12º Capítulo

12º Capítulo

1ª Parte - Versão da Nessie

Já estávamos a meio de Novembro e notava que estava a gostar da escola, no início pensei que fosse uma tortura e não servisse para nada, mas enganei-me.
Já tinha montes de amigos e era bom conviver com eles, mesmo tendo de lhes mentir a toda a hora.
A melhor parte do meu dia, era quando o Jacob me vinha buscar para almoçar, a Mary estava sempre a reclamar, mas ela compreendia, ela e o Daniel nunca se largam, e á hora de almoço é o único tempo que tenho que posso pensar livremente sem o meu pai me estar a chatear.
Naquela hora podia pensar livremente nos belos olhos que ele tinha, nos seus lábios grossos e saborosos que tanto desejava, podia percorrer o seu corpo com o meu olhar analisando cada traço dos seus belos músculos, que tanto me faziam suspirar.
Mas no último mês estava a acontecer alguma coisa em mim que eu não sabia explicar, parecia que os meus e as carícias não chegavam, eu queria chegar ao fundo do poço mas não conseguia, e estava a torturar-me não saber o porquê.
Eu já não ficava satisfeita apenas com os seus belos lábios, eu…eu…eu não sabia o que estava a acontecer.
Mas tentava não pensar muito nisso, eu era feliz com ele, quer dizer muito feliz, eu amava-o com todas as minhas forças, por isso só o ter era suficiente, ou não era?
Mas outra coisa estranha estava a acontecer, esta era na escola.
Tudo começou com um pequeno papel vermelho com o meu nome em cima da secretária e uma vez por semana, aparecia outra coisa: uma rosa, uma pulseira com o meu nome, um peluche, entre outras coisas que não ligava.
A Mary dizia que eu tinha um admirador secreta, mas eu simplesmente a ignorava, eu amava muito o meu Jake, e não o ia trocar por outro qualquer.
Até ao momento não sei quem é o autor dos presentes, mas também não estou muito interessada.
Os dias corriam normalmente, quase sempre o mesmo, aulas, tpc, caçar, ou seja o habitual.
Mas a normalidade estava prestes a acabar.

Cheguei á escola e estacionei no mesmo lugar de sempre e ao abrir a porta vejo a Mary a correr para mim.
- Nessie, Nessie, até que enfim que chegas-te.
- Acalma-te miúda, o que é que se passa? – perguntei-lhe vendo o aspecto de stress que ela se encontrava.
- Nessie, vem. – Ela puxou-me o braço em direcção ao pavilhão mais próximo.
- Espera Mary, o que se passa?
- Olha… - ela apontou para um enorme placar que estava no meio da porta do pavilhão. – É o Baile de Inverno. É daqui a duas semanas.
O cartaz era de cor vermelha e dizia em letras grandes: “Baile de Inverno”, por baixo estavam as indicações.
- Então? Vais ao Baile? – perguntei-lhe.
- Obvio, o Daniel já me convidou…Ai…vai ser uma noite espectacular. Tu também vens, certo?
- Não sei, mas gostava. – ela ficou toda empolgante e voltei a minha atenção novamente para o cartaz.
Lá estavam todas as indicações da festa, o local (Escola), também dizia que tinha-mos que vir vestidos a rigor e acompanhados, entre outras informações, mas foi numa com letras pequeninas que paralisei: “A Festa é exclusivamente para alunos INTERNOS.”.
- Mary, Mary. – gritei-lhe enquanto ela falava com umas raparigas. – Mary olha. – apontei-lhe para a frase.
- Ah sim, e então? – respondeu-me ela com a maior das calmas.
- E então? O Jake não anda cá na escola, logo não pode vir, achas que venho a uma festa com um qualquer sem ser ele?
- Nessie, pois é desculpa!
- Não faz mal, anda que já tocou.
Na primeira aula, a de Biologia, o professor comunicou que tínhamos que fazer um trabalho de grupo.
O grupo tinha que ser constituído por três elementos e o tema era sobre clonagem.
- Poço ficar com fosses? – perguntou o Alex e mim e á Mary logo a seguir ao professor pedir para formarmos grupos e claro que aceitámos.
O resto da aula foi a combinar alguns pormenores e soube que a Mary estava sem Internet durante este mês devido a uma avaria nas ligações e o Alex não tinha sequer computador, por isso combinados sábado de manha, em minha casa.
O resto do dia foi secante.
Todos falavam do baile, com quem iam, o que iam vestir, etc, e no segundo intervalo o Alex veio falar comigo.
- Nessie, poço te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Já tens par para o baile? – isto é que não estava nada á espera, o Alex a pedir-me para ir ao Baile?
- Alex, eu não vou ao Baile.
- Porquê? – ele ficou surpreendido pela resposta.
- O Baile é só exclusivamente para os alunos da escola, e o meu par não é de cá da escola.
- Ah….ok, mas….não queres vir ao Baile comigo? – abaixei a cabeça e concentrei-me na pequena folha que se encontra á minha frente, o que é que ia dizer?
Que não queria ir com ele?
Ele é meu amigo, ele merece uma resposta mais construtiva do que um simples “Não”, mas felizmente tocou e disse a primeira coisa que veio á minha mente.
- Alex depois fala-mos, temos que ir para a aula. – e sai dali a correr em direcção ao pavilhão.
Desta já me safei, mas tenho a certeza que ele não ia deixar passar.
Quando fui almoçar com o Jake, estávamos apenas nós os dois, a Rachel tinha preparado uma deliciosa massa, pois pela experiencia que eu tenho do Jake na cozinha, nunca deu certo.
Pelo o que ele me disse é que o Bill foi pescar com o meu avô e o mais certo era ter ficado a almoçar com ele e a Rachel estava com o Paul.
Após o ajudar a arrumar a cozinha, sentei-me no sofá e comecei a fazer zaping com o comando.
- Não esta a dar nada de jeito. – disse para ele.
- Bora. – ele agarrou-me no braço e levantou-me.
- Para onde? – perguntei-lhe já a sair de casa.
- Vamos passear. – ele sorriu-me e dirigiu-se para a floresta, para se transformar.
- Não Jake, prefiro andar ao teu lado. Não te transformes. – ele olhou-me com um ar surpreendido, mas dirigiu-se a mim e abraçou-me.
- Como queiras amor.
Passeámos pela fantástica praia de La Push e sentamo-nos na areia.
Estava tão distraída com o som das ondas do mar, que assustei-me quando o Jake falou.
- Nessie….
- Sim. – e virei-me para ele.
- Eu amo-te. – ele sorriu.
- Também te amo. – levantei os braços aos seus cabelos e as suas mãos foram para a minha cintura para me puxar para mais perto de si, os nossos lábios tocaram-se e moveram-se uniformemente, pareciam que tinham sido feitos para estarem juntos, ao tocarem-se faziam um todo.
E aquele sensação de querer mais voltou, e voltou cada vez com mais força.
Eu queria mais, eu precisava dele.
Virei o meu corpo para cima do dele e a minha camisola subiu levemente e o toque da mão dele nas minhas costa, fez com que desse um salto e percebe-se o que realmente faltava.
Como é que sou tão burra?
Sentei-me ao seu lado e pousei a minha cabeça no seu braço e agarrou-me a mão.
A corrente eléctrica quente ainda se fazia sentir em cada toque dele.
Estava tão concentrada nos meus pensamentos que nem dei pelas horas passar, foi quando ele me puxou para irmos embora.
Ele levou-me á escola e a aula foi um desgrace.
A cabra da Betty tinha que se vir meter comigo.
- Que tristeza. – ela mandou para o ar a olhar para mim, mas eu não ia deixar passar.
- Tens algum problema querida? – perguntei-lhe com o meu ar mais sínico.
- Por acaso que falas nisso, tenho pena do rapaz que te vem buscar á hora de almoço. Não achas que ele deve ter uma coisinha melhor? – Acalma-te Renesmee, acalma-te Renesmee, repetia-a para mim milhares de vezes seguidas. – Coitado do rapaz, ter que aturar uma rapariga como tu… - foi a gota de água.
- Como assim, como eu? Ele está comigo porque me ama, sabes o que é isso? Sabes? Pois bem parecia que não sabias, por isso mete-te na tua insignificante vidinha e para de te meteres na vida dos outros. – de repente ela começou a rir feita parva.
- Por favor, achas que ele te ama? Os rapazes só querem uma coisa, e quando eles conseguem, partem para outra. – e olhou para a Mary. – A tua amiguinha é que já tem experiência nisso. – depois falo com a Mary, agora tenho este problema para resolver.
- Tu não sabes nada sobre o Jacob, e se soubesses não ias gostar, por isso, volto a repetir, mete-te na tua vida. – e ai entra a professora. – E ficamos por aqui.
Quando cheguei a casa fui directamente para a minha casa e após tomar um banho e vestir uns calções, uma t-shirt azul e uns chinelos, podemos estar em pleno Inverno, mas eu nunca tinha frio, fui para a casa dos meus avôs.
Quando cheguei já lá estava o Jake e fui-me sentar ao lado dele no sofá, mas ouvi um gritinho da minha tia Alice e ela veio na minha direcção.
- Nessie, que festa? – que sangue é que a minha tia anda a beber?
- Que festa tia?
- Isso pergunto-te eu. Acabo de ver uma rapariga a ler um cartaz a anunciar uma festa e depois grita o teu nome e acaba a visão. – boa, a minha tia viu a Mary a ler o cartaz da festa.
- Ah, viste a Mary a ler o cartaz. É o Baile de Inverno que vai haver na escola.
- Óptimo. – a minha tia começou a pular de alegria.
- Nessie que festa? – perguntou-me o Jake.
- Acalmem-se. Eu não vou ao Baile. – então a minha tia parou de saltar e fez uma cara de choque.
- Porquê?
- Simples, o Baile é só para alunos da escola e eu não vou com nenhum rapaz ao baile da minha escola.
- Mas Ness, vai…. – disse o meu namorado.
- Jake, estas a dizer para eu ir sair com outro rapaz? Não, não vou. Se pessoas de fora da escola pudessem ir, eu perguntava-te se querias ir, mas assim não.
- Nessie, é um baile, tu tens que ir. – refilou a minha tia Alice.
- Tia acabou a conversa, não vou e pronto.
Durante uns minutos ninguém nada disse e quando menos espero o Jake vira-se para mim.
- Nessie, escuta. Tu mereces te divertir. Por isso, imploro-te que faz a essa festa. Arranjar par tu consegues de certeza… - isso é verdade – e precisas de sair da rotina, sair, seres uma adolescente normal.
- Mas Jake….
- Shiu....Faz a tua tia feliz, e eu fico zangado contigo se não fores á festa.
- Jake….
- Acabou, vais á festa e pronto, ok? – baixei o olhar – olha para mim, tu vais te divertir.
- Pronto ok, mas só vou porque estas a dizer Jake. – ele sorriu e a minha tia saltou de alegria.
O resto da noite foi bem passada, conversámos sobre a minha escola, como estava a reagir e outros assuntos.
E foi quando me lembrei de um pequeno assunto.
- Mãe, pai, avôs, eu tenho um trabalho de grupo de Biologia que é para entregar para a semana, e os meus colegas de grupo não têm internet em casa, eles podem cá vir sábado de manhã? – e o primeiro a responder foi o meu avô.
- Se apenas a Esme estiver cá em casa, então pode ser, os outros têm que sair, é melhor, para não arranjarmos nenhuma confusão. – todos concordaram com o meu avô e disseram que iam aproveitar para irem caçar.
O Jake levou-me até minha casa com os meus pais atrás, ele nem entrou com o meu pai a refilar que já tivemos muito tempo juntos e que eu tinha que ir dormir e bla, bla, bla…

2ª Parte - Versão do Jacob

O que eu podia pedir mais?
Era feliz com o meu anjo, o meu amor.
Eu estava completamente apaixonado por ela, e ela, eu amo-a tanto, mas tanto, que faço sacrifícios só para estar com ela nem que seja alguns minutos.
Novamente, hoje ia buscar para almoçar em minha casa, o meu pai tinha ido pescar com o Charlie, por isso tinha a certeza que não vinha cá almoçar, só espero que o parvo do Paul não venha para cá fazer sala, ele enerva-me profundamente quando pensa que está na casa dele, não é por a minha irmã estar grávida de três meses e irem casar daqui a um mês, que ele pode estar a vontade, e então lembrei-me do dia em que anunciaram o noivado á 3 semanas.

Estavam todos os lobos e as namoradas dos lobos e os mais velhos num jantar na fogueira, quando o Paul pede a atenção de todos e eu e a Nessie começamo-nos a rir da cara dele, estava um pouco assustado e já começava a transpirar e começou com um discurso.
- Meus irmãos, a Rachel está grávida de dois meses e pouco e desejamos que o nosso filho… - a minha irmã deu-lhe um murro no braço – ou filha, seja muito feliz e que tenha uma vida saudável. Nada melhor do que isso se os seus pais estejam unidos pelo amor que sentem um pelo outro e que isso seja visto por todos. Com isto, quero dizer que pedi a Rachel em casamento, e com o consentimento do Bill, ela aceitou. – nesse momento todos começaram a felicita-lhos e a dar-lhes os parabéns e desde esse dia a minha irmã não para em casa com os preparativos do casamento.

- Jake já estás acordado? – perguntou a minha irmã do lado de fora do meu quarto.
- Sim, entra.
- Olha vou a casa do Paul para ver se é hoje que acabamos os convites, já fiz uma massa que tu gostas para ti e para a Nessie.
- Obrigada mana. Boa sorte para os convites.
- Obrigada, bem preciso.
Após a minha irmã sair, fui tomar um banho e depois fui buscar o meu amor.

Para variar, lá estava aquele rapaz sempre a olhar para ela, ele tinha sempre aquele olhar de quem a queria, o que me dava uns nervos só de saber que a minha princesa passava as manhãs todos naquela escola com montes de rapazes a olhar para ela.
Ela é linda, isso ninguém pode duvidar, e por essa razão sentia que ela naquela escola não estava protegida, sentia que algo poderia acontecer de mal.
Eu tinha esta sensação sempre que a ia buscar, mas rapidamente passava após um dos seus beijos maravilhosos que me faziam esquecer tudo e todos.
Após almoçarmos ela estava farta de estar em casa e aproveitei que estava sol, uma coisa rara em Forks, para irmos dar um passeio.
Pequei na mão dela e disse-lhe para irmos embora e ela começou logo resmungar.
- Para onde? – perguntou a minha princesa.
- Vamos passear. – respondi-lhe indo em direcção á floresta para me transformar, mas ela surpreendeu-me.
- Não Jake, prefiro andar ao teu lado. Não te transformes. – ela pediu-me e eu aceitei, tinha que concordar que andar ao lado dela abraçadinho, é muito melhor.
- Como queiras amor. – respondi-lhe abraçando-a.
Fomos em direcção á praia e sentamo-nos na areia a olhar para o mar.
O dia estava lindo, as ondas faziam um marulho único que davam um toque especial aquela praia.
A minha menina estava tão concentrada nos seus pensamentos que só desejava naquele momento ter o poder da sanguessuga do pai dela para saber no que é que ela está a pensar.
- Nessie….
- Sim. – ela respondeu virando-se para mim.
- Eu amo-te. – disse-lhe sorrindo e aproximando as nossas caras.
- Também te amo. – ela levantou os braços em direcção aos meus cabelos e eu puxei-a para mais perto de mim, e quando os nossos lábios tocaram-se senti que tínhamos sido feitos um para o outro.
Era tão fácil amar aquela rapariga, era tão simples.
Não havia segredos nem assuntos pendentes, o objectivo era amá-la e simplesmente amá-la pela sua eternidade.
Quando dei conta ela estava em cima de mim, a beijar-me com a maior paixão e desejo que teve, era estes os momentos que eu mais desejei que tivéssemos ao longo dos últimos sete anos, eu pensei sempre que ela não viesse a amar-me, e se fosse assim, eu simplesmente seria o seu melhor amigo, mas seria muito difícil, pois eu amo esta rapariga e neste momento nada, nem ninguém, nos vai conseguir separar.
Após aquele momento de paixão, lembrei-me de que ela tinha aulas e parece que foi o mesmo que ela pensou, pois ela afastou-se e encostou a sua cabeça no meu ombro.
Ficámos ali mais uns minutos e depois levantei-me e puxei-a para irmos embora.
Quando cheguei a casa após a ter levado á escola, não parava de pensar naquela sensação esquisita que sempre tinha quando a ia buscar e a ia levar.
Se lhe acontecesse alguma coisa, eu não sei o que fazia.
Eu não podia pensar que ia-lhe acontecer alguma coisa ruim, eu apenas sou parvo e tenho que parar de ser pessimista.
Eu ainda não acredito que namoro com a rapariga que amo, e isto faz com que acredite em tudo o que se passe á minha volta, até em pressentimentos estúpidos.
Já tinha passado uma hora desde que a tinha levado a Nessie á escola, por isso decidi ir já para casa dos Cullen, para já lá estar assim que ela chegue.
Transformei-me e rapidamente cheguei á enorme casa em vidro e quem me veio abrir a porta foi a minha querida amiga, e sogra, Bella.
- Olá Jake, entra.
- Ei Bells, tudo bem?
- Claro que sim. – e foi ter com o Edward que estava no piano e acenei-lhe e cumprimentei-lhe em pensamento, “Olá, podes tocar algo que não adormeçamos?”, e a única coisa coisa que recebi foi um aceno de cabeça.
- Ei cachorro, esta a começar um jogo, vem ver. – o Emmett nunca mudava.
- Olá vamp. – e sentei-me no sofá mais longo.
- Emm, vem cá a cima! – falou a loira, ao que ele levantou-se e subiu as escadas num segundo, ficando sozinho em frente á Televisão.
Passado mais de meia hora a minha princesa entra pela porta principal com uns mini calções, um top e uns chinelos e veio se sentar ao meu lado, ela era linda.
A Alice veio a correr em direcção á Nessie a perguntar-lhe que festa, ao que a Nessie explicou que ia haver uma festa na escola dela, chamada: “Baile de Inverno”, mas que ela não ia, porque a festa era só para estudantes da escola e ela não queria ir com outro rapaz, e como não podia ir comigo, não queria ir.
Mas a tia Alice tentava que ela mudasse de ideias, e no início eu também não estava a gostar daquela história do Baile, e principalmente se ela fosse com outro rapaz.
Mas eu não podia ser egoísta, eu tinha que pensar nela e pensar no que a faz feliz.
A Nessie tem que ter experiencias humanas e viver como uma adolescente normal, por tanto eu não a posso deixar que ela não vá ao baile e que se não se divirta, só porque não quero que ela vá com outro rapaz.
Eu confio nela, então ela tem que ir ao baile, ela tem que se divertir.
Não foi fácil, mas lá consegui convence-la e ela aceitou ir ao baile, o que me fez ficar feliz, pois se ela tiver feliz eu estou e ela merece.
Levei-a a casa, com a Bella e o Edward atrás de nós, mas estávamos sempre abraçados a aproveitar os últimos minutos juntos naquele dia.
Ao chegar á porta, nem consegui entrar, o Edward começou a dizer que já tivemos muito tempo juntos e que a Nessie tinha que ir dormir, então despedi-me muito rápido da minha princesa e fui para a minha casa, sonhar com o meu anjo.

11º Capítulo

11º Capítulo

Versão da Nessie

Eu não aguentava mais aqueles olhos pregados em mim, aqueles grandes olhos escuros que me faziam esquecer tudo.
Não aguentava mais olhar para ele, as lembranças do dia anterior vinham-me mais fortes e como agulhas a espetar-se no meu coração.
Ergui-me e corri para dentro do meu quarto, empurrando a porta para se fechar, mas ele conseguiu segurar a porta e entrou atrás de mim.
- Nessie, temos que falar. – disse-me quando eu já estava encostada á parede, com a cabeça no meio das minhas pernas.
- Deixa-me, quero ficar sozinha. – disse em voz baixa e serena.
- Não Nessie, ontem deixei-te pensar, hoje vais ouvir tudo o que eu tenho para te dizer. – ele estava completamente decidido e tinha a certeza que não ia descansar até conseguir o que tinha vindo ali fazer.
Continuei com a cara entre as pernas, não conseguia olhar para ele, e não podia deixar que alguma palavra dele me deixa-se enfraquecer e voltar a acreditar nele, nele e na minha mãe.
- Fala.
- Obrigada. Primeiro quero te contar tudo desde o inicio, quero te contar a minha história toda. – ele andava de um lado para o outro no quarto, e podia ouvir os passos impacientes. – Eu desde pequeno que era muito ligado á mecânica, e logo muito cedo comecei a montar coisas, e desde muito novo comecei a juntar as peças para o meu carro, o Rabbit, isso já sabias que tinha sido eu a construi-lo. Bem, por isso eu era fanático pela mecânica, passava todo o tempo livre na garagem e por vezes saia com o Quil ou Embry mas nada de especial. E quando a tua mãe apareceu a pedir ajuda para arranjar umas motas, pois foi na época em que o teu pai a deixou, e eu comecei a olhar para ela de uma outra forma, não sei mas nós estávamos todos os dias juntos e pensava que a amava. – eu não podia continuar a ouvir aquilo, tapei os ouvidos com as mãos, mas tendo audição de vampiro não ajuda quando não queremos ouvir algumas coisas. – Mas depois transformei-me em lobo o Sam não me deixava contar-lhe mas ela descobriu tudo sozinha, bem concluindo, depois o teu pai voltou para a tua mãe e voltou tudo ao mesmo, mas eu e o Edward éramos inimigos mortais, eu existia para os matar. E quando descobri que eles iam casar, passei-me completamente, eu não queria que a Bella se tornasse num deles, não queria a pessoa que eu pensava que gostava ficasse fria e com um cheiro que me iria afastar. – isto foi a gota de água.
Levantei-me, agarrei nos braços dele e gritei.
- CHEGA, EU NÃO TENHO QUE OUVIR ISSO. SAI, SAI…
- Não Nessie, acalma-te. O que eu sentia pela Bella era uma parte dela que seria tua, uma parte de ti já estava nela, era isso que eu sentia. – eu ainda estava agarrada aos braços dele e levantou-me o queixo para olhar para ele. – O que eu sinto por ti não se compara a nada do que eu sentia pela Bella, a tua mãe é apenas a minha melhor amiga, mas eu amo-te Nessie.
- Mas…mas querias me matar… - disse soluçando.
- Nessie…eu pensava que o que eu sentia pela Bella era amor, mas estava enganado. Eu quando vi a Bella naquele estado só pensava vingar a pessoa que a tinha posto naquele estado, mas eu não podia fazer isso, pois o que eu sentia pela Bella era uma pequena parte do que eu sinto por ti. – eu sabia que ele me ia fazer isto, eu sabia se o ouvisse ia o perdoar, mas ainda havia uma coisa.
- Jacob, então se não tivesses a impressão natural comigo, neste momento podia estar morta? – perguntei-lhe de forma calma e serena.
- Nessie, mas tu não ouviste nada do que eu te disse? O que eu sentia pela Bella era como se uma parte de ti já estivesse nela, então se eu não iria ter a impressão por ti eu nunca iria gostar da Bella como pensaria que gostava, e iria aceitar logo o que ela queria, que era ficar internamente com o Edward, então eu nunca iria querer matar-te pois não sentiria vontade nenhuma de vingança, porque a Bella estaria feliz como vampira para sempre. Nessie, o que tu tens que entender é que eu pensava que amava a Bella e então não suportava de a ver como minha inimiga, mas eu estava era a espera era de ti, tu és a luz da minha vida, é por ti que me levanto todos os dias e sou feliz. Tu fazes-me feliz. – será que aquelas palavras eram as verdadeiras?
Se não fossem o meu pai já o tinha matado certo?
O meu pai só me quer ver feliz e ele sabe que o Jake me ama, certo?
O Jacob abraçou-me e eu correspondi abraçando a sua cintura, que só agora tinha reparado que estava sem camisa e fez-me arrepiar com aquele calor.
- Nessie, há mais uma coisa. – ele afastou-se e levantou-me o queixo para eu olhar para ele. – Ainda preciso de esclarecer a última coisa que a Leah te contou. – eu sabia ao que ele se referia.
- Jake, eu percebo, tu és homem e…. – ele colocou o dedo em frente aos meus lábios.
- É mentira Nessie. Como é que achas que eu conseguiria estar com outra pessoa, sendo tu quem eu amava desde bebé, sendo tu a existência de eu ainda estar vivo? Nessie eu nunca te enganaria dessa forma.
- Mas era normal, tu és homem, e … - ele interrompeu-me novamente.
- Mas será que te tenho que voltar a explicar em que consiste a impressão natural? Já não te lembras? Eu preciso daquilo que tu precisas, e mais nada. Eu basicamente até sei o que sentes, consigo sentir as tuas emoções e é isso que importa, se queres que te diga, desde o dia em que o lobo tem a impressão, o que ele quer já não importa, o que importa é o que a impressão quer. Entendes-te? – eu ainda o olhava espantada, então ele nunca esteve com aquela cadela?
Ele apenas quer o que eu quero?
Afinal sempre tinha o meu príncipe encantado, sempre tinha o homem da minha vida, que pelo que percebi daria a sua vida pela minha.
Abracei-o fortemente e ele retribuiu, beijando-me os cabelos e alisando as minhas costas.
- Jake eu preciso de pensar. Desculpa, mas eu preciso de estar sozinha e agora também preciso de falar com outra pessoa. – eu precisava mesmo de falar com a minha mãe, eu tinha que pedir desculpas, mesmo não lhe ter dito nada, eu sinto-me mal por ter pensado mal da minha mãe.
Eu preciso de falar com ela e explicar-lhe que percebo tudo e já não estou chateada com ela, ela precisa de saber que não há problema nenhum, ela tem que saber que estou bem.
- Claro, eu compreendo, precisas de falar com ela. – abracei-o novamente, mas ainda não estava em condições para mais, eu ainda estava ressentida com a situação, magoada já não, mas ainda sentia a dor que tive no dia anterior e era isso que iria superar nesta noite. – Mas amanha não te livras de mim. – olhei para ele e ri-mos em simultâneo.
- Boa noite Jake. – levei-o até a porta e ele despediu-se de mim, e vi-o a entrar na floresta, certamente para se transformar.
Entrei em casa e os meus pais estavam abraçados, a minha mãe estava com a cara no braço do meu pai, com os olhos fechados e sem olhar para nada.
O meu pai fazia um leve sorriso e acenou-me positivamente.
Era agora que tinha que conversar com a minha mãe.
Eu conseguia perceber, pela sua expressão, que era de agonia e sofrimento, que ela não estava bem, por isso eu precisava mesmo de falar com ela.
- Mãe! – chamei-a cautelosamente, ela sobressaltou-se e olhou para mim. – Podemos falar no meu quarto?
- Claro, filha, claro. – ela disse mas estava receosa, parecia até com um pouco de medo, penso que ela não sabia o que eu queria, a minha mãe não devia saber eu não estava chateada.
Entramos no meu quarto e sentei-me na cama e a ela dirigiu-se á janela e olhou para o céu estrelado e notei que ela não iria começar.
- Mãe, não precisas de ficar assim, eu não estou zangada ou triste. – a minha mãe olhou para mim, sorriu e começou a andar na minha direcção, deixando o parapeito da janela para se sentar ao meu lado na minha cama.
- Renesmee, eu quando te vi naquele estado fiquei aterrorizada, principalmente sabendo que estavas assim por minha causa. Quando o teu pai ontem disse o que tu sabias eu senti-me destroçada por dentro, eu não podia acreditar que estavas assim por minha causa e …
- Mãe, esquece, eu já sei de tudo e compreendo e principalmente eu ainda não era nascida. Eu quando soube da história eu senti-me traída, apenas porque queria que fosses tu ou o Jake a contarem-me tudo, eu acho que tinha o direito de saber o passado da pessoa que eu quero passar o resto da minha vida, e tu mãe…tu que me apoiaste sempre, eu pensei que me contavas tudo, por isso fiquei zangada.
- Desculpa filha. – pediu-me abaixando a cabeça.
- Não há nada a desculpar, já passou, eu já sei a história toda e não quero falar mais nesse assunto. – abracei a minha mãe e ela retribuiu. – Mãe eu adoro-vos e não suportaria ficar zangada com nenhum de vocês. – ficamos assim durante algum tempo e depois fomos para a casa dos meus avós, onde passei o resto do dia.
Após jantar, organizei a mala para o próximo dia e meti os trabalhos de casa em ordem, pois ontem não consegui fazer nada.
Eram cerca de 23:20h, quando terminei tudo e deitei-me.
Hoje iria dormir bem, finalmente estava tudo resolvido, e afinal não era mais nada do que mais umas infantilidades da cadela da Leah.
Ela teria que ter uma boa vingança, ainda não sabia o que ia fazer, mas ela não poderia ficar impune ao que me fez.
Ao pensar novamente nas suas palavras, foquei bem o último parte, a parte em que ela me tinha dito que tinha dormido com o meu Jake.
Ontem eu não pensava muito nisso, pois a verdade é que o Jacob é Homem, e pronto, sabem como é que os homens são, certo?
Mas um pensamento veio-me á cabeça, um pensamento do Jacob agarrado á Leah.
URHH, que horror, eu nem poderia pensar naquela cadela a tocar no Jake, nunca, ela nunca iria tocar nele, até eu for viva, nunca mais deixarei que nada se meta entre nós, a partir de agora vai ser só Jake e Ness …… Ness e Jake.
Adormeci com os pensamentos de o Jacob a beijar-me, hoje de manha, não sei porquê, mas ainda não conseguia, não sei porquê ao certo, que estúpida que sou, naquele momento só desejava aqueles lábios quentes e carnudos nos meus, aqueles braços fortes ao meu redor…

Trimm Trimm
Fodas-se, mas a merda do despertador não desliga?
Tapei os ouvidos com a almofada, mas era escusado, então mandei o despertador para o chão e ao cair desligou-se e voltei a adormecer com os sonhos do meu amor.
- Renesmee….Renesmee Cullen…acorda Renesmee…precisas de ir para a aula….vais chegar atrasada querida. – alguém me gritava aos ouvidos, virei-me para a pessoa e assustei-me, ela estava com dois vestidos brilhantes á minha frente.
- Tia, o que é isso?
- Qual é que queres para vestir hoje? – olhei para ela incrédula, como é que a minha tia Alice pensava que eu levar para a escola algum daqueles vestidos?
Um era rosa choque e o outro vermelho vivo, a minha tia tinha-se passado de vez.
Levantei-me da cama e fui tomar banho rápido.
Quando cheguei ao quarto lá estavam os dois vestidos em cima da minha cama, hoje, certamente, nenhum seria usado.
Dirigi-me ao meu roupeiro e tirei de lá umas calças brancas, uma camisola roxa, um casaco preto e as minhas queridas botas pretas.
Após estar vestida a minha querida tia entra-me pelo quarto dentro.
- Nessie? Porque é que estás assim vestida?
- Tia, eu não ia vestir nenhum vestido daqueles, eu não vou a nenhuma festa, eu estou bem assim. – respondi-lhe com um ar confiante.
- Nessie, e é com essas botas velhas e desgastadas que vais andar sempre?
- Ai tia, não comeces, podes me acabar de arranjar? – eu sabia que era o ponto fraco de Alice, mesmo sendo só cara e maquilhagem, ela ia adorar e calava-se com o resto.
Certinho e direitinho, ela correu na minha direcção penteando-me o cabelo, deixando-o solto e bem ondulado.
Na maquilhagem utilizou um pouco de bluss rosa clarinho, uma sombra também rosa clarinho e um gloss brilhante.
Eu estava perfeita.
- Obrigada tia, és a maior. – elogiei-a sabendo que ela iria delirar.
- Eu sei, tenho pena é da roupa, mas … - sai porta fora a dizer adeus á minha querida tia e aos meus pais.
Eu não tinha tempo para comer, mas também para comer aquela comida de humanos, eu dispensava.
Dirigi-me ao meu carro e assim que entrei preguei fundo para a escola, eu já estava mesmo em cima da hora, mas para mim a velocidade não é importante, logo cheguei á escola em menos de 5 minutos, num caminho que se deve fazer em 12 minutos.
Reparei que o parque já estava completamente vazio, presumi que já devia ter tocado.
Comecei a correr em direcção á minha aula de biologia, e bati á porta.
- Peço desculpa pelo atraso, poso entrar professor?
- Menina Renesmee Cullen, não sabe chegar a horas? Vá lá entre e vá se sentar rapidamente. – assenti e fui para o meu lugar ao lado da Mary.
- Bom dia, tudo bem? – perguntei-lhe indiscretamente.
- Bom dia Nessie, sim esta tudo bem, o resto do fim-de-semana como correu? - o que eu lhe ia dizer?
Se dissesse que não, ela iria me perguntar o porquê e o que eu iria responder?
Decidi pela opção mais fácil.
- Sim correu. – respondi rapidamente, percebi que ela me iria perguntar mais alguma coisa, mas alguém tinha acabado de bater na porta da sala e ela não continuou.
- Posso professor? Sou o novo aluno, Alex Morder. – comunicou um rapaz loiro, meio despenteado, ele era alto e com um ar simpático.
- Ah claro. Sim, tinham-me avisado. Entre. – o professor olhou para a sala e reparou que o único lugar vago era a mesa em frente a minha, onde estava sentado um miúdo que nunca falava com ninguém e estava sempre dentro dos livros. – Ali. – o professor apontou para o lugar vago. – Vá-se sentar e tente apanhar a matéria. Se tiver alguma dúvida é só perguntar. – o rapaz dirigiu-se para a mesa em frente á minha.
- Ele é bem giro. – comentou a Mary.
- Mary? Tu tens namorado.
- Sim, e depois? Eu não sou cega. – só ela para dizer uma coisa destas.
- Oi, chamo-me Alex. – disse-nos ao sentar-se na mesa em frente e olhando para trás.
- Olá, chamo-me Mary e esta é a Nessie. – respondeu a Mary.
- Muito prazer. – ele disse sorrindo.
- Ei, tomem atenção á aula, não quero conversa. – gritou o professor.
- Lá fora falamos, eu preciso de ajuda, a escola é gigante. – respondeu piscando-me o olho.
Passado uns minutos a Mary passou-me um bilhete:
“Ele parece interessado. Precisa de saber que tens namorado.”
Olhei para ela e revirei os olhos, e neste instante o meu telemóvel vibrou.
Era uma mensagem do Jake.
“Vou-te buscar para almoçar-mos juntos?”
- Quem é? – a Mary pregou-me um susto que até saltei da cadeira.
- Fogo Mary…
- Vá conta. – que cusca.
- É do Jacob, ele quer ir almoçar comigo. – ela rapidamente respondeu.
- Não, não, não, a semana passada só almoçaste uma vez connosco, por favor Nessie, hoje almoça connosco. Vá lá… - ela fez aquela carinha de carneirinho mal morto.
- Está bem, está bem, agora cala-te antes que o professor nos mande para fora da sala. – disse-lhe e ela acenou afirmativamente.
Respondi á mensagem:
“Desculpa hoje vou almoçar na escola. Vai ter a minha casa quando eu sair da escola. Bjs, amo-te.”
A aula estava a ser uma seca, e quando terminou foi um grande alívio.
Quando estava a sair da sala, alguém me puxa o braço.
- Espera. Nessie, não é? – eu acenei afirmativamente. - Eu preciso de ajuda, a escola é gigante.
- Ah, Alex não é? – ele acenou também afirmativamente. – Eu também entrei este ano, só estou aqui á uma semana, é melhor pedires a outra pessoa. – era verdade, eu ainda nem sabia onde ficava a casa de banho.
- Não acredito que mais alguém queira me ajudar. – fogo, mas porquê é que tinha logo que calhar eu?
- Ok, bem qual vai ser a tua próxima aula? – perguntei-lhe, assim indicava-lhe o caminho e pronto.
- Inglês e a seguir calculo. E as tuas? – óptimo, as mesmas que as minhas, suspirei.
- Também.
- Óptimo. – começamos a andar em direcção á sala, ainda olhei para trás para ver da Mary, mas ela deve ter ido ter com o Daniel, para variar.
- A nossa sala agora é aqui, a sala de calculo é ali. – apontei para a sala em frente. – Não há nada que enganar. – comuniquei-lhe sorrindo.
- Muito obrigada Nessie, se não fosses tu, eu ia andar meio perdido.
- Oh que nada, eu apenas indiquei-te as salas, não fiz nada de especial. – disse afastando-me.
- Nessie espera. – ele agarrou-me a mão e eu virei-me. – Queres almoçar comigo? Sou novo e não conheço ninguém.
- Eu vou almoçar com uns amigos. – respondi-lhe e vi a cara dele a entristecer.
- E és muito bem vindo. – gritou a Mary detrás de nós e ele sorriu.
- A sério? Não há problema? Perguntou ele.
- Claro que não, és bem vindo. – após estas palavras da Mary, fomos para as nossas mesas e mais uma vez ele ficou na mesa em frente a nós.
A aula passou rápido, começamos a ler uns textos do manual e a fizemos sua análise.
A aula seguinte, também passou rápido, cálculo era bem fácil de perceber, decorava-se as fórmulas e aplicávamo-las.
A hora de almoço, como sempre nestas alturas era terrível, a comida humana não me agradava, muito menos comida da cantina da escola, aquilo tinha um aspecto horrível.
Educação física, foi a mesma coisa, exercícios e mais exercícios.
A Betty tentou fazer umas gracinhas contra mim, mas eu não liguei, apenas queria sair dali e ir direito a casa, tomar um bom banho e estar com o Jake.
Ao sair do pavilhão com a Mary fui interrompida pela voz do Alex.
- Nessie, espera. – eu e a Mary paramos e virámos para ele.
- Ei Alex, precisas de mais alguma coisa? – perguntei-lhe.
- Apenas queria agradecer-te mais uma vez. – disse-me.
- Bem, a minha mãe esta ali, vou andando, até amanha. – disse-nos a Mary.
- Até amanha. – disse-mos os dois ao mesmo tempo.
- Alex não me precisas de agradecer, eu sei como é ser o novo na escola, e eu tive a ajuda da Mary que conheci no primeiro dia de aulas, então, eu achei que também precisavas que alguém te orienta-se.
- Mas mesmo assim, obrigada Nessie, tu e os teus amigos foram impecáveis. Olha preciso de te compensar. Sei lá, queres ir lanchar? – ele estava a convidar-me para sair?
- Desculpa Alex, hoje não dá, mas esquece isso, não foi nada de mais. Agora tenho que ir embora. Até amanha.
- Até amanhã Nessie, e mais uma vez, obrigada.
Dirigi-me ao meu carro e fui em direcção a minha casa.
A estrada estava vazia, não se via nem um carro, então cheguei rápido e ao estacionar o carro na garagem, senti um aroma maravilhoso, o aroma mais doce de todos.
Corri para dentro de casa e lá estava ele sentado no sofá da sala agarrado á TV a ver um jogo qualquer.
Ele virou-se na minha direcção e sorriu, corri na sua direcção e atirei-me para cima dele e beijei-o.
As minhas mãos estavam na sua nuca, a puxar os cabelos curtos e grossos, as suas mãos estavam na minha cintura e os nossos lábios mexiam-se numa sincronia fabulosa, entre eles as nossas línguas percorriam a boca de cada um como se fosse a última vez, estava-mos ofegantes quando ele se afastou.
- Estava cheio de saudades tuas Nessie. – ele disse-me acariciando-me a face.
- Eu também Jake, nem sabes o quanto. Eu amo-te e não suportaria ficar longe de ti, estes dias foram um inferno. – abaixei a cabeça e encostei-me ao seu tronco, e ele começou a mexer no meu cabelo.
- Também te amo Nessie, e muito, tu sabes isso, e estes também foram um inferno para mim, só de pensar que estavas a sofrer por minha causa, eu…eu… - meti-lhe o dedo á frente da boca.
- Shiu…já passou, não quero mais me lembrar disso, agora o que importa somos nós e nada nem ninguém nos vais separar. – ficamos ali abraçados por um tempo indeterminado, até que reparei que faltava ali pessoas naquele quadro.
- Jake, onde estão os meus pais? Os meus avós e tios?
- Eles foram caçar, eles disseram que não demoravam. – sentei ao lado dele e encostei-me ao seu obro, e o braço dele rodou pela minha cintura, mudámos para um filme e quase estava a adormecer se não fosse a minha querida família a entrarem nesse preciso momento.
A minha avó fez o jantar para mim e para o Jake e jantámos, depois disso ele teve que ir embora, pela minha infelicidade, mas antes disse-me.
- Amanhã vou-te buscar para almoçar-mos. E não quero ouvir resmunguices. – sorri e acenei afirmativamente, e ele lá se foi.
Eu e os meus pais fomos para a nossa casinha e estava tão cansada que adormeci rapidamente a sonhar com o meu lobinho, o meu amor.

Anexos:

Roupa que a Nessie usou no dia de aulas neste capítulo: