assim que conseguires voltar á face humana conversamos”
Ele conseguiu acalmar-se e estava a respirar bem devagar.
“Agora pensa em ti como humano, pensa a andar com duas pernas e isso assim, pensa como um humano”
Após alguns tentativas falhadas, ele lá conseguiu e estava humano novamente, incluindo eu e o Sam.
- Jake se quiseres podes ir levar a Nessie a casa, depois voltas, eu e o restou do pessoal começamos a explicar-lhe as coisas.
- A sério Sam? Não te importas?
- Claro que não. Vai, mas depois volta, precisamos de ti aqui.
Despedi-me dele e do novo membro do grupo.
Desde á quatro anos que nos juntámos, basicamente era o Sam que liderava tudo e eu estava sempre de acordo pois discutíamos tudo antes de falar com o resto da alcateia, era como se fossemos os dois a mandar, mas quando a voz tinha que falar mais alto, como era o caso de hoje, era eu que liderava e tentava fazer o meu melhor, mas eu não era bom nisto, eu tentava fazer o meu melhor e o Sam até me ajudava.
A nossa amizade era maior por isso desistimos daquela coisa de duas alcateias, não era bom para nenhuma delas e era mais fácil assim.
Por vezes, sentia que estava a ser injusto para o Sam, pois ele não mandava completamente, mas era o que trabalhava mais, e sentia que era eu que tinha que fazer aquilo, mas o Sam dizia sempre que não fazia mal e eu deixava-o fazer, mas sentia-me mal.
Quando cheguei á casa da Emily via sentada á porta, com a cabeça entre as pernas.
- Olá amor, desculpa, mas o rapaz não conseguia transformar-se. – disse-lhe amavelmente, dirigindo-me a ela.
Quando ela olhou para mim, dirigiu-se ao carro e entrou e ficou sentada a olhar o vazio, mas o que se passava com ela?
Será que aconteceu alguma coisa em casa da Emily?
Entrei no carro e quando ia lhe beijar ela encolheu-se no banco como se eu fosse um leproso.
- O que se passa Nessie? – perguntei-lhe com uma cara estupefacta e sem entender nada.
- Nada, simplesmente quero ir para casa. – respondeu-me sem olhar para mim.
Eu estava completamente chocado com a reacção dela.
Mas será que foi alguma coisa que eu lhe fiz?
Comecei a andar com o carro, mas aquele silencio estava a matar-me.
Eu tinha que saber o que se estava a passar naquela cabecinha.
Eu tinha que saber o porque de ela estar a reagir daquela forma.
- Nessie, fala comigo, o que é que se passa? – perguntei-lhe na esperança de ouvir algo a sair da sua boca, mas nada saiu e ela continuava a olhar para o infinito.
Quando chegámos a casa dos Cullen, ela saiu disparada do carro e dirigiu-se em direcção ao riu, certamente para ir para a sua casa.
Corri atrás dela, e se tivesse sorte e o leitor de mentes estivesse em casa, podia ser que me explicasse o porquê de a Nessie estar daquela forma.
Quando entrei dentro de casa da Bella e do Edward, ouvi a porta do quarto da Nessie a bater com muita força e a cara de espanto da Bella e do Edward.
Mas passado uns breves segundos a cara do Edward passou para irritada, levantando-se rapidamente do sofá e encostou-me á parede.
- O que é que tu fizeste com a minha filha cachorro? – perguntou-me.
- Eu? Edward não sei do que é que estas a falar. Ela já estava assim quando a fui buscar á casa da Emily. Edward pára eu não fiz nada. Mas eu gostava de saber o que é que a Nessie tem. – respondi-lhe da forma mais calma e convincente que consegui, afinal ele lê mentes logo ele sabia que eu não tinha feito nada para a Nessie ficar assim, ou fiz?
Mas, de repente ele larga-me e suspira.
Foi nesse momento que o meu mundo desabou, o momento em que o Edward disse tudo o que a Nessie sabia, tudo o que aquela cadela da Leah lhe tinha contado.
Eu ia matar aquela cadela, não me importava de ela ser mulher ou mesmo ser da mesma alcateia, ela não tinha o direito de ter contado aquilo á Nessie, não tinha.
E quando a última noticia que a Leah contou a Nessie me soou nos ouvidos, quando o Edward disse aquelas palavras foi ai que eu sabia que aquela cadela estava morta naquele segundo.
A de eu ter sido apaixonado pela Bella, era verdade, não era o mesmo tipo de amor que sinto pela Nessie, nem tem comparação, mas sim é verdade.
A segunda, de eu querer matá-la quando a Nessie nasceu, infelizmente também é verdade, naquele momento só pensava na Bella, mas a verdadeira culpa não era da Nessie.
Estas duas informações que a Nessie sabia, infelizmente era verdade e ela poderia um dia me perdoar, caso conseguisse, mas agora a terceira notícia, ou melhor mentira, não era verdade, logo ela não poderia aceitar, nem acreditar nela.
A Nessie não poderia perdoar uma coisa que não aconteceu, eu nunca dormi com a Leah, pelo menos não desse jeito que ela pensava, a verdade é que eu nunca tinha dormido com nenhuma mulher, então, quando era mais novo nunca tive uma namorada, depois apaixonei-me pela Bella, mas ela dizia apenas que gostava de mim como amigo, e escolheu o vampiro a mim, depois quando a Nessie nasceu, a minha vida dependia dela, a Nessie era a minha vida, era tudo para mim, e nunca mais consegui olhar para outra mulher com olhos de desejo.
Durante os primeiros anos, que ainda tinha apenas a minha alcateia, a Leah estava cada vez mais triste, ela via quase todo os lobos a terem a impressão natural e ela ficava cada vez mais em baixo por se lembrar o que aconteceu entre o Sam e a sua prima, então ela ia para minha casa e desabafava e falava e eu sentia-me triste por ela e ajudava-a, fazendo com que muitas vezes ela adormecesse no sofá da minha casa, mas nada de mais.
Mas numa noite, a Leah quis mais do que uma simples amizade, ela quis mais do uma conversa, a partir desse dia nunca mais voltei a ter a mesma a vontade com ela, nunca mais consegui ter a mesma atitude de amigo que tinha, pois ela cria mais do que eu podia lhe dar.
Eu naquela sala só gritava e as lágrimas começaram a escorrer-me pela face.
Quando o Edward disse que a Renesmee estava triste era porque não aceita que não lhe tenhamos contado sobre a minha paixoneta pela Bella eu passei-me.
- Mas isso foi no passado Edward e o que eu sentia pela Bella nem era metade pelo que sinto por pela Nessie, a Bella era como se tivesse uma parte da Nessie nela, afinal a Nessie é filha dela, e eu apaixonei-me por essa parte, mas quando a vi pela primeira vez isso tudo mudou eu finalmente percebi o significado da vida e – olhei para a Bella, que estava não conseguia falar, estava completamente imóvel como uma estátua, sem nenhuma reacção. - Edward preciso de falar com a Nessie. – disse ao leitor de mentes.
- Hoje não, amanhã se ela estiver em condições vocês falam. Vai te embora Jacob, deixa a minha filha pensar e reflectir. Amanhã falam. – o quê? Ele queria que a deixasse a sofrer?
- NÃO! NÃO! NÃO VOU SAIR DAQUI SEM FALAR COM A RENESMEE. – mas depois uma imagem me passou pela cabeça, a imagem da Leah toda contente, ela não podia ficar a rir-se.
Ela não pode ter dito aquilo á minha Nessie e depois não levar com as consequências.
- Esta bem, amanha eu venho.
Sai porta fora em direcção ao meu carro, saltei o riu, e meti-me á estrada em direcção a La Push.
Estava a andar o mais depressa que conseguia, mas infelizmente a um sábado á tarde não os condutores de Forks andavam demasiado devagar para o meu gosto.
Quando cheguei a La Push preguei fundo em direcção a casa do Seth e da Leah, pois tinha umas coisinha a ajustar com aquela cadela.
Estacionei o carro a porta e sai a correr em direcção á casa deles.
Bati á porta: uma, duas, três, quatro vezes, e ouvi um grito de dentro.
- Já vai. – respondeu uma voz que rapidamente reconheci e que abriu a porta meio segundo depois.
- Oi Seth, a cadela da tua irmã? – perguntei-lhe já a entrar para dentro de casa, sem me importar de não ser convidado.
- Ei Jake, o que se passa?
- QUERO FALAR CO A TUA IRMÃ JÁ. – gritei.
- Ei, porque estão aos gritos? – perguntou uma voz esganiçada que só me apetecia partir para cima dela.
- LEAH, JÁ LÁ PARA FORA, AGORA, PRECISAMOS DE FALAR!
- Ei Jake acalma-te, eu agora não posso estou…
- AGORA! – agarrei-lhe pelo braço e arrastei-a para a rua, com o Seth atrás de nós em estado de pânico.
- Para, Jacob, para, estás-me a magoar. O que é que se passa? – ela só podia estar a brincar, ainda pergunta?
- Porque é que foste dizer aquilo á Nessie? Ela não precisava de saber daquela maneira. E pior, que ideia foi aquela de mentires sobre dormirmos juntos? Tu, tu…
- Só te fiz um favor…
- O que? Mentir a ela? E fazer com que me afastasse dela?
- Eu disse-te, eu avisei-te….
- Leah….eu…eu… - e naquele preciso momento transformei-me, sem pensar em mais nada.
A Leah fez o mesmo e ataquei-a, mas ela conseguiu desviar e começou a correr pela floresta dentro.
“Eu devia te matar…sua…sua…”
“Não me arrependo de nada, e se me apanhares, talvez, mas talvez, consigas fazer qualquer coisa.”
Ela podia ser a que mais velocidade conseguia atingir, mas quando uma pessoa esta zangada, enfurecida, transtornada, magoada, desnorteada, quando se está prestes a perder a pessoa que mais se ama neste mundo, nada importa e conseguimos fazer loucuras que antes nunca conseguiríamos.
E então, consegui a alcançar, mordi-lhe a pata traseira e ela caiu ao chão, imobilizei-lhe a pata da frente e … ouvi um pedido, um pedido do meu amigo, de um dos meus melhores amigos.
“Por favor Jake não…eu sei que ela é uma cabra, mas é minha irmã, pensa na Sue, a minha mãe iria ficar de rastos….por favor Jake, não faças isso, por mim, pela minha mãe…” – a voz do Seth na minha cabeça, estava a matutar-me a mil á horas, eu não podia matar a Leah, primeiro ela era mulher, depois tinha o Seth e a Sue, que não tinham nada a ver com os problemas da Leah, mas que infelizmente gostavam dela.
Afastei-me dela e comecei a correr em direcção ao meio da floresta, sem pensar num destino ou em qualquer outra coisa que não fosse ver a minha menina feliz e contente de novo.
Eu iria voltar a conseguir meter aquele sorriso que tanto amava naquela carinha linda, na carinha mais linda que alguma vez vi.
Ela tinha que ser feliz, pois se a Nessie estava infeliz eu também estava e eu não conseguia ver a minha menina a chorar ou a pensar que alguma vez não a amei.
Desde o primeiro dia que a vi que ela é tudo para mim, sem ela a minha vida não faz sentido.
Pergunto-me onde estaria agora caso ela não existisse, onde estaria agora?
Será que já estaria morto?
Será que estaria a viver normalmente ou ainda continuaria a viver como lobo?
Nenhum destes pensamentos eram importantes agora, agora tinha que ir resolver a minha vida presente, tenho que ir fazer com que ela volte a rir e a ser feliz como antes.
Foi nesse momento que tive uma ideia, virei em direcção ao que o meu coração dizia, sem pensar nos problemas dessa escolha.

3ª Parte – Versão da Nessie

Acordei com o sol a bater na minha cara, olhei para mim, e estava na minha cama, com o meu pijama, enrolada nos meus lençóis.
Quando senti uma pontada forte do meu coração, veio-me á memória o dia anterior.
A conversa com a Leah, a descoberta de coisas que nunca pensei ser possível.
Lágrimas começaram a escorrer-me pela cara, levantei-me, vesti o robe e sai do quarto em direcção á casa de banho.
Demorei um pouco mais do que o habitual, lavei bem a cara e fiquei a olhar-me ao espelho.
“Ele não te merece Renesmee!” – pensei para mim própria.
Mas e a minha mãe?
O que vou fazer?
Sai da casa de banho, e estava a entrar no quarto quando um aroma familiar me veio.
Se fosse á dois dias, pensaria que era o melhor aroma de todos, mas naquele momento não.
Quando me virei os nossos olhos prenderam-se por um tempo, que não sei explicar se foram segundos ou minutos, mas consegui esquecer tudo e todos, esqueci-me do que estava ali a fazer, esqueci-me do dia anterior, naquele momento éramos só eu e ele, quando os seus lábios se mexeram, veio-me tudo á memória e vacilei, tendo-me segurar na porta do meu quarto para não cair.
- Precisamos de falar Nessie.