8º Capítulo


8º Capítulo

Versão da Nessie

Estávamos a uns metros da casa de vidro da minha família, estava nervosa, não sabia como ia reagir a minha família, mas principalmente, como ia reagir o meu pai.
- Jake, acho melhor ires embora, eu falo com eles e … - ele interrompeu-me.
- Não te vou deixar sozinha com a tua família, principalmente com o teu pai. Isto é um assunto que nós dois temos que resolver juntos, o teu pai vai-se passar, isso tu já sabes, mas Nessie, eu amo-te, és a razão de eu viver e por ti eu luto contra tudo e contra todos, Nessie eu amo-te e vamos dizer á tua família a verdade e juntos. Eu quero estar ao pé de ti quando eles souberem, eu não vou fugir deles, eu não tenho medo, todos eles sabem que eu te amo, o mais difícil vai ser eles aceitarem que também me amas, mas é isso que lhe vamos dizer e juntos.
Aquelas palavras lindas!
Apenas sorri e abracei o meu amor.
Abracei-lhe com urgência de sentir o seu peito, o seu cheiro, sentir ele antes da minha família inteira cair sobre mim.
Eu sabia que eles não iam aceitar de bom grado e sabia que ia haver discussão, estava preparada, com o meu sol ao meu lado eu conseguiria ir até ao fim do mundo por ele.
Quando chegamos á porta peguei na mão do meu amor e comecei a cantar mentalmente uma música que tinha ouvido ontem na rádio.
Entrei em casa com o Jake e o meu pai olhou com um ar surpreendido para mim e fez aquela cara de que estava morta.
- NESSIE! – gritou-me ele – O que fazes com esse cachorro? Jacob Black o que é que combinamos?
- Amor! – disse-lhe a minha mãe – Fui eu que deixei, era para ele falar com a Nessie sobre isso.
- O quê? Bella? Como tu podes-te fazer-me isso?
De repente entra a Alice toda sorridente.
- Boa noite família.
- Alice! Com que então a Nessie ia contigo ás compras? – refilou o meu pai.
- PAI PARA! - gritei – Tenho uma coisa para dizer a todos!
- O que é que foi?
- Pai, acalma-te! - ele estava a ficar cada vez mais nervoso – Pai, primeiro quero que me prometas que não te vais exaltar. – e nesse preciso momento eu pensei eu e o Jake a beijar-nos e o meu pai rugiu para o Jacob e ia saltar-lhe em cima, mas eu como já estava ao lado do Jake, meti-me á frente dele.
- Pai pára. Por favor não… - e comecei a choramingar.
- JACOB BLACK! COMO TE ATREVES A BEIJAR A MINHA FILHA! ELA TEM APENAS SETE ANOS!
- Ups, o cachorro meteu a pata na poça! – e que não viessem as piadinhas secas do meu tio Emmett.
- Agora não tio. Pai, eu amo o Jake e vocês todos sabem bem que ele também me ama, principalmente tu pai, tu lês a mente dele fogo, e sabes bem os sentimentos dele. Eu sei sobre a impressão. O Jake contou-me.
- TU CONTASTE-LHE? – refilou o meu pai com o Jake.
- Edward o acordo era não lhe dizer até ela ter dezassete anos verdadeiros ou que ela me disse-se que me amava e ela disse-me, hoje foi o melhor dia da minha vida, quando ouvi da sua boca que ela me amava. Edward…
- Chega…estás proibido de a ver, de falar com ela de sequer olhar para ela…
- PAI NÃO ME PODES FAZER ISSO! – gritei-lhe já com as lágrimas a escorrer-me pela face.
- Poso e é o que vai acontecer. A partir de agora vai ser assim. Nessie vai já para o teu quarto.
- Odeio-te! – sai de casa a correr, saltei o pequeno rio que separava as duas margens, entrei na minha casa e tranquei-me no quarto.
Fiquei ali pareceu-me horas estendida na cama a chorar compulsivamente.
Como é que o meu pai me pode tratar desta maneira?
Ele não tinha coração?
Pois, hoje descobri, oficialmente, que vampiros não têm coração.
O meu pai não me pode proibir de ver o Jake, não agora que sei a verdade, não agora que sei que ele gosta de mim tal como eu gosto dele.
Eu amo-o, eu preciso dele para viver, sem ele a minha vida não faz sentido!
Eu odeio o meu pai, como é que ele me pode fazer uma coisa destas?
Não, eu desta vez não vou cumprir, e quero lá saber se ele me está a ouvir, eu não vou cumprir a ordem dele desta vez.
Eu sempre obedeci a ele, sempre cumpri tudo o que ele me dizia, eu adorava o meu pai, sempre que olhava para ele e via-o a olhar para mim, via sempre um homem a adorar a filha querida, que nunca pensou que pudesse ter.
Eu aceito que ele queira me proteger de tudo porque sou a filha que surgiu do amor impossível com a minha mãe, mas ele não pode querer mandar em todos os pormenores da minha vida.
Uma coisa eu tenho a certeza: eu amo o Jacob Black, e não vou desistir do amor da minha vida, só por que o meu pai não aprova.
Adormeci mesmo com a roupa vestida, por cima dos lençóis, a pensar numa maneira de voltar a ver o meu amor, o meu Jake!

Trimmmm Trimmmm Trimmmm
Maldita escola.
Não quero levantar-me, quero ficar aqui o dia todo.
Não quero deparar-me com o meu pai hoje.
“Suspirei”
Tenho que me levantar, tenho mesmo.
Pode ser que consiga arranjar uma maneira de ver o Jake hoje.
O meu pai ouviu?
Quero lá saber.
Abri a porta do quarto e fui tomar banho.
Demorei cerca de meia hora, era bom sentir a água quente a escorrer-me pela cabeça abaixo, sentir aquele calor fazia-me lembrar o meu Jake, ele é super quente, e adorava isso nele, ele era perfeito.
Ouvi montes de vezes rosnares vindos do meu pai.
Mas simplesmente ignorei, eu amava o Jake e nada nem ninguém nos ia separar.
Fui para o meu quarto e nem quis saber que roupa ia vestir.
Tirei um top preto da gaveta, umas calças de ganga simples, calcei umas botas pretas que eu usava muito e estavam junto ao roupeiro e vesti um casaco de malha cinzento que foi o primeiro que me veio á mão.
Tinha o colar da com o brasão da minha família e claro, a pulseira que o Jake me tinha oferecido, esta eu nunca iria tirar.
Penteei rapidamente o meu cabelo, peguei na mala e sai do quarto.
Se a tia Alice me visse naquele estado, entrava em parafuso, mas hoje não queria saber de nada de roupas ou maquilhagem.
Estava irritada com o meu pai e não o iria perdoar.
Cheguei á sala e lá estava ele e a minha mãe.
- Bom dia querida. – disse-me a minha mãe.
- Bom dia mãe. Não tenho fome vou para a escola. Adeus.
- Renesmee eu levo-te. – disse-me o meu pai.
É que nem pensar.
- Eu tenho carro. – e dito isto eu sai de casa a correr.
Eu sabia que se ele quisesse ele apanhava-me, mas ouvi a minha mãe a chamá-lo e parece que ele desistiu da ideia.
Saltei o rio e fui directa para a garagem, não entrei em casa porque não estava com espírito para bons dias.
Meti-me á estrada, nume velocidade que não era normal para mim, eu não queria saber dos perigos da velocidade, só queria sair daquela casa.
Queria respirar, mas principalmente, queria estar com o meu amor.
Mas agora tinha que ir para a escola, eu podia não gostar, mas pelo menos lá distraia-me dos problemas.
Cheguei á escola demasiado cedo, estacionei e fiquei dentro do carro.
Lembrei-me do dia de ontem e da maravilhosa cena que aconteceu.
Eu nem acreditava, eu estava a namorar?
Eu era namorada do Jacob Black?
E melhor: ele amava-me.
Olhei pela janela e vi montes de pessoas a olhar para o meu carro, os espelhos são escuros, então ninguém via nada para dentro.
Ao longe vi a Mary junto com o Daniel e a Emma com o Ryan, estava na hora de sair do ninho e ir viver a realidade dos adolescentes, viver durante umas horas uma vida normal.
Abri a sai do carro, vi muitas caras de espanto e admiração.
Fogo, mas estas pessoas não têm mais nada para fazer se não estarem a incomodar a vida dos outros?
Vi a cara de espanto da Mary quando viu que fui eu a sair do carro e quando cheguei ao pé deles, eles nem falaram.
- Bom dia pessoal!
- Bom dia Nessie. – disseram-me todos, mas ainda com cara de transe.
- Nessie, aquela bomba é tua?
- Sim. – disse-lhes meio envergonhada. - Foi prenda de aniversário, eu fiz os 17 anos a semana passada.
- Uau Nessie.
- Oh não é grande coisa. Vá lá pessoal esqueçam, hoje não estou com paciência para lamechices.
Fomos andando para o pavilhão principal e vi ao longe a estúpida loira da Betty.
Se hoje ela tivesse o azar de me dirigir a boca, ela ia ver o que era bom para a tosse, hoje não estou com paciência para as cenas daquela loira berrante.
Entramos na aula de Espanhol e sentámo-nos na última fila ao pé da janela.
- Nessie, o que se passa? – perguntou-me a Mary.
- Ai Mary, é uma confusão enorme, é a minha família.
- O que se passa querida? E já agora, quem era aquele borracho ontem no parque? – fiquei completamente corada.
- É … É o meu … É o meu namorado.
- O quê? Tu namoras com aquele rapaz? Ele é podre de bom. – rir-me com o comentário dela.
- Bem, sim. E o problema é mesmo esse, a minha família não o aceita como meu namorado.
- A sério? Coit… - e fomos interrompidas pela professora.
- Meninas vamos a acabar com a conversa, estamos numa aula? – a stora era mesmo antipática, primeira aula do ano de Espanhol e já estava a dar matéria?
Fogo.
- Continuamos depois. – disse á Mary e ela acenou afirmativamente.
A professora começou a falar em Espanhol e a dar uns verbos que eu percebia bem devido ás aulas que o meu pai me deu.
Com ele tinha aprendido a falar Francês, Espanhol, Português e Italiano.
A aula pareceu demorar horas para terminar, sem dúvida que esta professora não estava ali para ajudar os que mais precisavam.
Na saída da sala senti o meu telemóvel a tremer, tirei-o do bolso e vi no visor: Mensagem Jake, abri a sms e li-a.

Nessie, não vou cumprir as ordens do Edward, eu amo-te, Jake.

- O que foi? – perguntou-me a Mary.
Estendi-lhe o telemóvel e ela leu a sms e depois riu-se.
- Ele gosta mesmo de ti, que bom amiga.
- Eu sei, e a minha família também sabe que ele me ama, mas não aceita.
- Vais ver que com o tempo eles vão-se abituar.
Fomos em direcção á sala da próxima aula, sociologia.
Entrámos na sala e fomos nos sentar, novamente, na ultima fila junto á janela e a aula passou bem rápido, ao contrário da primeira aula do dia, esta professora falou sobre a matéria e de um trabalho de individual que tinha-mos que fazer e assim passou a aula.
Saí-mos da sala de aula e a Mary travou-me.
- Nessie, já escolheste a aula suplementar que temos que ter?
- Aula suplementar? – do que é que ela está a falar?
- Olha para o teu horário, ás terças e quintas tens aqui: Teatro, Música ou Dança, qual vais escolher?
- Em qual delas é que estás?
- Dança.
- Óptimo, vou para essa também, então vemo-nos á hora do almoço?
- Claro Nessie, adeus, boa aula.
- Adeus.
Fui em direcção ao Atelier de Desenho que ficava na outra ponta do pavilhão.
Esta era a única aula que não iria ter com a Mary, fogo, vou estar sozinha.
Entrei na sala e nem pude acreditar no que estava a ver, a estúpida da Betty estava na mesma aula que eu?
Já não bastava Ginástica?
Olhei para a outra ponta e quem é que eu vi?
O Erik, não acredito, na mesma aula estes dois?
Que azar e logo que estou sozinha.
Olhei para a sala e reparei que as mesas eram individuais e sentei-me numa das ultimas filas, mas não junto á janela, já estavam ocupadas.
Fiquei contente com a aula, nem a Betty nem o Erik me dirigiram a palavra e tivemos fazer um desenho á nossa escolha, para a professora saber as nossas capacidades.
Eu fiz o meu quarto, muito simples, mas bonito.
Mesmo antes de tocar para a saída recebi outra sms, e pude ler no visor: Jake.

Estou no parque de estacionamento á tua espera.
Amo-te!

Aquilo, foi sem dúvida a melhor coisa que me podia acontecer hoje.
Tocou e quando ia a sair da sala alguém me tinha puxado.
- Olá Renesmee. – disse-me o Erik.
- Agora não Erik, tenho que me ir embora. – disse-lhe ao mesmo tempo que mandava uma sms á Mary a dizer que não ia almoçar com ela.
- Vá lá, só quero te queria perguntar se querias sair comigo no sábado. – ele disse mesmo aquilo?
O rapaz esta louco.
- Desculpa Erik, mas não. – disse-lhe e comecei a andar em direcção á saída, mas ele continuou a trás de mim.
- Espera Renesmee, ninguém me diz não. – e continuou a trás de mim.
- Erik pára. Vai-te embora. – e ao dizer isto a Betty interrompeu-nos.
- Erik, eu posso ir contigo. – estavam os dois a conversar mas a continuar a trás de mim.
- Não Betty, eu vou sair com a Renesmee. – aquele miúdo era mesmo irritante.
Olhei para trás, mas sem parar.
- Já disse que não. – depois disso sai do pavilhão e dirigi-me ao parque de estacionamento e lá o vi.
Ele estava com a uma calças de ganga e t-shirt justa que fazia sobressair os seus músculos.
Montes de raparigas estavam a olhar para ele e senti uma vontade enorme de as esganar.
Corri para os braços dele e beijei-o bem ali em frente a todos, foi um beijo calmo, mas urgente, eu sabia que o amava e tudo o que iria passar por ele valeria a pena.
- Amo-te! – disse-lhe ao ouvido.
- Amo-te! – ele respondeu-me.
Olhei para trás e vi o Erik e a Betty com um ar chocados.
Até que enfim que eles já sabem com quem eu ando.
Meti em cima da mota com o Jake e ele partiu do parque de estacionamento.
Parou quando chegámos a La Push.
- Como estás Nessie?
- Agora aqui contigo muito melhor.
- Não, a sério, a discussão de ontem com o teu pai foi horrível.
- Jake, por favor, não quero falar dele. A discussão foi horrível sim, e estou muito triste, mas ao mesmo tempo, estou muito zangada com ele, ele sabe o que sentes por mim, e sabe o que eu sinto por ti, então porquê não nos aceitar? – eu já estava a chorar e o Jake abraçou-me.
- Pronto, o Edward com o tempo vai entender, temos que ter calma. Não chores mais. – ele levantou a minha cabeça e beijou-me.
- Jake, Nessie, venham almoçar. – chamou-nos uma voz feminina que eu bem conhecia.
- Está bem maninha. – respondeu-lhe o Jake. – Já estamos a ir Rachel.
Entrámos dentro da pequena casa e um cheiro maravilhosos invadia a sala.
- Olá Billy.
- Olá querida, tudo bem?
- Mais ou menos.
- Olá pequena. – uma voz irritante fez com que saísse da pequena conversa com o pai do Jake.
- Olá Paul. – ele foi directamente ter com a sua noiva, sim o Paul e a Rachel estavam noivos, e beijou-lhe. – Já lhes contaste?
- Não. – respondeu-lhe ela.
- Já nos contou o quê? – perguntou o Jake.
- Jacob, pai, tenho uma coisa para vos contar, venham para a mesa que conto.
Sentámo-nos na mesa e ela serviu um rolo de carne recheado com queijo que pelo aspecto deveria estar fabuloso, eu não gosto muito de comida humana, mas sabia apreciar um bom prato.
- É o seguinte, é uma notícia boa, muito boa.
- Diz de uma vez mana. – pediu-lhe o Jake.
- Eu … eu estou … eu estou grávida. – ela disse gaguejando.
- Vou ter um netinho? Parabéns filha.
- A sério pai? Não estas zangado?
- Zangado? Vou ter um neto ou uma neta e estas a perguntar-me se estou zangado? Claro que não filha, estou super feliz.
- Obrigada pai. E tu Jake?
- O que queres que te diga? Era por isso que não te transformas á dois dias Paul?
- Sim Jake, a Rachel queria vos contar pessoalmente.
- Ok, parabéns mana, afinal vou ser tio.
- E padrinho. – disse-lhe o Paul.
- A sério?
- Claro, quem mais poderia ser maninho?
- E a madrinha gostávamos que fosse a Nessie. – espera, a Rachel tinha dito para eu ser madrinha do filho dela? – Então Nessie, aceitas?
- Rachel, claro que sim, é um orgulho. – levantei-me da mesa e fui abraçá-la. – Obrigada.
- Vocês são os melhores, eu gosto muito de ti Nessie, e já agora, estou muito feliz por terem começado a namorar. – corei instantaneamente. – Já era tempo. – começámos a rir.
- É, o Edward é que não gostou nada da ideia. – disse o Jake vindo abraçar-me.
- Pois é filho, a Nessie é a filhinha dele, eu percebo, principalmente por ser tão nova. Vão ter que ser pacientes.
- Nós sabemos pai, mas vamos conseguir convencê-lo. Nessie, tens que ir para a escola.
Despedimo-nos de todos e fomos para a mota onde ele me levou para a escola.
Quando chegámos mandei um sms para a Mary a dizer-lhe que já tinha chegado.
- Nessie, temos que resolver isto com o teu pai.
- Eu sei, eu sei, mas ele é teimoso e não vai ser fácil.
- Nós conseguimos. – e após isso ele beijou-me, a sua língua percorria cada canto da minha boca, quando fomos interrompidos por uma tosse fininha.
- Olá Mary.
- Onde a menina andou?
- Desculpa, a culpa foi minha, rapteia, mas já esta entregue. – disse o Jacob a ela e começámos a rir-nos.
- Não faz mal, Nessie tivemos a combinar no sábado irmos ao cinema, querem vir? – perguntou apontando para mim e para o Jake.
- Jake, queres? – perguntei-lhe.
- Claro Ness.
- Então está combinado sábado ás 15h?
- Ok Mary. – respondi-lhe.
- Tens que ir para a aula. – disse-me o Jake.
- Vejo-te logo? – estava com medo da resposta, eu sabia que ele não temia o meu pai, mas queria que o Edward confinasse nele, por isso não sabia a resposta dele.
- Depois ligo-te. – e beijou-me, depois meteu-se na mota e foi-se.
Eu a Mary fomos para a aula de Dança, e quando chegámos a professora apenas explicou os exercícios que iríamos fazer ao longo do ano e o material necessário, a aula passou rápido, principalmente que tive a aula toda a dizer a Mary como tinha sido o meu almoço e até contei-lhe que ia ser madrinha.
Sai-mos da aula e fomos para o parque de estacionamento esperar a mãe da Mary.
Passou 15 minutos e nada dela.
- Nessie, podes ir, ela deve estar a chegar.
- Nada disso, não te vou deixar aqui sozinha, liga-lhe a perguntar se demora, se não eu levo-te a casa.
- A sério?
- Eu tenho carro, é para isso que ele serve. – após isso ela ligou para a mãe e pude perceber que ela tinha muito trabalho e não conseguia vir buscá-la e disse-lhe para ir de autocarro.
- Esquece isso Mary, eu levo-te.
- Obrigada Nessie, não te queria dar trabalho logo no segundo dia que nos conhecemos.
- Não faz mal, vá entra dentro do carro. – e assim ela vez, saímos do parque de estacionamento da escola.
Liguei o rádio e ela começou a indicar-me o caminho de casa.
A sua casa era pequena, mas muito acolhedora, era uma pequena vivenda, que me vez lembrar a casa do meu avô Charlie.
- Obrigada Nessie, obrigada mesmo.
- Sempre ás ordens querida. – após isso segui em frente e meti-me na estrada para a minha casa.
Durante toda a curta viagem, pensei na hora do almoço, estive com o meu amor, com o meu namorado, eu ainda nem acreditava que estava a namorar, mas pronto.
Cheguei á garagem, estacionei o meu carrinho e entrei em casa.
Vi o meu tio Jasper e o tio Emmett a ver um jogo de futebol americano, a tia Alice e a Tia Rose e verem umas revistas e a comentarem tudo sobre as roupas e maquilhagem e o meu pai a ensinar a tocar piano á minha mãe.
- Boa tarde família.
As primeiras a falarem foram as minhas tias.
- Olá querida. – disse a tia Rose.
- Olá fofinha, conta-me tudo, quero saber tudo sobre ontem, já que não consegui falar contigo. – disse a minha tia Alice a olhar-me de alto a baixo. – Querida, o que tu tens vestido? A única coisa que se safa é as botas, agora esse top e essa malha, que nem se pode chamar de casaco, que tens vestido é simplesmente repugnante, tenho que te ensinar novamente a vestir e maquilhagem? E …
- Chega tia, hoje não estava com disposição para me arranjar, e sabes bem porquê e não tive cabeça para nada.
- Alice, deixa a minha filha em paz, ela veste-se como quer. – a minha mãe sempre me defende e corri para a abraçar.
- Obrigada mãe.
O resto da tarde foi uma seca, estive a falar das aulas e que ia ser madrinha, todos ficaram contentes com a escolha da Rachel.
Não dei uma única palavra com o meu pai, e após a minha avó me ter feito o jantar e o comer fomos os três em silencio para a nossa casa e quando lá chegámos fui directa para o meu quarto.


(Espero que tenham gostado.....fico á espera de comentários)

7º Capítulo

Olá!


7º Capítulo

Versão da Nessie

- Jake! – senti todo o parque de estacionamento a olhar para nós, mas não me importei, já há dois dias que não o via.
Separámo-nos e ele começou.
- A Bella ligou-me a dizer que podia te vir buscar e que tu tinhas que ir… - ele olhou para trás de mim, eu olhei e vi os meus amigos – Fazer uma coisa importante.
- Pessoal, este é o Jake, o meu melhor amigo, Jake é a Mary, uma colega minha que me ajudou hoje, e os amigos dela, Ryan, Emma e Daniel.
Eles disseram olá mas despediram-se logo.
- Temos que ir embora, até amanhã Nessie.
- Até amanhã pessoal. – despedi-me deles.
- Então Nessie como foram as aulas? – perguntou-me o Jake.
- Conto-te depois, agora estou cheia de sede. – entrei no carro dele e levou-me até a umas montanhas.
Corri pela floresta dentro e apanhei um pequeno veado e satisfiz a minha sede.
Já estava a ficar pró naquilo, não sujei a roupa nem com uma gotinha de sangue.
As minhas calças brancas estavam impecáveis.
Voltei para o carro e ele estava encostado ao mesmo.
- Então Jake, porquê é que não me foste ver no fim-de-semana? – tinha que começar por algum lado.
- Desculpa Nessie, tive que fazer umas rondas extras, a Leah anda a passar-se e não estou com paciência para as birras dela, então fiz os turnos dela também.
- Jake, não podes trabalhar tanto? São as rondas, o trabalho na oficina e agora as rondas extras? E o que se passa com a Leah?
- Nada princesa, nada com que tenhas que te preocupar, olha queres ir dar uma volta pela praia? Eu quero que me contes tudo sobre o teu primeiro dia de aulas.
Acenei afirmativamente e entrei novamente no carro, em apenas alguns minutos, estávamos em frente á praia de La Push, ela era linda, tudo bem, o céu estava escuro, a praia era praticamente rochas, mas mesmo assim adorava, senti-a em casa.
Tirei as botas de salto e começa-mos a andar pela praia e ao fim de um tempo sentámo-nos numa rocha que já me era familiar á muito tempo, desde que eu nasci que vinha para esta praia e sentava-me nesta rocha com o Jake e ele contava-me as lendas da sua tribo e outras actividades.
O Jake tirou-me dos meus pensamentos.
- Então? É agora que me vais contar como correu o teu primeiro dia de aulas?
Sim, era, mas não lhe ia contar, ia-lhe mostrar.
Coloquei a minha mão direita no seu peito.
- Vejo que usas a pulseira.
“Claro, eu disse-te que tinha adorado!” – disse-lhe pelo toque.
Ele riu-se.
E então mostrei-lhe todos os acontecimentos do dia.
Mostrei-lhe a minha chegada á escola, a primeira aula, e apostava seriamente que ouvi um rugido quando ele viu o Erik, mostrei-lhe também as outras aulas da manhã, o almoço e a aula de educação física.
Quando ele viu a roupa que tinha vestido e todos os rapazes que estavam a olhar apara mim, tirou a minha mão do seu peito começou a tremer e perguntou-me.
- Porque vestiste aquilo?
- Acalma-te Jake! Foi obra da Alice.
Quando ouviu que tinha sido obra da tia Alice ele acalmou-se um pouco e abraçou-me.
Já estava farta.
Ele tratava-me como uma irmã mais nova ou como sendo um pai, mas pai eu já tinha, e irmão mais velho já tinha o Seth, e afinal ele é o quê?
Ele não pode continuar a ficar nervoso assim, ao longo destes anos, sempre que a tia Alice vestia-me qualquer coisa mais decotado ele e o meu pai não aprovavam, quando mostrava-lhe as minhas idas ao centro comercial e os rapazes a olharem para mim, ele irritava-se, isto não pode continuar assim, acabou, é hoje.
Afastei-me dele e disse-lhe:
- Jake, chega. – ele olhou para mim confuso. – Chega de fazeres de meu pai ou de meu irmão mais velho. – e repeti os meus pensamentos. – Pai já tenho e irmão mais velho, o Seth faz esse papel na perfeição. Tu irritas-te sempre que te mostro as idas ao centro comercial e os rapazes olham para mim, mostrei-te o Erik a atirar-se a mim na primeira aula e ti irritaste-te, e agora mostrei-te a minha entrada no ginásio e os rapazes todos a olharem para mim e irritaste-te, um irmão não se ia irritar, um pai sim, mas isso, como já te disse, já tenho um. Eu não preciso de mais um, por isso preciso de saber a verdade. Preciso de saber o porquê de estares sempre ao pé de mim desde que nasci? Preciso de saber porque ficas assim? Preciso de saber o que pensaste no dia do meu aniversário para o meu pai te expulsar.
Estava a deitar tudo cá para fora.
- Nessie, ainda não está na hora de saberes as respostas a essas perguntas.
O quê? Não podia estar a acontecer.
- Jacob Black, eu estou farta. – ele olhou para mim com uma cara de quem não está a compreender.
- Não me queres mais ao pé de ti?
OMG, como é que ele é tão burro?
- Não Jake, não é isso. Eu estou farta de estar ao pé de ti assim, deste modo, tu não és meu pai, não és meu irmão mais velho, então és o quê? - aproximei-me dele, ele estava com a cabeça para baixo a fingir que analisava uma pequena pedra – Jake eu não consigo estar mais ao pé de ti apenas deste modo. Jake, ao longo destes anos, eu tenho vindo a descobrir sentimentos por ti que não tenho pelo Seth, ou por outro rapaz. – É agora, ele podia muito bem me mandar dar uma volta, mas não podia continuar assim. – Jake, eu .. eu … eu acho que estou apaixonada por ti! – rapidamente meti as mãos á cabeça e disse. – Eu sei que tu não sentes o mesmo, mas não podia continuar estar ao pé de ti assim, eu compreendo que não queiras mais me ver, e …
- Renesmee Carlie Swan Cullen, podes parar de falar e ouvir-me? – ele falou de uma forma tão adulta e confiante que até me assustou.
- Nessie, eu não devia estar a fazer isto, eu prometi aos teus pais e á tua família que não te contava nada até teres 15 anos verdadeiros, mas chega, eu também estou farto.
Eu não acredito, o que foi agora? Eu estava em estado de choque.
- Nessie á uma lenda da minha tribo que nunca te contei. É uma lenda que diz mais ou menos isto: quando o lobo encontra a sua alma-gémia, ele tem uma impressão por essa pessoa e vive para essa pessoa, seja o que ela queira que ele seja para ela, desde a um melhor amigo ou a um companheiro para o resto da sua vida, e o lobo aceita o que a sua impressão quer que ele seja para ela.
Eu não acredito, agora ele vai dizer que já teve a sua impressão por alguma rapariga e eu vou fazer figura de parva, fogo, eu sou mesmo estúpida, nunca lhe devia ter dito nada sobre os meus sentimentos.
- Isto é o que aconteceu ao Sam e á Emily.
- Ah! – foi a única coisa que consegui dizer.
- Não tens mais nada a dizer se não: Ah!?
- Já..já tiveste a… - como é que lhe ia perguntar? E se a resposta fosse afirmativa, claro que era, então porque ele me estava a contar? Vá Renesmee força, não custa tentar. – Tu já tiveste a tua impressão? – disse muito rápido.
Ele olhou para mim e aqueles segundos, desde a minha pergunta á resposta dele parecerem anos.
- Sim já! – respondeu-me.
Eu não acredito.
Só queria desaparecer dali.
Comecei a correr pela praia fora e ouvi o Jacob a chamar-me, mas não liguei, ele em humano, não me conseguiria apanhar.
Corri, corri, e até entrei pela floresta dentro, até que deixei de ouvir os passos dele e abrandei.
Encostei-me a uma árvore e deixei-me cair.
Lágrimas começaram a escorrer pela minha face e relembrei a minha conversa com o Jacob, como é que eu pude ser tão parva?
Agora não tinha o meu amigo que tanto gostava, e isso, tudo culpa de querer mais e mais, sou tão estúpida.
Será que eu não consigo ficar de boca calada?
Porque tinha que estragar a minha amizade com o Jacob?
Senti o cheiro que tanto amava, e tapei a cara com as mãos.
- Nessie! Porquê fugiste daquela maneira? – levantei-me e comecei a arranjar o cabelo e a face que estava toda vermelha, olhei para ele e disse-lhe muito séria:
- Desculpa Jake, eu nunca te devia ter contado o que sentia, vai para junto da tua impressão, desculpa, não te quero atrapa… - ele não me deixou acabar a frase, com uma mão agarrou a minha cintura e a outra a minha face e beijou-me.
Foi um beijo urgente mas suave, o beijo por que eu tanto esperava, o beijo pelo qual tanto sonhei, só podia estar a sonhar.
Ele separou os seus lábios dos meus e olhou para mim e sorriu.
Eu fiquei super sem reacção, mas afinal o que se está a passar aqui?
Ele não tinha dito que já tinha tido a impressão, ou sei lá como se chama?
- Mas … - foi apenas o que consegui dizer.
- Nessie, não percebeste ainda? Tu … Tu és a minha impressão.
Não estava a acreditar.
Ele amava-me?
Ele gostava de mim?
- Isso quer dizer que … que gostas de mim? – perguntei-lhe perplexa.
- Oh querida, nem sabes o quanto. Nem fazes ideia do tempo que eu esperei por este dia, o dia em que tu me ias dizer que me amavas, o dia em que te iria contar a verdade, mas o teu pai pediu-me que prometesse que só te ia contar aos 15 anos ou que tinhas que ser tu a decidir se me amavas ou não. Nem sabes a tortura em que vivi estes anos, a pensar que podias não me amar, principalmente quando disseste-me que ias para a escola, fiquei passado só de pensar que podias lá arranjar alguém.
Coloquei a minha mão no seu peito e mostrei-lhe todos os momentos que tivemos, e como eu ficava quando ele se ia embora ou quando ele não estava.
Mostrei-lhe alguns dos meus sonhos e o quanto precisava dele para viver, pois sem ele eu não era nada.
Quando tirei a mão ele sorriu e voltou-me a beijar, entrelacei as minhas mãos no seu cabelo curto e despenteado.
Aquele beijo foi tão ou mais urgente do que o primeiro, mas tal e qual apaixonado.
Notava-se que ele queria estar ali, notava-se o tempo que ele esperou para aquele momento.
Ai meus deus, eu estar aqui com o Jake, com o meu Jake, a beijá-lo, isto só em sonhos.
Ele encostou os seus lábios ao meu ouvido e disse-me a palavra mais linda do mundo, a palavra que expressava perfeitamente os meus sentimentos e pelos visto os dele também, “Amo-te” .
Olhou-me e eu estava fixada nos dele.
- Tu nem sabes o que significas para mim. Eu sem ti não sou nada. Simplesmente nada. Quando não estou junto a ti fico deprimido, não consigo fazer nada, sou um …
Alguma coisa o interrompeu, mas não senti nem vi nada, mas o Jake começou a rosnar e eu já estava a ficar assustada.
- Jake, o que foi?
- Leah! Sai daqui. – Leah? Mas… então foi ai que ela apareceu, a única loba das duas alcateias, ela era mesmo bonita, pela bronzeada, cabelo curto despenteado, tipo o da tia Alice, e tinha um vestido curto e de malha, o que me veio logo á cabeça que não tinha mais nada por baixo, devido a ter que se transformar.
- Oh que queridos! Então Jake já lhe contas-te toda a verdade? – ela estava com um sorriso irónico.
- Leah, desaparece. Deixa os outros viverem felizes, não estragues a felicidade dos outros. – respondeu-lhe o Jacob.
- Oh querida Renesmee, se fosse a ti pedia-lhe para contar TODA a verdade, mas mesmo TODA. – ela referiu a palavra “toda” com muita convicção.
- Eu já lhe contei toda a verdade, contei-lhe sobre a impressão e os meus sentimentos, mas também que só sou aquilo que ela quiser e precisar, essa é a verdade.
A Leah começou a rir-se, ela já me estava a enervar.
- Começar uma relação dessa forma? Isso não vai longe, mas pronto, vá, divirtam-se, e eu só queria ser uma mosca para ver como vai o leitor de mentes vai aceitar este namoro, mas isso depois vou saber pela tua cabeça.
Ela foi-se embora e pensei no horrível que deve ser ouvir os pensamentos deprimentes daquela cadela, coitadinho do meu Jake.
Mas uma coisa estava a matutar-me, o que ela queria dizer com TODA A VERDADE?
- Jake, o que é que ela quis dizer com “toda a verdade”?
- Nessie, isso é passado. Tu és o meu presente e o meu futuro, de resto, nada importa.
- Mas Jake…eu preciso de saber tudo. Tu sabes tudo sobre mim, desde que eu nasci, até me mudaste fraldas. – esse pensamento fez-me corar. – Portanto, acho que também devo saber o teu passado.
- Nessie, por favor, não vamos estragar este momento, depois conto-te. – e beijou-me ferozmente, que golpe mais baixo.
- Mas contas-me mesmo. E afinal, temos coisas mais importantes de pensar. Como vamos contar ao meu pai?
- Não sei, mas vamos ter que lhe contar. E hoje.
Voltámos a beijar-nos, eu não queria sair dali, era o melhor dia da minha vida, não podia acabar em simples minutos.
Demora-mos mais uma meia hora ali no meio da floresta, mas tínhamos que ir enfrentar a realidade.
Tínhamos que ir enfrentar o meu pai.



P.S.: Eu esqueci-me de meter a roupa que a Nessie usou na ginástica, por isso, aqui têm:

6º Capítulo

Olá!
Aqui está mais um capítulo da minha fanfic.

6º Capítulo

Versão da Nessie

Trimm Trimm Trimmm
Não acredito, já? O despertador tinha acabado de tocar.
- Bom dia Nessie.
Dei um pulo da cama.
- Fogo tia, pregaste-me cá um susto. Não podias esperar que eu me levantasse para entrares do meu quarto? – repreendi a tia Alice.
- Oh querida desculpa, é que estou super empolgada com o teu primeiro dia de aula. Vá levanta-te dorminhoca, vai tomar banho.
Eu não acredito que os adolescentes têm que acordar todos os dias da semana ás 7.30h da manhã para irem para a escola, eu podia estar cheia de sono ainda, mas estava animada e ansiosa e um pouco nervosa.
Tomei um duche rápido e quando voltei para o meu quarto já estava em cima da cama umas calças brancas com um corte simples uma camisola preta com um estampado em tons de prateado, um colete e no chão as botas que a minha tia Rese me tinha oferecido no meu aniversário.
Adorei todo o conjunto.
Pelo menos não é um vestido todo pomposo que a tia Alice adorava que eu usasse e eu odiava.
Vesti todo o conjunto e completei com uma pulseira prateada no braço esquerdo, já que o direito estava com a linda pulseira que o Jake me tinha oferecido e no pescoço tinha o colar com o brasão da nossa família.
Peguei na mala preta que estava na minha secretária e desci.
Quando cheguei á cozinha estava a minha mãe e a Alice a preparem-me o pequeno-almoço e o meu pai estava em frente á televisão a ver um jogo de basebol.
- Bom dia!
- Bom dia filha! – os meus pais disseram em conjunto, o que fez um pequena risada entre nós os quatro.
Eles abraçaram-me e voltaram para onde estavam.
- Filha, tens torradas e sumo de laranja, queres mais alguma coisa.
- Não é preciso, esta óptimo. – eu não gostava de comida humana, mas o meu avó dizia que me podia fazer bem e a verdade é que nem me importava muito, pronto não sabia tão bem como o sangue, nem ficava tão forte como quando o bebia, mas dava para sobreviver.
Ao pensar nisso lembrei-me que á quatro dias que não caçava.
- Podemos ir logo, quando vieres da escola. – respondeu-me o meu pai.
- O que foi? – a minha querida mãe sempre atenta.
- A Nessie precisa de caçar.
- Ah ok. Filha eu e o teu pai levamos-te á escola.
O quê? Os meus pais levarem-me á escola? Por favor já sou crescidinha.
- Eu tenho carro.
- Mas já não se pode levar a filha á escola no seu primeiro dia de aulas? Vá lá Nessie, ninguém nos vai ver.
- Pronto, está bem. – levantei o prato e meti-o na maquina, depois fui lavar os dentes e pentear-me.
Pelo menos os carros têm vidros escuros e ninguém via quem lá estava dentro, mas pensando bem, quem é que ia achar que aqueles dois seres magníficos e jovens eram meus pais? Exacto, ninguém.
- Estou pronta. – disse ao sair de casa.
Os meus pais já estavam em frente á casa grande e eu pulei o rio e cheguei em 30 segundo.
- Boa sorte querida. Vai ser fácil, vais ver. – foram as palavras de quase toda a minha família.
Despedi-me um por um e entrei no volvo do meu pai.
Seguimos a estrada a alta velocidade e chegámos ao parque de estacionamento da escola em apenas 5 minutos.
E se não gostarem de mim? E não conseguir integrar-me com os humanos?
- Filha acalma-te, vai correr tudo bem. – o meu pai sempre a espionar-me.
- Oh querida, não te preocupes, parece ser difícil ao inicio mas depois logo te habituas. – foram as palavras da minha mãe.
Olhei pela janela e vi um monte de adolescentes, uns a saírem dos seus carros, outros a agarrarem as namoradas e namorados, etc, ou seja, uma autêntica confusão, mas parecia-me normal, aquilo era normal, e de repente fiquei feliz por poder fazer parte desta normalidade e poder, pelo menos durante umas horas, fazer de conta que era normal.
Sorri e despedi-me da minha mãe e do meu pai e sai do carro.
Comecei a andar lentamente para o pavilhão onde a minha mãe tinha dito que era a secretaria.
Nesse momento reparei em montes de pares de olhos postos em mim.
O que é que eu tenho?
Estou suja?
Eles sabem o que eu sou?
Mas isto tudo dispersou quando ouvi uns rapazes a falar.
- Ela é mesmo boa! Em que ano ela andará?
E do tipo:
- É tão gira.
Eu não podia acreditar, achavam-me gira?
Estava a ficar vermelha como um tomate, pelo menos isso.
Até que encontrei o pavilhão a dizer: Secretaria.
Entrei e vi uma velha senhora que me parecia bem simpática.
- Boa dia. Chamo-me Renesmee Cullen e é o meu primeiro ano nesta escola, vim pegar o meu horário.
- Boa dia menina. Como é que disse que se chamava mesmo? – tal como eu pensara, a senhora era bem simpática.
- Renesmee Cullen.
- Muito bem, aqui está, primeiro ano do secundário. Seja bem vinda e boas aulas.
- Obrigada. – despedi-me da mulher.
Olhei para o meu horário e vi que era na sala de experiências 2, ia ter biologia.
Era uma das matérias que eu mais gostava que o meu avô me ensina-se.
Fui directo ao pavilhão principal e outra vez murmurinhos sobre mim.
Pares de olhos fixados em mim.
Mas não tinham mais nada para fazer do que estarem a olhar para as pessoas?
Principalmente para mim?
Tinha acabado de tocar para a entrada quando cheguei á porta da sala.
A sala era grande e tinha mesas de laboratórios para duas pessoas.
Entrei e fui-me sentar na última mesa da fila junto á janela, na esperança que ninguém quisesse sentar ao pé de mim, mas estava errada.
Entraram logo uns quatro rapazes demasiados simples e vieram para ao pé de mim.
- Bom dia princesa. – o que é que me chamaram? Princesa? Só uma pessoa me chamava assim e não era este rapaz, fogo, isto está a começar bem.
- Primeiro que nada, não me chamas de princesa, segundo o lugar já esta ocupado.
Os rapazes que estavam atrás dele começaram a rir, mas ele não achou muita piada.
- Ocupado? Não vejo ninguém querida. E eu acho que nos vamos dar bem. Todas gostam de mim. – ora não era nada convencido.
Do nada, entrou uma rapariga no meio do grupo dos rapazes e senta-se ao meu lado, e sem olhar para mim disse:
- Erik, como viste, sim está ocupado, e agora podes parar de começar já no inicio do ano a ser otário e estúpido como és sempre? As férias não te fizerem bem? Parece que não. Agora desanda daqui que o stor deve estar a chegar. Desampara.
- Estúpida.
A rapariga que estava ao meu lado sorriu para ele e disse:
- Também te amo Erik.
O tal Erik e o resto dos rapazes foram para o outro canto da sala e a rapariga do meu lado virou-se pela primeira vez para mim e vi os seus lindos olhos azuis e o seu cabelo castanho claro ondulado.
- Otário. Desculpa, tu és nova aqui e ele já estava a aproveitar-se. Chamo-me Mary. Aqueles parvalhões que aqui estavam são o grupo do Erik, ele é o rapaz mais giro da escola, mas também o mais convencido e estúpido, ele quer andar com todas as raparigas giras da escola. E tu? Quem és?
- Chamo-me Renesmee, mas todos tratam-me por Nessie.
- Renesmee? Que nome mais esquisito, mas Nessie é muito giro. Olha mostra-me o teu horário?
Dei-lhe o meu horário e ela comparou com o dela.
- Temos as mesmas aulas menos Desenho, eu a essa hora tenho pintura. Mas no resto das aulas, se quiseres podemos ficar juntas.
Que bom, logo no primeiro dia e já arranjei uma amiga, não a poço ser mal educada, tenho que começar a integrar-me, por isso, aceitei.
- Claro, obrigada, é o primeiro dia que estou nesta escola e ainda não conheço nada.
- Não te preocupes eu ajudo-te.
Essa aula passou muito rápido, o professor apresentou a matéria que íamos dar neste ano lectivo e todas as experienciais que íamos realizar.
A aula a seguir tive inglês, a stora era bem simpática e foi basicamente o mesmo que na aula anterior, estive a ouvir o programa e as actividades e depois tive calculo.
As aulas da manha passaram rapidamente, a Mary era bem simpática e falava, falava e nunca mais se calava, mas era bom.
Na hora do almoço fomos para a cantina peguei num tabuleiro, tal como a Mary fez, e coloquei lá um prato com arroz de pato, um sumo natural de laranja e uma maçã.
Fomos para uma mesa cheia de pessoal e quando a chegámos reparei que a Mary os conhecia.
- Olá pessoal! Esta é a minha nova colega, Nessie. Nessie, estes são os meus amigos. – ela apontou para cada um e disse os seus nomes. – O Ryan, a Emma e o meu namorado: Daniel
Olhei para cada um analisando as suas feições.
O Ryan tinha cabelo curto castanho muito escuro, pareceu-me simpático e super simples e descontraído.
A Emma tinha o cabelo comprido e ondulado e tinha a certeza que era uma rapariga desportiva, muito querida.
O Daniel, o namorado da Mary, era giro, comparado com o Erik, não percebo porque a Mary disse que o Erik era o rapaz mais giro da escola, o namorado dela era mais fofo.
Ele tinha o cabelo despenteado e cheio de gel e era do tipo de rapaz super desportivo.
Cumprimentei todos com um amável sorriso, primeiro dia de aulas e já estava a fazer amigos.
O dia não me podia estar a correr melhor.
Todos me receberem bem, fiquei a saber que eram todos do 2º ano do secundário e durante a hora do almoço falámos e trocámos números de telemóvel.
Eram todos muito simpáticos.
Estava a acabar de comer quando recebo uma mensagem.
Peguei no telemóvel e vi o nome: Jake.
Li a mensagem:

Espero que estejas a ter um bom primeiro dia de aulas.
Gosto muito de ti.
Ass. Jacob

Corei instantaneamente.
Fechei o telemóvel e meti-o dentro da mala e fui levar o tabuleiro ao carrinho próprio.
Despedimo-nos dos nossos amigos e eu e a Mary fomos em direcção a outro pavilhão.
Espera…outro pavilhão?
- Mary? Para onde vamos?
- Nessie, vamos ter educação física. Hello!
Educação física? Eu não arrumei nada para educação física.
Abri a minha mala e no fundo tinha um saco preto, abri-o e vi alguma coisa como uma t-shirt, uns calções e umas sapatilhas, deve ter sido a tia Alice, ela deve ter adivinhado, ou “visto” que ia precisar.
Quando chegámos ao balneário, abri a mala e tirei o saco, olhei para a Mary e ela ia vestir umas calças cinzentas com uma t-shirt preta.
Tirei a roupa de dentro do meu saco e quando reparei não era uma t-shirt e uns calções normais, era um top vermelho que só me ia tapar o peito, e uns calções minúsculos que só ia tapar o rabo e pouco mais.
A Alice paga-me.
- Mary, por favor ajuda-me. A minha tia deve ter posto isto aqui para eu vestir, ela é bué excêntrica e tudo, mas eu não.
Ela olhou para as minhas roupas.
- Oww, pois são um bocadinho curtas.
- Um bocadinho?
- Bem querida, eu não te posso ajudar, não tenho mais nada. Vais ter mesmo que vestir isso, desculpa.
Era só o que me faltava.
Agora tenho que vestir-me com esta mini roupa e tudo culpa da minha tia.
- Eu não acredito.
Peguei na roupa e nas sapatilhas pretas e vesti-as.
Olhei-me ao espelho, aquelas roupas mostravam todas as minhas curvas, era demasiado para mim.
Mas agora não tenho mais nada e não vou começar logo na primeira aula a levar falta de material.
Fui ter com a Mary á porta do ginásio, ela olhou para mim e ficou de boca aberta.
- Nessie, eu não gosto de mulheres, mas essas roupas ficam-te a matar. Ali as meninas loiras. – ela apontou para umas raparigas loiras que falavam entre si. – Aquelas, elas costumam trazer esse tipo de roupa, mas a elas não lhe ficam bem.
Eu fiz cara de: “Não estas a ajudar.”
A porta do ginásio abriu-se e a professora mandou-nos entrar, os rapazes já estavam a jogar a bola e quando eu entrei o jogo automaticamente parou.
Todos estavam a olhar para mim.
Fiquei super envergonhada e corei bastante.
Estava a ir atrás da Mary, quando uma rapariga com o cabelo encaracolado e loiro me puxou o braço.
- Ei miúda. Podes ser nova aqui e até seres bonitinha, mas aqui no campo quem manda sou eu. Percebeste? – ela disse-me com uma cara séria, mas de um momento para o outro mudou completamente e surriu. - Sou a Betty, a chefe de claque. Muito prazer e tu és? – eu não acredito, ela tinha acabado de me chantagear e agora vem com falinhas mansas?
- Sou a Nessie. – disse-lhe com um sorriso, depois abracei-a e disse-lhe ao ouvido com uma cara séria. – Não me voltes a ameaçar, se não faço a tua vida num inferno, literalmente. – afastei-me dela e voltei a sorrir. – Prazer em conhecer-te querida.
Fui para junto da Mary e ela perguntou-me o que a Betty queria e eu contei-lhe tudo, até a parte que lhe disse ao ouvido, ela passou-se completamente.
- O quê? Tu foste dizer uma coisa dessas a ela? Ela é uma vaca do pior. Tudo o que promete ela cumpre. Onde tu foste meter e logo no primeiro dia de aulas.
- Descansa, ela não me irá chatear.
A professora interrompeu-nos.
- Vá meninas chega, vamos começar a trabalhar. Eu sei que é o primeiro dia de aulas, mas por isso mesmo quero que vocês comecem já a fazer actividades, no Verão não devem ter feito actividades físicas nenhumas… - uma aluna interrompeu a professora, claro, como não adivinhei logo, só podia ser a cabra loira da Betty.
- Stora, eu todos os dias fiz ginástica e actividades, nunca parei.
- Sim Betty, eu acredito que tu tenhas feito, mas muitas das tuas colegas de certeza que não. Vamos começar com a barra fixa. Quem quer começar? - Ninguém falou. - Ninguém? Nem tu Betty?
- Professora, eu posso fazer, mas como a stora sabe eu sei fazer todos os exercícios na perfeição. – fogo ela não é nada convencida. – por isso acho melhor começamos com uma das alunas novas, por exemplo a Nessie.
O quê?
Bem que a Mary me avisou.
E como se ela me tivesse lido a mente:
- Eu avisei-te.
- É Renesmee não é? – eu assenti. - Na tua antiga escola fazias barra fixa?
Boa, como é que ia sair desta? Vou dizer a verdade, ou um pouco.
- Não professora, o ginásio da minha antiga escola não tinha muitos aparelhos e esse era um dos que não tinha. – aquela cabra não pode vencer. – Mas posso tentar.
- Muito bem, esse é que é o espírito.
- Boa sorte. – disse-me a Mary.
Antes de a stora me começar a explicar o que tinha que fazer, vi pelo canto do olho aquelas cabras loiras a falarem sobre mim, e graças á minha fabulosa audição de ser maia-vampira ouvi:
- Se ela nunca fez uma única vez, ela vai cair e vai ser risota geral, foi a melhor ideia que já tive para ela saber quem eu sou.
Eu não acredito, é agora, eu vou mostrar-lhes do que sou capaz.
- Renesmee, mete-te em cima da barra direitinha. - e obedeci - Muito bem, faz avião. - e fiz - Muito bem, está perfeito, salta uma vez. - e assim fiz, meu deus que coisas mais fáceis.
Obedeci a outras actividades muito simples para mim.
- Renesmee, eu sei que pode ser um pouco difícil, mas conseguiste fazer tudo logo á primeira o que muitas raparigas ainda não conseguem fazer, tenta fazer a roda, achas que consegues? – pediu-me a stora.
Vi a Betty a fumar dos olhos cheia de inveja, ela estava mesmo nervosa.
Bem vou mostrar-lhe quem é que consegue fazer uma roda perfeitinha, sem erros em cima de uma barra.
E assim fiz, todas as raparigas bateram palmas em excepção do grupo das cabras loiras.
- Fantástico, para quem nunca tinha feito um exercício em cima numa barra fixa, foi simplesmente magnífico, parabéns Renesmee.
O resto da aula foi a aperfeiçoar os exercícios, quer dizer para algumas raparigas, eu apenas fiz e refiz e tudo certinho.
Quando tocou fiquei super feliz, estava farta daquelas cabras loiras, tomei um duche rápido e vesti a roupa interior lavada que estava no saco e a roupa casual que tinha.
Eu a Mary saímos do pavilhão e fomos a andar para o pavilhão central, pois ela tinha que ir buscar um livro ao cacifo e ouvimos umas raparigas a falarem.
- Está no parque de estacionamento um rapaz super giro, alto e moreno, é lindo.
- E tem cá uns peitorais. – disse a outra.
Eu e a Mary começamo-nos a rir.
- Nessie? Quem será o bonzão?
- Então Mary? – ups o namorado dela e o resto do pessoal tinha acabado de chegar.
- Oh amor, sabes bem que só existe um rapaz lindo para mim. – e beijou-o. – Mas fiquei curiosa.
- Há tá bem tá. – ele resmungou, mas voltaram-se a beijar.
Fomos a andar para o parque e senti um aroma familiar, um aroma quente e que eu amava tanto.
Quando desci as escada eu vi-o.
Ainda ouvi a Mary a dizer: - Bem ele é mesmo giro, mas amor tu és mais.
Comecei a correr numa corrida humana, e ainda a ouvi chamar por mim.
- Nessie, onde vais?
Nem lhe respondi, ele viu-me e eu atirei-me aos seus braços.
- Jake!


Anexos:


Roupa que a Nessie levou no primeiro dia de aulas:

5º Capítulo

Olá!

5º Capítulo

Versão da Nessie – 1ª Parte

Estava em frente a ele e não me conseguia mexer.
Ele chegou-se ao pé de mim e abraçou-me.
- Desculpa Nessie.
Desculpas?
Ele estava a pedir-me desculpas?
Mas porquê?
- Porquê Jake? – perguntei-lhe completamente atónica.
Ele pareceu surpreendido.
- Por causa da tua festa de anos. Desculpa.
Ah!
Pois, ele ter ido embora daquela maneira depois de eu implorar que ele ficasse foi mesmo mal, mas pronto, eu tinha vindo para falar com ele e o resto não importa.
- Jake, preciso de falar contigo. – disse com um tom de voz suave e lento.
- Falar? Sobre o quê? Mas espera! O Edward ou a Bella sabem que estas aqui?
Ups….e agora?
Ia mentir?
Não, não posso mentir ao Jake, vá Renesmee conta a verdade.
- Não, não sabem. Fugi pela janela. Mas é que precisava mesmo de falar contigo.
- A sério? O Edward vai ficar fulo quando descobrir. Olha vamos para a garagem, o meu pai já deve estar a dormir, por isso não o vamos acordar.
Eu assenti com a cabeça e fomos em direcção á pequena garagem avermelhada que se encontrava no meio do mato junto a casa dele.
Entramos e fomos nos sentar no pequeno sofá de dois lugares que ele tinha no fundo da garagem. Estava completamente nervosa, ele ali, junto a mim, de tronco nu, eu quando olhava para ele corava levemente, e tinha sempre a impressão que ele notava perfeitamente.
- Então Nessie? O que é que se passa para a minha princesa ter saído de casa a meio da noite? – perguntou-me ele cortando o silencio que existia entre nós.
- Sabes Jake…eu…. – estava completamente nervosa que até gaguejava – Eu vou começar a ir á escola para a semana que vem. – decidi começar pelo mais simples.
- A sério? – ele ficou com uma cara de pânico, surpresa, tristeza ou admiração?
Não conseguia distinguir a sua reacção.
- Sim, os meus pais acham boa ideia. É por isso que preciso de falar contigo. Estou super nervosa. E se não conseguir adaptar? E se descobrirem? Pior, se eu não me conseguir controlar? – eu estava a falar e não parava.
- Calma, primeiro, tu não te vais descontrolar, pois és uma meia-vampira responsável e que sabe distinguir o que deve e não deve fazer. Depois, tu já sabes a matéria toda, vai ser canja fazer o secundário e vais-te adaptar rapidamente, pois não á nada para te adaptares, é só ires ás aulas, ouvires os professores e voltares para casa.
Ele começou a rir-se e eu entrei no ritmo.
- Obrigada Jake, sinto-me muito melhor. Sim deve ser fácil. – agradeci-lhe amavelmente e ainda não era hoje que ia entrar no outro assunto.
- Nessie, olha durante os teus anos não te consegui entregar a tua prenda de anos. – ele tirou uma caixinha pequena do bolso dos calções e entregou-me – Toma, Parabéns princesa!
-Oh Jake não era preciso!
Eu abri a pequena caixa com um embrulho castanho avermelhado e quando a abri vi a pulseira mais linda de sempre.
Era uma pulseira de ouro super simples, mas tinha pendurado um lobo também em ouro.
- É tão linda. Adorei. – comecei a chorar e abracei-o logo, não consegui evitar.
- Ainda bem que gostaste. Adoro-te Nessie.
Ele disse-me que adorava-me?
- Eu também gosto muito de ti Jake! – e ele nem fazia a ideia de quanto, mas ia ficar assim durante mais algum tempo, por enquanto bastava-me a sua amizade, isso eu não queria perder nunca.
Ele colocou-me a pulseira no meu braço direito.
Ela era tão linda e servia-me perfeitamente, parecia que tinha sido feita á minha medida.
Era simplesmente magnífica.
- Acho melhor ires para casa, se não o senhor Cullen vai ficar furioso. – disse-me o Jacob.
- Acho que ele nem vai saber, os meus pais estavam demasiado entretidos. – começamos a rir tipo loucos, só de pensar o meu pai e a minha mãe, urhh, até me dá arrepios de nojo.
- Nessie eu levo-te até onde eles não me sintam está bem?
Acenei afirmativamente e saímos da pequena garagem.
Demoramos cerca de meia hora a chegar, pois fomos devagar e aproveitar a noite, e durante todo o caminho fomos calados, nenhum de nós disse uma única palavra.
Quando chegámos a uns 800 metros da minha casa ele abraçou-me e beijou-me a face esquerda. - Boa noite Nessie! Até amanhã!
- Boa Noite Jake. – foi as únicas palavras que me saíram depois de um abraço daqueles que me deixou sem fôlego.
Corri o mais rápido possível em direcção a casa, entrei para o meu quarto e pareceu-me ver tudo como estava e até ouvir alguns sons do quarto dos meus pais, percebi logo que estava tudo bem e que eles não sentiram a minha falta a hora que estive fora, sim parece que tinha sido uma eternidade, mas foi apenas uma hora.
Vesti o meu pijama, uns calções largos e uma t-shirt com a pantera cor-de-rosa.
Deitei-me na cama e deixei-me levar pelo sono.

- Renesmee acorda! Acorda Nessie!
Quem é que me está a gritar a uma hora destas?
- Vá lá Nessie levanta-te, temos muita coisa para fazer.
Abri lentamente os olhou e a primeira coisa que vi foi a minha tia Alice ao meu lado a saltitar e a gritar.
- Nessie, acorda! Vá lá miúda.
Ai não acredito.
- Tia, deixa-me dormir. – pedi-lhe.
- Deixar-te dormir? Nem penses nisso. Temos que ir comprar as coisas para a escola. Vá lá dorminhoca, acorda. – que chata que ela é.
Estava mesmo a ver que não ia conseguir ficar a dormir, por isso levantei-me lentamente.
- Até que enfim querida! Vai tomar banho e veste-te, estou á tua espera na casa grande.
- Bom dia para ti também tia. – mas ao dizer isto ela já tinha saído do meu quarto num fechar de olhos.
Dirigi-me á casa-de-banho e liguei a torneira da banheira.
Entrei e tomei um duche rápido, com a pressa que a Alice estava, era melhor não demorar.
Após o rápido duche, voltei para o meu quarto e tirei do roupeiro umas calças de ganga e uma t-shirt a dizer: Glamorous em dourado, penteei-me, meti perfume e calcei umas botas castanhas rasas, pois ir fazer compras com a Alice era sinónimo de andar muito e dores de pés.
Sentei-me na cama e estava a arrumar a mala com carteira, telemóvel, gloss, etc, quando reparei na pulseira dourada que tinha no braço direito.
Lembrei-me da noite passada em que fui ter com o Jacob e ele deu-me esta pulseira como prenda de aniversário que adorei.
Neste preciso momento o meu pai entra pela porta dentro do meu quarto.
- Renesmee Carlie Swan Cullen, onde estiveste ontem á noite?
Ups, esqueci-me que o meu pai estava aqui em casa e que ainda por cima lia mentes.
Alguém pode ser apanhada da pior maneira?
Eu não podia mentir nem nada.
- Nem tentes Renesmee. – respondeu-me o meu pai ao meu pensamento.
A minha mãe segurava o braço do meu pai para que ele não fizesse nenhuma asneira.
- Desculpa pai, eu devia ter pedido autorização, mas foi um impulso, eu precisava mesmo de falar com ele. – e comecei a choramingar.
- Alguém me diz o que se está a passar aqui? Edward? Renesmee? – a minha mãe não estava a perceber nada da conversa.
“Pai conta-lhe” – pedi-lhe em pensamentos.
- A Renesmee fugiu ontem á noite de casa e foi ter com o Jacob.
- Desculpa mãe, eu precisava de falar com ele.
Ela estava com uma cara de espanto, mas não de terror.
- OH Renesmee! Não voltes a fazer isso. Foi a primeira vez. Mas não voltes a sair assim de casa a meio da noite. Está bem querida?
- Claro mãe. Desculpem, não volta a acontecer.
O meu pai ainda estava a tremer e todo nervoso, mas após as palavras da minha mãe ele acalmou-se e veio me abraçar.
- Pronto querida, mas não voltes a sair assim a meio da noite. Quando soube que tinhas saído de casa a meio da noite, pensei logo nos perigos que podias encontrar por ai.
“Pai, hello! Sou meia-vampira, não sou nenhum humano qualquer frágil e sensível”
- Eu sei querida, mas não voltes a fazer isso. Agora vai que a Alice já está a fumar pelas orelhas.
O meu pai é o maior (ele riu-se com o comentário).
Abracei o meu pai.
- Adoro-te pai.
Depois abracei a minha mãe.
- Adoro-te mãe.
Sai de casa a correr, saltei o pequeno rio e corri para a casa dos meus avôs.
- Até que enfim Renesmee, já estava quase a ir te buscar. – a minha tia apareceu á minha frente e estava fantástica, até de mais para ir simplesmente ás compras.
Ela estava com um vestido que lhe dava por cima do joelho preto com uns bordados ao pé do peito, tinha uns collants pretos, umas botas com um salto pequeno em tons de preto brilhante e para finalizar, tinha vestido um casaco com manga a três quartos que lhe assentava perfeitamente.
- Desculpa tia, tive uns problemas com os meus pais, eu conto-te pelo caminho. Olha posso levar o meu carro? Ainda não o experimentei.
- Claro querida, mas vamos já, temos muita coisa para comprar.
A viagem foi rápida, eu a conduzir e a falar sobre a noite passada, a Alice nem queria acreditar naquilo que tinha feito, e até me repreendeu, mas depois esqueceu e passou á acção no Shopping de Seattle.
Fomos á melhor papelaria do shopping e comprei uma data de cadernos de uma colecção rosa e prateada linda e até comprei o estojo igual.
Depois fomos a montes de lojas de roupa para renovar o meu guarda roupa, com casacos, camisolas de manga cumprida, pois este tipo de roupa eu tinha pouca, pois só as vestia quando saia para estar com os humanos no Inverno, de resto nunca tinha frio, eu achava que podia estar no meio de um nevão de manga curta e calções que não ia ter o mínimo de frio.
É a sorte de ser meia-vampira.
Ao fim do dia estava cheia de sacos de várias lojas diferentes, entre eles tinha, os cadernos para a escola, casacos, camisolas, calças e botas.
Peguei no carro e na velocidade máxima consegui chegar a casa em 15 minutos, uma viagem que uma pessoa numa velocidade normal, faz em 35 minutos.
O resto do dia correu normalmente, sem muitas alterações, só a diferença que o Jake não tinha vindo.
No domingo estive a planear o plano de estudo com o meu avô, era o dia de folga dele no hospital e estava a ajudar-me a organizar-me os estudos que ia dar no ano lectivo.
Durante todo o dia não vi os meus pais, pensei que eles tivessem na nossa casinha, que era o mais provável, portanto não liguei.
Ao fim do dia toda a minha família, incluído os meus pais que já tinham chegado, juntaram-se á mesa para me darem algumas dicas como falar com os meus colegas, que história ia contar á escola e diversas atitudes que um adolescente normal tem.
Durante todo o fim de semana o Jake não tinha ido ver-me, já estava a ficar preocupada, ele tinha dito na sexta que íamos nos ver no dia seguinte, mas ele apareceu, e no dia seguinte, hoje, também não.
Eu não podia dar-me ao luxo de ir ter com ele, pois tenho a certeza que desta vez o meu pai estaria atento.
Então deitei-me na minha cama com os fones do meu iPod nos ouvidos e comecei a ouvir música para tentar ficar mais calma.
Amanhã ia pela primeira vez para a escola.
Local novo, pessoas novas, tanta coisa nova.
Adormeci a pensar sobre este assunto e a ouvir a minha música preferida.




Versão do Jacob – 2ª Parte

O leitor de mentes tinha sido específico: não podia ver a Nessie durante todo o fim de semana.
Tinha acabado de vir da ronda e estava cheio de sono, e cheio de saudades da minha princesa, só me lembrava dela, não conseguia parar de pensar na Nessie.
Quando cheguei á porta da minha casa vi duas pessoas que me eram familiares.
Bella e Edward.
- Olá Jake. – saudou-me a Bella, desde o nascimento da Renesmee eu nunca mais me importei se a Bella era vampira ou humana, ela continuava a ser a minha melhor amiga e tratava-me como o seu melhor amigo.
Abracei-a num abraço forte, pois sabia que ela não se ia partir ao meio, o Edward riu-se com o meu pensamento.
- Olá Bella, ei Edward – acenei-lhe com a mão.
- Preciso de falar contigo. – disse o leitor de mentes com uma voz grave.
- Eu sabia que vais cedo ou mais tarde vinhas cá. – eu sabia, ele queria tratar-me como um adolescente de 15 anos, ele queria pedir-me para afastar da Nessie, eu sabia, mas ele tem que compreender o que significa para mim a Nessie, ele tem que saber e não me pode afastar dela.
- É assim Jacob, quando tu tivestes aqueles pensamentos eu fiquei louco. Nunca pensei ninguém pensar na minha filha daquele jeito, ela ainda só tem sete anos, tudo bem, que parece ter 17, mas não tem. – ouvi tudo sem dizer uma única palavra, ele tinha razão, eu passei das marcas.
- Pois passas-te.
- Mas Edward, Bella, eu nunca pensei nela daquela maneira, tu sabes disso. – apontei para o leitor de mentes. – Mas não sei o que me deu naquela altura, ela estava tão…
- Urhh. – o leitor de mentes não estava a acha graça.
- Desculpem, mas não me consegui controlar, ela parece uma mulher.
- MAS NÃO É. – gritou-me o Edward.
- Eu sei, eu sei.
- Quero que te afaste dela durante um tempo.
- Edward! – repreendeu a Bella.
- Bella é o melhor. Jacob… - voltou a olhar para mim - a Renesmee vai começar a ir á escola amanhã e quero que ela conheça novas pessoas, novos amigos, eu não quero que ela esteja obrigada a ficar contigo por causa dessa maldita impressão. – ele tinha razão.
- Eu sei, e nem eu quero isso. Eu vou ser para a Nessie aquilo que ela quiser que eu seja, a impressão é isso mesmo, claro que por vezes transforma-se em amor, mas se ela não quiser não sou eu que a vou obrigar, eu vou estar bem, se ela estiver bem. Isso é a impressão. Compreendo que queiram que ela conheça novas pessoas, mas por favor, não a metam longe de mim. Ela é a minha vida. – OMG, se alguma vez eu pensava que ia estar á frente a um vampiro e a implorar-lhe, eu pedia para me matarem, mas tinha que ser, era a minha pequena, era a minha vida que estava em jogo.
- Ela não é a tua vida.
- Sabes que sim, sem ela eu estava neste momento sei lá onde. É por ela que eu estou aqui vivo á vossa frente.
- Jake! – a Bella correu para os meus braços.
- Jake vá lá, apenas alguns dias, eu depois convenço o Edward, mas tenta não pensar na minha filha desse jeito, eu também não gostei nada de saber o que pensaste, ela só tem sete anos. – a Bella podia ser muito tolerante comigo, mas mesmo assim protegia a filha de tudo e todos, incluindo de mim.
- Jake tu já me explicaste tudo sobre a impressão, e só se a Renesmee for muito burra é que não vai te amar, tu és o melhor para ela, eu sei, mas tem paciência.
O Edwrad rugiu com o comentário da mulher.
- Edwrad, amor, tu também sabem bem, que não á outro homem que vai amar mais a nossa filha que o Jacob mas como tu disseste a escolha é dela, e Jake. – olhou para mim. – tem paciência. – voltou-me a abraçar e despediu-se. - Adeus Jake.
- Adeus Bella.
Entrei em casa, fui directo á casa de banho e tomei um banho rápido, depois vesti uns calções e deitei-me.
Adormeci com as imagens da minha menina, ela é tudo para mim, ela é a minha vida, e não posso viver sem ela, tenho que lutar.


Anexos:


Roupa da Alice no dia das compras:

4º Capítulo

Olá!

4º Capítulo

Versão da Nessie

Ouvi um rugido forte vindo do meu pai e apercebi-me que algo tinha acontecido … ou vinha para acontecer.
- Jacob Black: RUA! – Gritou o meu pai para o Jacob.
Mas porquê é que o meu pai estava a mandá-lo para a rua?
O que é que o Jacob fez?
Ou pensou?
Não!
A festa é minha e ninguém a vai estragar!
Corri para o meu pai que já estava em frente ao Jacob a rosnar e meti-me entre os dois.
- Pai, NÃO! O Jake fica. Não sei o que é que ele fez ou pensou, mas a festa é minha e ele fica.
O meu pai continuava a rosnar e não parava de tremer.
- Amor acalma-te! – Disse a minha mãe para o meu pai.
- Jacob: para com esses pensamentos!
Mas o que será que o Jacob pensou?
Já estava nervosa e irritada.
O que é que o Jake pensou para irritar o meu pai desta maneira?
O meu pai olhou para mim e respondeu ao meu pensamento de uma forma fria e insensível.
- Não interessa Renesmee!
- Pai? – comecei a choramingar.
- Edward? – repreendeu a minha mãe.
- Olá! Perdi alguma coisa?
Ouvi uma voz suave e minha conhecida.
- Agora não Seth! – Respondeu o Jacob. – É melhor eu ir para casa. Adeus.
O quê? O Jake ir embora? Não, não pode ser!
- Jake espera. Não! Não vás embora, por favor!
Corri para ele e segurei-lhe o braço.
Ele olhou para mim com uns olhinhos de carneirinho mal morto, ou lobinho mal morto.
- Nessie, o teu pai está muito nervoso, amanhã falamos. Ah! É verdade: Parabéns fofinha!
Ele abraçou-me e deu-me um beijo na cara rápido, demasiado rápido para o meu gosto.
Ouvi um rosnar de dentro de casa, o meu pai claro!
Renesmee para de pensar nestas coisas.
-Obrigada Jake. – respondi-lhe
- Vá linda, amanhã vê-mos. – largou-me e ainda o vi a entrar na floresta.
Voltei a ir para dentro de casa.
Quando cheguei senti um abraço forte e quente, muito idêntico ao do Jake.
- Parabéns piolho! – O Seth é sempre um querido! Eu adoro-o.
- Olha tenho um presente para ti. Sei que não é nada de especial, mas sei que gostas e que por acaso, ainda não tens, nem sei como, mas pronto, aqui tens! – Ele entregou-me um presente fino e tipo um quadrado, com um embrulho cor de rosa.
- Oh Seth! Não era preciso. Sabes bem que eu não ligo a prendas.
- Piolha, cala-te e abre. – ele sorriu para mim e eu abri o pequeno embrulho.
Era o novo CD dos Paramore, uma das minhas bandas favoritas.
- Oh obrigada. Eu queria mesmo este CD, mas ainda não tinha tido tempo para o comprar. Obrigada Seth.
- Tive uma pequena ajuda. – ele olhou para a Alice e piscou-lhe o olho.
- Nessie: em falar de presentes, vem cá abrir o resto. – chamou-me a tia Rose.
- Toma Nessie. Esta é minha e do Emmett. – A tia Rose deu-me um embrulho rosa choque com um grande laço prateado.
Eu abri a caixa e vi umas botas pretas com um salto fantástico.
Estava com a boca aberta de tanto espanto, as botas eram.
A minha tia Rose sabia bem o que eu gostava.
- TIA! – gritei. – São lindas! Adorei.
- Eu sabia que ias gostar!
A avó e o avô deram-me uma colecção de livros sobre o século VII, eu adoro ler, principalmente sobre o passado, por isso adorei a prenda.
O resto da festa foi normal.
Canta-mos os parabéns, comemos o bolo, quer dizer, eu e o Seth.
Dancei muito, cantei e até divertir-me com o Seth, mas faltava-me uma pessoa, nunca deixei um segundo de pensar nele, mas amanhã ia falar com ele e isso reconfortava-me.
Eu estava no sofá num dos meus momentos de descanso entre as danças, e a minha mãe tinha-me acabado de chamar.
- Filha, vem cá!
Fui até á garagem onde estava toda a família, o Seth já se tinha ido embora, mas não estava a perceber nada, o que estavam todos a fazer na garagem?
Na garagem?
- Mãe? O que foi?
- Querida, falta dar-te uma prenda. A minha e a do teu pai. Toma.
A minha mãe deu-me uma pequena caixa vermelha e abri-a.
Uma chave prateada.
- Uma chave?
No momento em que perguntei, o meu pai tirou o pano que estava a tapar um carro, que eu nem tinha reparado e vi um Mercedes preto lindo.
- É para ti querida!
Não estava a acreditar!
Este magnifico carro é para mim?
OMG! OMG!
- Mãe, Pai! É lindo. Adorei a prenda.
- Ainda bem querida! Mas temos outra surpresa!
- Outra? – o que podia vir mais?
Após receber um carro como prenda de anos, o que podia vir mais?
- Para a semana que vem vais começar a ir a escola.
O quê?
Ir para a escola?
Mas como?
Já?
- Mas…?!?
- Não fiques assustada, vai correr tudo bem!
Eu estava assustada!
Mesmo…
- Sim…. – disse com uma cara de desespero.
Ir para a escola já para a semana?
Estar com humanos.
Conhecer novas pessoas.
- Isso mesmo filha. Acho que te vai fazer bem conviver com mais pessoas além da família e dos lobos. – respondeu-me o meu pai aos meus pensamentos.
“Sim pai, também acho, mas estou preocupada, não será perigoso?” – perguntei ao meu pai em pensamento enquanto ia para o sofá da sala.
- Perigoso? Tenho a certeza que não filha. Nós todos confiamos em ti. Sabemos que tu és capaz de te controlar bem. Olha quando tu vais aos centros comerciais com as tuas tias, estás rodeada de humanos e nem reparas. – reconfortou-me o meu pai.
O meu pai tem razão.
Quantas vezes eu já fui ás compras e estava rodeada por humanos e nem dava conta.
Simplesmente não pensava neles nessa forma.
A voz da minha mãe interrompeu os meus pensamentos.
- Muito bem, hora da menina Renesmee Cullen ir para a cama. Nessie, vamos para casa? Boa Noite família.
- Claro. Boa noite família!
A minha família também desejou uma boa noite para mim e para os meus pais e dirigi-me com eles para a nossa casinha no meio da floresta do outro lado do pequeno rio.
Quando cheguei ao meu quarto, tirei as sandálias que a minha tia Alice me tinha oferecido, os meus pés doíam-me de tanto dançar em cima de uns saltos daqueles.
Tomei um banho demorado e pensei em todos os acontecimentos do dia de hoje.
Em relação ao Jacob, estava muito intrigada.
O que levou o meu pai a reagir daquela maneira?
E havia a situação da escola.
Só uma pessoa apenas é que me ia compreender e apoiar.
Só uma pessoa é que eu queria falar e dizer todos os meus medos.
Mas essa pessoa não estava neste momento aqui e eu preciso de falar, preciso de tirar todas as minhas dúvidas.
Sai do banheiro, os meus pais já estavam no quarto deles e fazerem sei lá o quê e dispenso saber, então tenho o resto da noite para pensar sem que o bisbilhoteiro do meu pai me chateia.
Durante a noite a minha mãe metia no seu escudo protector e eu podia sonhar livremente e pensar tudo o que eu desejasse.
Eu apenas desejava uma coisa: ver o Jacob.
Precisava de falar com ele.
Precisava de ouvir as suas palavras carinhosas a dizerem que ia correr tudo bem.
Precisava que ele me abraçasse e me desse miminhos como quando era criança.
Lembro-me quando eu adormecia ao colo do Jake, nos seus braços fortes e quentes, onde eu sabia que nada de mal podia acontecer.
Nos braços do Jake eu sabia que estava protegida, eu sabia que estava em segurança.
Eu sabia que o Jacob Black me ia proteger sempre.
Como é que eu sei?
Não faço a mínima ideia, mas tenho essa certeza quando estou com ele.
Portanto, uma coisa eu sabia: tenho que ver o Jake ainda hoje.
O meu pai não estava a ouvir-me, se não já estava aqui no meu quarto a dizer: “Nem penses numa coisa dessas Renesmee”, mas como ele não estava aqui, tenho que aproveitar.
Fui ao roupeiro e tirei umas calças de ganga simples, uma camisola preta, um colete cinzento, um cinto prateado na cintura e calcei uns ténis cinzentos práticos e confortáveis, eu ia correr, por isso nada de saltos, nem nada parecido.
Arranjei rapidamente o cabelo, abri a janela do quarto e saltei.
Eu não acredito no que tinha acabado de fazer.
Tinha acabado de sair de casa a meio da noite sem os meus pais saberem.
Isto não era nada meu.
Eu sempre fui a menina bem comportada, mas o meu pai foi muito bruto quando mandou embora o Jake, portanto precisava de o ver e pedir ajuda para resolver alguns assuntos.
Só o Jake me podia ajudar.
Corri o mais rápido que consegui.
Corri num passo nada humano e até acho que consegui fazer o meu record.
Cheguei a La Push ao fim de 10 minutos.
Abrandei o passo e comecei a andar num passo rápido mas humano.
Cheguei perto da casa dele e vi-o.
Ele estava de costas, mas mesmo assim consegui ver que ele estava apenas com uns calções de fato de treino e tinha o tronco completamente nu.
Uau, ele estava lindo de morrer!
Senti as minhas bochechas a corar.
Renesmee acalma-te é apenas o Jacob.
Só agora é que reparei que ele estava acompanhado com alguns dos outros lobos.
Reconheci o Sam, o Jared e o Paul.
- Ei Jake, olha quem está ali. – Disse o Paul para o Jacob apontando para mim.
- Ei pessoal! Desculpa Jake vir sem avisar, mas preciso mesmo de falar contigo.
- Nessie? Queres conversar? O Edward sabe que estás aqui?
Fiquei corada, completamente corada.
O que ia lhe dizer?
Ia lhe mentir?
Não, não vou mentir, vou dizer a verdade, seja o que tiver que ser.
- Não Jake! O meu pai não sabe que eu estou aqui. Sai pela janela.
- Ui amigo, vais ter problema. Adeus. – O Paul e as suas piadinhas sem graça.
- Boa sorte Jacob. Até amanha – Despediu-se o Jared.
- Até amanha Jacob, adeus Renesmee. – disse o Sam.
O Sam é dos lobos que menos gosta da minha família, mas mesmo assim trata-me da melhor forma por respeito ao Jacob.
- Adeus pessoal! Até amanhã. – Despediu-se o Jake deles.
É agora.
Agora tenho o Jake só para mim, é agora que vou resolver tudo.
Ele olhou para mim e sorriu-me.
OMG que vou desmaiar.
Como é que ainda estou aqui em pé?
Existe algo mais maravilhoso que aquele sorriso lindo?
Eu acho que não, quer dizer tenho a certeza.
Comecei a andar em direcção dele, em direcção ao meu destino que podia muito bem ainda não estar escrito.
Só o tempo pode dizer o que ia acontecer.

Anexos:



Roupa que a Nessie usou para ir á casa do Jake:


3º Capítulo

3º Capítulo

Versão do Jacob

Estava sentado á frente da minha casa a contemplar o dia.
O sol brilhava intensamente, como á muito não acontecia.
La Push é uma zona muito nublada e cinzenta e hoje estava um verdadeiro dia de verão.
Estava um dia com um enorme sol que mandava calor e sensações boas.
Mas eu já tinha o meu próprio sol, a origem de eu estar neste momento vivo.
Ela é o que me faz levantar todas as manha e viver mais um dia.
“Renesmee Cullen”-o nome dela veio aos meus pensamentos.
O nome, que mesmo sendo um pouco esquisito, era simplesmente o mais lindo e maravilhoso.
Logo quando ela nasceu dei-lhe a alcunha de Nessie, sendo mais fácil de prenunciar.
Ao longo destes sete anos tentei estar sempre junto dela e dar-lhe o melhor que pude.
Dei-lhe segurança, carinho, e principalmente protegia-a de tudo.
Ajudava-a em tudo o que ela precisava e tentava cumprir todos os seus pedidos.
Ela é uma rapariga tão bonita, tão querida e está a crescer tão rápido.
Ainda me lembro tão bem do dia do seu nascimento, parece que foi ontem, e agora já se passaram sete anos e ela esta tão crescida.
Amanha ela faz sete anos.
Tinha na mão o presente que ia lhe dar.
Era um presente simples mas que simbolizada o que eu era e para que ela nunca se esqueça de quem eu sou.
- Jacob, Jacob!!! – ouvi alguém a gritar o meu nome de longe, e pela voz só podia ser o Seth, guardei rapidamente o presente (a Nessie seria a primeira a ver)
- Oi Seth! Tudo bem?
- Tudo mano. Olha a que horas é mesmo amanhã o aniversário da Nessie? - perguntou-me.
Eu não acredito. O puto só me veio chatear para perguntar as horas do aniversário da Nessie??
- Seth, vieste aqui apenas para me perguntar isso? – respondi-lhe com um ar surpreso.
- Bem….não só……sabes….é a minha irmã…
- Seth, chega, não quero falar na Leah. Amanhã é para estares lá ás 15h. Adeus Seth. – despedi-me e dirigi-me para dentro de casa.
- Até amanhã Jake! – disse-me o Seth.
Dirigi-me ao sofá, e comecei a fazer zaping com o comando e parei num decomentário sobre lobos.
Irónico não?
Encostei-me ao sofá e ainda ouvi qualquer coisa sobre os lobos viverem em alcateias, depois apaguei!
- Jake, Jake! Acorda Jake!
- Ah? Rachel o que foi?
- Adormeces-te aqui no sofá, está bem? O jantar está pronto.
Jantar? Quantas horas eu dormi?
- Rachel, que hora são? – perguntei á minha irmã.
- São 20.30h, dormiste a tarde inteira.
Desde a vinda dos Vulturi á sete anos, e nem me quero lembrar mais disso, a vida aqui ficou um pouco monótona e não se tens feito nada, e ainda bem!
Gosto desta calma e desta vida sossegada sem guerras e conflitos.
Gosto de viver a vida com aqueles que amo e saber que eles estão seguros e protegidos.
Após jantar o maravilhoso bacalhau com natas da Rachel, ela foi ter com o Paul (para variar) e eu decidi ir deitar-me.
Eu tinha combinado com a vidente que ia ajudar amanhã na preparação da festa e tenho que acordar bem cedo!

Trimmm, Trimmmm
Toca o meu despertador.
São 9.30h da manhã, eu tinha combinado com os Cullen ás 10h.
Hoje a minha bebé faz sete anos.
Como ela está crescida.
Hoje é o dia dela e vai estar tudo perfeito.
Cheguei á cozinha e já tinha o meu pequeno-almoço preparado.
“Rachel”-pensei.
Tomei banho rapidamente e vesti uma roupa prática, mas mais composta que o normal, afinal hoje era um dia especial.
Cheguei rapidamente á grande mansão.
Eu só pensava em ver a minha menina.
Entrei no enorme casarão e vi todos a correrem de um lado para o outro.
- Jake! Até que enfim que chegas-te.
- Olá Bella. A Nessie? - perguntei-lhe já nervoso.
- Calma! A Alice está a arranjá-la, ela vem já. Agora vai ajudar o Emmet e o Edward a montarem aquela mesa. – ela disse apontando para o outro lado da sala onde Emmet e o Edward estavam a montar uma mesa todo em tons de prateado.
Dirigi-me para ao pé deles e cumprimentei-os.
- Oi, precisam de ajuda? – eu sei, sou demasiado educado, mas desde o nascimento da Nessie que já não me importo com os sugadores de sangue. A Nessie detesta que trate a família dela por sugadores de sangue, então apenas tento ser o mais simpático possível por ela. O Edward riu-se aos meus pensamentos. Para variar, aquele intrometido andava a vaguear na minha cabeça.
- Olá Jacob. Sim podes ajudar o Emmet a acabar de montar esta mesa e depois mete aquela comida e o bolo, eu vou ajudar a Bella. – respondeu-me.
- Está bem.
O Emmet é o vampiro mais irritante de todos.
Ele consegue irritar até o podre de um santo.
Durante estes sete anos, este só manda-va bocas do tipo: “Olha a baby sister”.
E como se ele ouvisse os meus pensamentos.
- Então baby sister tudo bem?- após esta boca rosnei-lhe, mas contive-me.
- Emmet, hoje é o aniversário da Nessie, quero tudo perfeito e não me vou chatear contigo.
- Ah?? Estás muito romântico o lobo!!
Ele continuou a fazer piadas a manha toda, mas eu só pensava numa pessoa, na Nessie.
Para variar, ela deve estar linda.
A Alice a vesti-la, parece que a Nessie é uma boneca nas maus dela.
Mas hoje é especial.
Hoje é o aniversário dela.
Ouvi um rosnar vindo da sala ao lado, só podia ser o Edward a vasculhar a minha minha mente e ouviu.
Pensei logo: “Sai da minha cabeça!”
Vi a vampira vidente a entrar dentro de casa, mas não trazia a Nessie.
Fui a correr para ela.
- A Nessie? – perguntei-lhe
- Ela está a ter um daqueles momentos dela. Ela disse que não demorava mais do que 10 minutos.
Era mesmo da Nessie.
Ela adorava passar uns tempos sozinha a pensar na vida, longe da vista do seu Edward.

*************************10 minutos depois************************
Já tinham passado 10 minutos e nada de Nessie.
Começei a ficar preocupado e parecia que não era o único.
O Edward, a Bella , a Alice e a Rosalie andavam de um lado para o outro da sala.

*************************Mais 10 minutos depois**********************
- Chega, vou á procura dela. – gritei levantando-me a correr.
- NÃO! Eu vou! – Gritou-me a vidente e saiu da casa num vulto tão rápido, que não consegui impedir.

Passado uns 3 minutos insuportáveis, o Edward foi abrir a porta e foi ai que a vi.
Ela estava tão linda.
Estava simplesmente maravilhosa com aquele vestido.
Mas onde a Alice foi buscar aquele vestido?
Como é que o Edward permitiu que a Nessie vestisse aquele vestido?
Ela andava de braço em braço de toda a sua família e ainda não tinha-me visto.
Quando ela virou-se na minha direcção eu vi os seus lábios, vi a forma perfeita que eram, rosados e finos, eram perfeitos.
Olhem para cada centímetro do seu corpo.
Ela estava uma mulher.
Tinha um corpo esbelto, magro, mas bem feito.
Voltei-me a concentrar-me novamente nos seus lábios.
A minha boca, ficou seca e sabia o que queria, sabia o que precisava.
Dei um passo na sua direcção, mas um som aguda e forte me interrompeu os meus pensamentos. Era um rugido muito forte.
“Edward” – foi a única coisa que pensei.




Para relembrar a roupa do Jacob:

2º Capítulo

2º Capítulo

Saímos da minha casa e deparei-me com um sol brilhante que reluzia nas folhas silvestres á frente da casa.
Estes tipo de dias são muito raros em Forks, e hoje, no dia do meu aniversário, estava o mais lindo dia que se podia ter num dia como este. Eu adorava o Sol, adorava tudo o que me transmitisse calor e sensações quentes e reconfortantes. A terra da floresta estava completamente seca, eu adora passear por ali. Naquele lugar, sentia-me livre. Podia correr de uma forte não muito humana, sem me preocupar se alguém me via ou não, podia caçar os melhores animais que quisesse …. Adorava passar horas sozinha naquele sítio e um desejo enorme de ter um segundo para mim despertou-se naquele preciso momento.
- Tia, preciso de um momento sós! Sabes? Aqueles que eu amo!
- Querida, e o teu vestido? Não quero que o sujes e andes por ai a saltitar, e os convidados? Eles já lá devem estar todos á tua espera querida. Renesmee, não! Tu…
- PARA TIA! – gritei-lhe interrompendo-a – Primeiro eu não irei sujar o vestido, o tempo está óptimo e preciso mesmo deste momento, segundo, eu não demoro mais do que dez minutos, prometo! Vai andando tia, eu já lá vou ter.
A minha tia deu um ar de quem não concordava muito, mas lá desistiu.
- Pronto, ok. Mas não mais do que dez minutos minha linda!
Fiquei a maravilhá-la a saltar o rio que dividia as casas. Numa margem ficava a grande casa dos Cullen toda em vidro, realmente era muito bonita.
Mas na margem onde eu estava, encontrava-se o ninho mais que perfeito que eu e os meus pais tínhamos.
Eu adora a minha pequena casa, muito bonita e muito ao gosto da minha mãe.
Comecei a andar para dentro da floresta, até que cheguei ao sítio que a minha família chamava de: “Cantinho da Nessie”.
Neste lugar, no meio da floresta, encontrava-se um pequeno parque infantil privado, que eu achava que era um lugar mágico, que o meu pai e o tio Em construíram para mim, seguindo as ordens da minha tia Alice, claro.
Aqui tenho um escorrega, cordas e outros divertimentos onde eu adorava brincar quando era mais pequena.
Há muito tempo que não vinha aqui, neste momento entretinha-me com outras actividades.
Olhei em redor e deparei-me com o meu divertimento preferido na altura, os baloiços. Sentei-me num, e comecei a baloiçar-me. (Posso ter corpo e mente de uma rapariga de 17 anos, mas andar de baloiço trazia-me maravilhosas recordações e eu amava)
Eu e a minha família ainda estamos em Forks.
Então temos que permanecer dentro de casa para as pessoas não verem que a minha família não envelhece.
Era nas tardes destes dias secantes, que vinha para aqui com o Jake brincar a tarde toda.
Agora passo as tardes a tocar piano, a ouvir música, ver tv e a estudar com o avô Carlisle, a ouvir música, a tocar piano, a ler, etc.
Eu adorava as aulas que o meu avô me dava.
Ele era super compreensivo comigo.
O avô ainda trabalhava no hospital, pois com uma maquilhagem perfeita que a Alice conseguia fazer ele já parecia que tinha uns 40 anos (como se fosse possível, mas aos olhos dos humanos, uma simples diferença era tudo o que era preciso).
O resto da minha família também ficava por aqui por casa, ou de vez em quando a Alice, o Jasper, a Rose e o Emmet iam viajar, mas voltavam ao fim de pouco tempo, eles não conseguiam ficar longe. (xD)
A Alice adora fazer compras, então neste ponto ia-mos a bem longe.
Já conheço um pouco do mundo: Paris, Londres, Nova Iorque, Madrid, etc, o único inconveniente é que tínhamos que ir sempre no Inverno! =(
Pode-se dizer que já viajei muito!
Em todas as viagens, um sentimento de saudades, me percorria sempre, pois estava longe dos meus amigos Lobos que tanto gostava de estar.
Principalmente o Jacob, ele é o meu melhor amigo, é um irmão que me protege sempre de tudo e de todos.
O Jacob sempre esteve comigo, desde que eu nasci que ele está com a minha família, não me lembro de um único momento que ele não tenha estado presente.
Ele é o meu confidente, o meu porto seguro, o meu anjo da guarda, mas só isso. Bolas…como eu gostava que fosse diferente!
Quando estou junto dele, tudo faz sentido: fico feliz quando estou triste, fico contente só de o ver, sinto que a minha vida é ali, sinto que ele faz parte de mim, sinto que vou morrer sempre que ele diz: “Tenho que ir princesa!”, adoro quando ele me elogia, pois faz-me sentir a rapariga mais bonita á face da terra, e olha só aquele corpo musculado e quente!
Nunca vi o Jake desta maneira, mas á uns meses para cá, comecei a apreciar e a analisar o corpo e as frmas dele.
Eu convivo com outros rapazes, principalmente com o Seth, que é também um grande amigo. E com o Seth, não sinto nem metade do que sinto com o Jake.
Eu quero o Jake para mim, só para mim.
Mas sempre que tento um pouco mais ele afasta-se logo.
Nunca deixa um abraço prolongar-se, ele simplesmente nunca me mostrou que queria ser mais que um amigo para mim.
Então, porque é que passa a vida aqui?
Porque é que ele, desde que eu nasci está sempre disposto a ajudar-me?
Ele passa todas as tardes aqui comigo a ver as minhas séries preferidas completamente chatas, a ouvir as lições do meu avô, que para ele devem ser uma autentica seca, pois ele já terminou o secundário á alguns anos!
Mas é que nem o Seth passa tanto tempo aqui.
Então porquê tudo isto? Eu adoro que ele esteja aqui, como é obvio, mas não poder abraçar-lhe como queria, não poder dizer-lhe o que queria, está a dar comigo em doida.
Eu posso não ter experiência com rapazes, mas sete anos a conviver com o Jake, é tempo suficiente para saber o que sinto. (Era? Eu acho que sim!)
E, então, um pensamento surgiu na minha cabeça.
É Hoje!
Hoje fazia sete anos, mas estava com corpo de uma rapariga de 17 anos, por isso já tenha idade suficiente para saber o que quero! (Tenho?)
É hoje que ia-me declarar!
Não passa de hoje!
Tenho que acabar com este sentimento que me está a matar por dentro.
Uma coisa eu tenho a certeza: eu quero o Jacob, só para mim e não posso desistir!
Eu via a forma como a minha mãe olhava o meu pai, era como se fosse a luz, ali entre os dois estava a vida, a Vida Eterna, e eu também quero a minha Vida Eterna, pois era assim que eu olhava o Jacob, eu não conseguia ver a minha vida sem o Jacob.
Simplesmente não podia acreditar num futuro sem ele!
Mas uma onda de desespero surgiu em mim.
E se ele não olhar para mim da mesma maneira?
E se o Jacob apenas gosta me mim como uma irmã e gosta de estar comigo para proteger-me?
Proteger-me, como um irmão protege a sua irmã mais nova!
Não posso acreditar!
Tenho que ter confiança!
“Renesmee, levanta-te e impõe-te!”pensei para mim.
“Tens que tentar!” – novamente para mim.
“Agora, levanta-te, recompõe-te! Esquece todos os últimos pensamentos, se não o senhor Edward, não vai gostar! Ai ai, a bronca que levarias!”
Comecei a caminhar lentamente até ao rio.
Foi nesse preciso momento que vi um vulto e assustei-me!
- Ai tia! Assustaste-me!
- Renesmee Cullen, disseste-me 10 minutos, e já se passaram 20. Preocupaste-nos a todos!
- Desculpa tia Alice. Não queria preocupar ninguém. Já sabes como sou. Quando começo a vaguear nos meus pensamentos, não vejo o tempo passar.
- Pronto ok, desta vez passa. Mas só desta vez, pois é o teu aniversário. Estão todos ansiosos pela aniversariante. Vá…vamos lá!
- Obrigada tia. – agradeci-lhe.
Ufa! Desta vez estou safa!
Salta-mos rapidamente o pequeno rio que dividia as duas margens e em poucos segundos já estávamos á porta de casa.
O meu pai abriu-nos a porta e abraçou-me.
- Parabéns filha! Mas!?!? – o meu pai olhou para mim de alto a baixo.
- Menos Edward! – Pediu a minha tia Alice.
- Estás linda filha.
- Obra da Alice pai.
- Pois, eu sei. – olhou para a Alice ferozmente, mas esta começou a rir e a dizer que eu estava perfeita. Só mesmo a Alice para provocar o meu pai, até parece que ela não o conhece!
Entrei na enorme sala da casa dos Cullen, e todos os homens estavam de fato. Mas eles iam para alguma casamento?
Que exagerado!
Mas já estávamos habituados, todos os anos era o mesmo.
O que se há-de fazer? (Bufei)
A minha mãe abraçou-me logo. Ela estava com um vestido curto, azul vivo, tipo cai-cai, com bijutaria e sandálias em tons de dourado e estava com o cabelo solto e ondulado. Estava muito bonito e elegante.
A tia Rose, estava com um vestido justo, que tinha um cinto preto logo abaixo do peito e na parte de cima do cinto era um xadrez em tons de azul e preto e a parte de baixa era toda em preto, complementava com bijutaria e sandálias azuis e cabelo loiro esticado.
A Esme estava super elegante com um vestido simples preto em cai-cai, que complementava com acessórios dourados e umas sandálias pretas, e estava com o cabelo também ondulado.
A tia Alice tinha subido para se arranjar, e como previsto em 5 minutos já estava de novo na sala e vestia um vestido roxo com decote, as laças entrelaçavam nas costas, ela complementou com bijutaria e sandálias roxas.
Estavam todas perfeitas.
Mas … faltava aqui alguém!!!
Foi então que o vi.
Encostado á parede, a olhar fixamente para mim.
Ele estava com um casaco de cabedal cinzento-escuro, t-shirt super justa preta, e calça casual escura.
Aquela t-shirt salientava-lhe todos os seus músculos!
“OMG, ele está lindo!” – pensei.
Entretanto ouvi um rugido forte vindo do meu pai e apercebi-me que algo tinha acontecido … ou vinha para acontecer.


Roupas: